sábado, fevereiro 28, 2009

Obrigado Senhor

Caros Leitores.

Neste Ponto de Vista vamos relembrar uma conversa que tivemos com o amigo Ormindo Peixoto, marceneiro, carpinteiro de renome em nossa cidade e nosso amigo e colega de Tiro de Guerra, pelos idos de 1961.


Vale citar uma postagem com lembranças da história do TG 57 de Araguari:
http://peron-erbetta.blogspot.com/2008/04/tiro-de-guerra-57.html .



Voltamos a nossa conversa que se deu na padaria do Jardim dos Lemos, Praça Getúlio Vargas, lá no Ki-Pão.

Após os cumprimentos de praxe, passamos as lembranças de um passado lindo, pois ambos vivemos os anos dourados, desfrutando seus detalhes.

Foram festas, viagens, bailes, eventos vários, excursões, cantores hoje idolatrados até no exterior (desnecessário se faz aqui falar de Roberto Carlos).




Estes faziam os momentos de cada um, pelo rádio principalmente, uma vez a televisão não era acessível a todos e ainda estava engatinhando. Foram momentos agradáveis que passamos relembrando “os bons tempos”.


Simultaneamente e de forma natural, escutávamos também as pessoas conversando no recinto, ao mesmo tempo em que faziam suas compras, onde “diziam” umas as outras:


“Como vai, como tem passado?”

“Ah, não está bom não, ando com uma dor danada nas costas que não tem jeito.”


Um outro entrava e falava:

“Passou bem a noite?”

“Puxa vida, não dormi nada, virava para um lado, virava para o outro e nada. Acho que aquele tombo que levei na escada lá de casa estragou qualquer coisa em mim”.
(mas ela estava toda esbelta)

“Pois é menina” (maneira carinhosa de dizer para uma senhora dos seus 60 anos) “também estou uma coisa custosa. Uma dor de cabeça que não me deixa fazer nada” (pelo semblante nada sentia).

Outra senhora com sua obesidade exagerada, ao adentrar no recinto, subindo o degrau, já resmungou para que todos ouvissem, com uma voz rouca e tossindo feito louca, com um cigarro na mão:

“êta vida custosa, não posso comer um pouquinho mais que vem logo esta gordura que tanto me incomoda e faz com que eu tenha que fumar muito para emagrecer” (mais tosse de pigarro e aquele fumação dentro do recinto que todos reclamaram do cheiro desagradável do cigarro).

E nós que fumamos por 41 anos ininterruptos. Também já falamos a respeito, até escrevemos. Nunca soubemos que o cigarro faz emagrecer.

Chegou outro freguês de bermudas, à vontade, queixando-se que havia tomado nove latinhas de cerveja e parecia que seu fígado estava incomodando demais (as cervejas não tinham culpa nenhuma foi porque comeu carne de porco).

E assim foram várias as pessoas que pudemos presenciar chegando, comprando, conversando na padaria, indo embora e deixando seus problemas digamos assim, “lá no balcão”, em desabafos que fizeram com seus conhecidos.

Não restam dúvidas, para nós foi um acontecimento deveras interessante e motivo de uma profunda e benéfica reflexão, pois tiramos muitas conclusões.

Nós que já estamos mais para os 70 anos do que para os 60, e podemos ao acordar levantar, ir ao banheiro sozinho, sem ajuda de ninguém, fazer nossa higiene, nos vestirmos, sair até o quintal, ver a beleza das plantas, dos pássaros, da chuva ou do sol.


Caminhamos pelas ruas, encontramos amigos, conversamos, e nos lembramos de tanto que temos e que por vezes não sabemos valorizar.

Isso por ser tão corriqueiro o uso e desempenho das funções, para quem nada sofre que não percebemos o tempo passar.

Aí sim, poderemos dar um pouco de valor a preciosa vida que temos, nos educarmos, não queixarmos de coisas insignificantes.

Só mesmo quem já cuidou de um ente, em sua velhice ou doença, na cama, em uma cadeira de rodas, acidentado ou pela idade avançada, pode avaliar o que é gozar de uma saúde. Mesmo que não seja perfeita, que tenha seus probleminhas, relevantes e toleráveis.

