domingo, janeiro 25, 2009

Edmar César

Recebemos na manhã deste domingo (25/01/09) a visita do escritor Edmar César Alves, nascido em Araguari-MG, filho de Vicente Alves Gregório e Helena Ferreira Gregório.

O Edmar está realizando um trabalho histórico sobre a Estrada de Ferro Goiás e esse foi o assunto que prevaleceu em nosso encontro. São suas as obras Batalhão Mauá, Afif Rade, São Gabriel, A Voz da Selva e Pedro Moreira.

Estamos disponibilizando um link, para o seu site na seção recomendo do Blog Ponto de Vista.
e
Agradecemos a visita do mesmo e esperamos pelo resultado de suas pesquisas.

sábado, janeiro 24, 