Só mesmo esta pessoa pode avaliar a benevolência do Grande Arquiteto do Universo, em sua infinita sabedoria, fazendo com que nós, criaturas de seu mundo, passemos pelo ciclo da vida.



No momento que nascemos dependemos de outros para a sobrevivência, aí vem a infância, nossa juventude, a maturidade, a velhice, e o retorno aos cuidados de nossos semelhantes.

Assim como quando nascemos, voltamos a depender da presença indispensável de outros para nossa sobrevivência.

Isso nos fez lembrar do saudoso Osmar de Carvalho (o Osmar Bagunça), grande amigo que dizia:
“Não quero jamais ir parar em uma cadeira de rodas ou em uma cama.

“Não gosto nem de pensar em ficar na dependência dos outros, sentado numa cadeira de rodas lá na sala, os meninos passando, dando beliscões, tapas na cabeça.”

“E ainda ouvindo dos outros, está na hora do banho do Osmar (aí Jesus que sacrifício) ou se pior numa cama, esfregando toalhas molhadas quando de um banho, dando aquele trabalho e sofrendo o desnecessário além de fazer os outros sofrerem.”

Era a filosofia do Osmar.

Saudades do grande amigo Osmar de Carvalho, o Osmar Bagunça (interessante, até hoje não o homenagearam com seu nome em uma rua da cidade, e ele fez muito por ela).

Mas aí caros Leitores, damos Graças das bênçãos recebidas diariamente de Deus, achando tudo ainda mais belo do que antes.

É muito bom lembrarmos sempre e agradecermos, por tanto que recebemos contra tão pouco que damos.

Motivo de nosso Ponto de Vista de hoje, “Obrigado Senhor”.




Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.

domingo, fevereiro 22, 2009

O Triângulo Mineiro


Caros Leitores.

Iniciamos este Ponto de Vista, lembrando de nossa região, lá nas décadas de 60, 70, 80. Revivendo fatos históricos, fatos inesquecíveis, fatos que vivemos.

Nossa Araguari, que com seu desenvolvimento paulatino, gradual, de acordo com cidades de seu porte, cresce dentro daquilo que a própria terra, sua situação geográfica, suas lideranças possam oferecer.

Assim podemos fazer uma análise da nossa região, O Triângulo Mineiro, que é uma das regiões mais ricas do nosso estado, com a economia voltada ao agronegócio.

As principais indústrias aqui instaladas relacionam-se aos setores de processamento de alimentos e de madeira, de açúcar e álcool, fumo e de fertilizantes. Nos últimos anos o Triângulo Mineiro é a região que mais tem recebido investimentos e mais empregos tem gerado.
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O Triângulo Mineiro é uma das dez regiões de planejamento do estado de Minas Gerais. Está situado entre os rios Grande e Paranaíba, formadores do rio Paraná. Faz parte da Mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Para mais informações acesse o link da Wikipedia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Triangulo_mineiro#Hist.C3.B3ria


Então vamos falar um pouco dos nossos vizinhos:
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Por sua situação geográfica, a vizinha Uberlândia, tornou-se, no decorrer dos anos, um verdadeiro polo cultural, aero-rodo-ferroviário e industrial de toda região do Triângulo Mineiro.
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Tornou-se uma metrópole onde encontramos de tudo. Na década de 60, Uberaba, Uberlândia e Araguari, possuíam a mesma população, sendo que Araguari fornecia energia elétrica para Uberlândia e Tupaciguara.

Tínhamos tanta energia elétrica, que a Prada dava incentivo a seus funcionários para a venda de fogões elétricos aos consumidores em geral, era necessário consumir a energia que sobrava, e tudo era lucro.

Bons tempos aqueles. Mas continuando, as oportunidades se foram oferecendo, e como dissemos, era Uberlândia a possuidora da infra-estrutura necessária para receber tudo que se apresentava.

Tinham (e tem) os empresários e políticos o principal, dinheiro para investimentos assim como a força política necessária para a concretização dos eventos que se apresentavam.

Mediante o exposto, lógico e evidente, uma coisa trás a outra, e assim sucessivamente, tornando-se assim nossa vizinha Uberlândia, o centro comercial, industrial, estudantil, cultural que é, tornando-a então uma cidade com seus 650 mil habitantes, o que logicamente também com os problemas de uma cidade de tal porte.

Uberlândia enfrenta atualmente a insegurança, trânsito violento e enfim as conseqüências de ser uma cidade grande.

Uberaba, apesar de estar às margens do Rio Grande, apesar de ter uma estrutura financeira e política do porte ou talvez maior que o de Uberlândia, não conseguiu aquele estouro demográfico.
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Possui indústrias de grande porte. Universidade com todos os cursos que um jovem possa almejar para sua carreira.

Possui a maior criação de gado zebu do mundo (sendo visitada anualmente pelo Senhor Presidente da República), dado o vulto de suas exposições agropecuárias, e também seus leilões de gado, onde as maiores cifras são atingidas ano a ano.

Mas de nada disto adiantou, Uberaba também precisa de Uberlândia. Creiam, é a verdade. E qual é o mal disto? Será que tem algum mal? É claro que não, com seus 400 mil habitantes, Uberaba, leva sua vida normalmente.

Normalmente não, com grande pujança, com desenvolvimento, com grandes lideranças e sempre crescendo. Que saibamos, ela não disputa com Uberlândia.

Ela não fica alardeando que fatos acontecem em detrimento de seu desenvolvimento. Muito pelo contrário. Quando da construção do “Carrefour” em Uberlândia, um comentarista político de Uberaba, parabenizou Uberlândia e deu graças por estarem a 100 quilômetros de distância, o que lhes iria proporcionar desfrutar também daquele novo empreendimento.

Como nos referimos nossa Araguari, vem se desenvolvendo através dos anos de uma forma discreta, sem alardes.
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Está crescendo, seus bairros estão todos asfaltados. Todos com a infra-estrutura necessária. Hoje o cidadão araguarino não escolhe um terreno na região central para comprar e construir sua residência. Hoje ele procura o lugar que lhe proporcione as melhores condições de viver, tanto residencial como comercialmente falando.

Dêem uma volta por nossa Araguari. Visitem seus principais pontos. Visitem seus bairros, aqueles mais distantes. Só encontrarão progresso, só encontrarão construções, reformas, belas residências, ótimos estabelecimentos comerciais, encontrarão um povo entusiasmado em zelar daquilo que possuem.

Suas casas, suas praças, seus bairros. Nossa Araguari atingiu 120 mil habitantes. Maravilha, ótimo. Estamos crescendo dentro daquilo que nossas condições nos proporcionam.

Não adianta querermos passar os carros na frente dos bois, pois não seria possível. Estamos indo como devemos ir. Estamos crescendo como devemos crescer.

Estamos conseguindo no decorrer dos tempos, tudo que uma cidade necessita para sua sobrevivência e pode oferecer para seus habitantes. Hoje temos a UNIPAC uma universidade de fama nacional e com todos os cursos, inclusive medicina. São mais de 6 mil estudantes de fora em nossa cidade.

Com o acima exposto, que não tem nada a ver com o título de nosso Ponto de Vista de hoje, chegamos a uma feliz conclusão: Uberlândia está para o Triângulo Mineiro, assim como Ribeirão Preto está para o interior de São Paulo. Todas as cidades circunvizinhas, Ituverava para frente, Batatais, Franca, São Carlos, Sorocaba, Piracicaba, Leme, Araras, Limeira e outra mais, giram em torno da metrópole que é Ribeirão Preto.

Ninguém vê mal algum nisto. Que saibamos, só vêem o bem. São necessárias as cidades pólos. No nosso Ponto de Vista, podemos nos comparar ao Sistema Solar. Pequenos astros giram em torno de um grande Astro.

Aí meus caros Leitores, lembramo-nos de Patos de Minas. Patos vem a ser a grande metrópole do Alto Paranaíba.



Todas as cidades da região giram em torno dela. Monte Carmelo, Patrocínio, Romaria, Luz, região da Serra do Salitre e várias outras. Patos de Minas possui uma grande influência política.

Possui grandes empresários, possui tudo aquilo necessário para uma explosão demográfica. Mas não a teve. Assim como Araguari, ela vai se desenvolvendo dentro de suas condições geográficas, dentro daquilo que suas riquezas lhes proporcionam.

Possui atualmente 130 mil habitantes. Terra do milho. Terra que nos oferece a maravilhosa e já nacionalmente conhecida “Festa do Milho”. Tornou-se tradicional.

É uma grande cidade. Possui um grande povo. Todos se orgulham dela, assim como nós nos alegramos em tê-la por perto. Somos ótimos vizinhos.

Em nada afeta o tamanho demográfico de cada cidade. Que seja assim com Uberlândia, ficando Araguari, Uberlândia, Patos de Minas, Tupaciguara, Ituiutaba, Monte Carmelo, Patrocínio, Uberaba, e outras mais, cidades maravilhosas, orgulho de Minas Gerais, diamantes do Triângulo Mineiro.


Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.

sábado, fevereiro 14, 2009

Língua Portuguesa

Caros Leitores.

Vamos falar sobre nossa Língua Portuguesa e as variações de uso que são feitas nela. Prestem atenção ao quanto que cada vez mais é usada a expressão: “A GENTE”.

Em tudo que vai se dito, as pessoas começam dizendo: a gente é, a gente pegou, a gente sabe e tantos outros a gente no início de qualquer frase que vão construir.


Até fazem com que nos esqueçamos que na realidade a expressão “a gente” foi criada como “gíria”.

Gíria esta que acaba substituindo manifestações que poderiam demonstrar a cultura de cada um de nós, cidadãos que usamos o idioma Português, a língua Portuguesa para nos comunicarmos.

E o quanto ouvimos: gosto docê; isto é procê; cê vai bem melhor; eu vou concê e não sei mais o quê.



Vejam bem, não é mais bonito quando pronunciamos nós somos, nós pegamos, nós sabemos, gosto de você, isto é para você e por aí a fora ?

Isso nos faz lembrar a oportunidade que nós, araguarinos, tivemos de estudar com grandes mestres que aqui trabalharam.

Mestres estes como o saudoso Hermenegildo Marques Veloso, professora Yolanda Ferreira Tomás e Dona Wanda Pieruccetti, verdadeiros Mestres da Língua Portuguesa.

Era feito inicialmente o Curso Primário, curso este que ia do Jardim da Infância até o quarto ano.

Aí então fazíamos o Admissão ao Ginásio, que nada mais era do que um “Vestibular” para irmos ao Curso Ginasial, curso este que durava quatro anos.

Posteriormente, terminada a segunda fase do ensino, passávamos a fazer o Curso Secundário, Científico, Normal ou Comercial.



Eram mais três anos estudando matérias várias, sempre como ponto principal a Língua Portuguesa. O Português.

Aí então veio o governo e alterou o ensino para 1º Grau, que ia do 1º ano (primário) até o 8º ano.

Passava então o aluno para o 2º Grau de Ensino, da 1ª à 3ª série do Segundo Grau, os antigos cursos Normal, Científico, Comercial.

Até 1967, o ensino médio era dividido em três cursos e compreendia o curso científico, o curso normal e o curso clássico. Na sequência em resolveu-se mudar e chamar de curso "colegial", também dividido, sendo que os três primeiros anos eram iguais para todos e posteriormente quem quisesse fazer o antigo Normal e o Clássico, tinha de fazer mais um ano.

Desde 1996, no Brasil, corresponde ao ensino médio a etapa do sistema de ensino equivalente à última fase da educação básica chamado de segundo grau, cuja finalidade é o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, bem como a formação do cidadão para a vida social e para o mercado de trabalho, oferecendo o conhecimento básico necessário para o estudante ingressar no ensino superior.


Infelizmente tudo isso não é suficiente e existem “verdadeiras aberrações” feitas por alunos do Ensino Médio.

Como exemplo vejam o que foi feito em uma prova do ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio:

“Dizem que o Euninho provocou uma tempestade; os zoutros são tudo de baixo nive; tem “gente” que fala pra preservar o meioambiente quando deve preservar ele todo; tudo porque o problema é de grande gravidez; tudo que ser de interesse coletivo de todos é para o bem geral; as hindústrias trabalham; o cerumano é; parcerias juntas; semelhantementes iguais uns aos zoutros; hoje endia tudo; na cidade enque fizeram; as coisas cerrevelam naturalmente; os jardins estão cheios de árvores arborizadas; nesta terra enque ensi plantando; pode-se falar noutro azunto anonser os indevidos; é necessário concentizar todos para se evitar porblemas; o seromano tem que ser bom.”


Acreditamos no esforço dos nossos educadores, que atuam dia a dia na formação do nosso povo.

Falando da Língua Portuguesa, estamos passando por uma mudança em nossa ortografia, vejam no vídeo abaixo.




Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.

sábado, fevereiro 07, 2009

Grandes Nomes

Caros Leitores.

No Blog Ponto de Vista frequentemente fazemos um retorno ao passado, sendo que muitos gostam e outros tomam conhecimento.



Podem existir aqueles que também acreditam que o “passado não tem valor”, alegando ainda que “o presente é que resolve”.

Não tiramos a razão e muito menos contestamos estes últimos. Não resta a menor dúvida, viver do passado não resolve qualquer pendência.

O que resolve é o presente.

Mas para se chegar ao presente, como foi que aconteceu ???

Aí meus caros Leitores, passamos a ter razão novamente, pois para isto, temos que “voltar ao passado”.

O saudoso e glorioso passado. Passado este que sem ele não teríamos o presente, não teríamos tudo que possuímos e por fim, não teríamos história.

O que buscamos é simplesmente narrar nossa vivência ao longo de aproximados 60 anos nesta querida e amada terra, Araguari.

Ah, como é gratificante e reconfortante contarmos em nossos Pontos de Vistas, coisas e fatos que presenciamos, que vivemos, que participamos desde nossos tenros 6 anos de vida, quando aqui chegamos em outubro de 1949, com nossos pais.

Como é maravilhoso e saudoso nossos retornos ao passado em busca do presente, até os dias atuais, quando já contamos com nossos 66 anos de vida.

Tudo isto caros Leitores, em Araguari, com Araguari, para Araguari.

Aqui fomos educados, aqui crescemos, estudamos, constituímos família, nos realizamos. Finalmente, aqui temos ainda muito a contribuir com o pouco que adquirimos nestes anos vividos.



Somos testemunhas oculares de tudo que aconteceu.

Lembramo-nos com saudades de homens que para o bem de nossa terra, não mediram esforços para engrandecê-la.




Homens como já citamos:

Dr. Oswaldo Pieruccetti,
Eduardo Rodrigues da Cunha,
Milton Lemos da Silva,
Moisés de Carvalho Alves,
Luiz Fernando Belém Botelho,
Dr. Milton de Lima Filho.

Estes governaram Araguari cada um com suas metas. Metas estas atingidas, com sacrifício, com lutas.

A estes homens, somamos como cidadãos:

Dr. João Nascimento de Godoi,
Julio Erbetta,
Dr. Moacir Faria Tavares,
Dr. Walter Luna Carneiro,
Elmiro Barbosa,
Waldomiro Barbosa,
Dr. José Leopoldo de Lima,
César Magalhães,
Joaquim Magalhães,
Luiz Nasciutti,
Eugênio Nasciutti,
Láudio Afonso Alessi,
Joaquim Aníbal,
João Acioly,
Hugo Acioly,
Dr. Olavo Santos,
Sudário Rodrigues Gomes,
Paulo Nogueira Cruvinel,
Cel. Theodolino Pereira de Araújo,
Cel. Juca Araújo,
Elpenor Veloso de Araújo,
Dr. José Veloso de Araújo,
Dr. Gabriel Veloso de Araújo,
Achileu Nogueira,
Theodoreto Veloso de Carvalho,
Delermando Cardoso,
Álvaro Américo Damião,
José Zacharias,
Elias Daher,
José Elias Zara,
Tenente Expedito
Ferreira dos Santos,
Dr. João Domingos,
Dr. Romes Nader,
Dr. Belizário Rodrigues da Cunha,
Dr. Ranulpho Cunha,
Dr. Domingos Rady,
Dr. Durval Fernandes de Melo,
Dr. Manoel Fernandes de Melo,
Dr. Aparício Fernandes de Melo,
Dr. Calil Canut,
Francisco Borges de Souza (Chico Novato),
Dr. Maurício Alves,
Dr. Raul Dácio de Belém Miguel,
Benito Felice, Hermogênio Dorázio,
José Marques de Jesus,
Hugo Dorázio,
Dr. Eduardo Brasileiro,
Dr. Calil Canut, Amim Canut,
Walter Nader,
Michel Rady,
Abrão Gebrim,
Abrão Rady,
Afif Rady,
Hamilton Rocha,
Pedro Araújo,
Raulino Naves.

Enfim, um gama de homens que posteriormente iremos citá-los em outros Pontos de Vista, lembrando um pouco de nossa história, cada um dentro de sua especialidade profissional ou como homem público, sempre fazendo a grandeza de nossa Araguari.




Muitos dos que nos referimos, já nos deixaram, muitos aí estão, e nós, tivemos e temos a oportunidade de “conviver” com eles, assistir a tudo que fizeram e fazem pela terra amada.

Lembramo-nos também de mulheres fabulosas, verdadeiras heroínas e formadoras de personalidades ilustres de Araguari.

Nossos respeitos a:
Professora Wanda Pieruccetti,
Artista Emirene Alves,
As professoras:
Maria de Lima Alessi,
Aparecida Xavier,
Carlita Gomes,
Antonia de Carvalho Barbosa (Tonica),
Maria Abud,
Latifa Cafrune,
Maria de Lourdes Lisboa Alves de Castro,
Yolanda Ferreira Tomás

Além destas tantas outras merecedoras de homenagens pelo que fizeram na Cultura do Povo Araguarino.

E vocês caros Leitores, lembraram-se e gostaram de ver os nomes relacionados por nós ?

Não é bom voltarmos um pouco na “história” de nossa terra para sentirmos a grandeza daqueles que prepararam o caminho para nossas atividades ?
De nossos filhos ?
Da própria cidade ?

Esperamos que tenham gostado de lembrar e reviver conosco páginas passadas de nossas vidas.

Ao lerem os nomes voltaram nas épocas vividas por cada um. É deveras gratificante e reconfortante.

Para encerrarmos, deixamos aqui registrada, nossa homenagem póstuma àquele que muito enalteceu, dignificou, honrou e narrou a vida de nossa querida “Serras Azuis”, nossa querida Araguari: Acadêmico, Professor, Doutor, Geraldo França De Lima.

Expoente máximo da Cultura de Nossa Terra. Nossa gratidão por tudo que fez pela terra que tanto amou. Descanse na Santa Paz de Deus.

Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um Abraço.

Foto aérea de Araguari: Blog Olhar Urbano

domingo, fevereiro 01, 2009

O “JORDÃO” está morrendo !

Caros Leitores.

Dia desses, um velho amigo, o Joaquim da Silva, amigo de infância, colega lá das décadas de 50 e 60, bancos escolares, Santa Terezinha, Regina Pacis, Escola de Comércio e até de Tiro de Guerra, chegou perto de nós e exclamou atônito: “PERON, O JORDÃO ESTÁ MORRENDO”!

Lógico e evidente que ficamos deveras assustadíssimos com a notícia vinda de sopetão e estarrecedora, pois nos lembramos imediatamente do outro amigo lá das épocas passadas, o “João Brasileiro Jordão”, que se tornou desde a infância, conhecido por todos como “JORDÃO”, o que combinava e combina bastante com seu porte físico.

Daí foi aquele negócio que vocês devem estar imaginando. O que foi o que está acontencendo foi acidente, infarte, afinal diga logo, o que está acontecendo com nosso querido amigo “JORDÃO”?

Eis que vem então em seguida, a notícia que nos acalmou e tranqüilizou (parcialmente, a coisa também era muito séria e preocupante), pois o Joaquim, continuando sua narrativa, disse-nos: “O negócio não é com o nosso amigo JORDÃO não, muito pelo contrário, ele está com uma saúde invejável, passeando por todos os lugares desfrutando de sua aposentadoria.

QUEM ESTÁ MORRENDO, É O RIO JORDÃO, onde despejam as águas do FALECIDO CÓRREGO BREJO ALEGRE, que hoje já se encontra quase que totalmente sepultado, faltando apenas 4 túmulos para acobertá-lo definitivamente.
Continuando, o Joaquim ainda disse-nos que esses 4 trechos restantes, são as quatro quadras que faltam para completar o fechamento daquele que foi em tempos áureos, o belo e aconchegante “corguinho” que corta a cidade de um extremo a outro, nascendo lá na Av. Bahía e vindo fluir suas águas outrora límpidas e puras, hoje fétidas, nojentas e repugnantes (dado à podridão advinda com seu falecimento) dividindo a cidade justamente ao meio em toda sua extensão.

Córrego Brejo Alegre chegando (da direita para esquerda) no Rio Jordão (de cima para baixo).

Desnecessário se faz dizer da nossa tristeza, pois em um lampejo, voltamos lá em 1950, 51, 52 e até 60, ao lembrar-nos quando ainda crianças, percorríamos diariamente o “BREJO ALEGRE”, da rua Quinca Mariano até na Marciano Santos, no percurso que fazíamos ao ir para as aulas do Santa Terezinha da nossa “Maria Abud” (é difícil uma pessoa da nossa geração que por lá não passou) e no trajeto, armávamos armadilhas para apanhar “lambaris” que no retorno recolhíamos fazendo com a “turma” belas fritadas dos mesmos. Coisas de “moleques” que éramos.

Caros Leitores podemos dizer que “ASSISTIMOS” no decorrer destes anos, a morte lenta e dolorosa do majestoso CÓRREGO BREJO ALEGRE, e todas as conseqüências causadas com a mesma à população ribeirinha e também a toda cidade.

O primeiro saneamento feito no Brejo Alegre foi executado por uma empresa de propriedade do Engenheiro Fratescki, de Uberaba.

A obra iniciou defronte a hoje CDL, Câmara de Dirigentes e Lojistas, por volta de 1955.


Ainda os quatro primeiros quarteirões lá permanecem à espera da cobertura final. É um desafio que vem atravessando os anos.

Em 1998 as águas das chuvas causaram transtornos durante as obras de fechamento do canal.


Ao que parece, o Prefeito atual foi em busca de verbas para a realização dos serviços.

Posteriormente, em diferrentes gestões de nossos prefeitos, vieram as obras fechando o canal.




Trecho da Av. Cel. Teodolino Pereira de Araújo, cruzamento com R. Marciano Santos com as obras de fechamento do Córrego Brejo Alegre concluídas.


Infelizmente no decorrer destes anos, não foi construída uma “ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE SUAS ÁGUAS”, para depois, depois as mesmas desaguarem no “RIO JORDÃO”, este rio que o Joaquim, nosso amigo, veio nos dizer que está morrendo.

Triste ficamos e todos estão, é com o fato DELE ter morrido, e em conseqüência, estar MATANDO O RIO JORDÃO com suas águas lodosas, impregnadas de dejetos, lixos e mais lixos jogados indistintamente.

Nossa esperança é a construção da tão necessária ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS, livrando assim a nossa querida ARAGUARI, de despejar os DEJETOS de mais de 100 mil habitantes que possuímos, neste falecido Brejo Alegre que em conseqüência está MATANDO o RIO JORDÃO, que foi outrora local de lazer para a população araguarina.

Ficamos felizes com a informação encontrada no site da Superintendência de Água e Esgoto de Araguari, (http://www.saearaguari.com.br/desenv/aguaesgoto.php) onde consta que já foi obtida a Licença de Instalação junto ao COPAM (Conselho Estadual Política Ambiental), para o início das obras de uma Estação de Tratamento de Esgoto do Córrego Brejo Alegre. Esta se juntará as já existentes:

ETE – Distrito de Amanhece;
ETE – Distrito de Piracaíba;
ETE – Bairro São Sebastião;
ETE – Córrego dos Verdes.

Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.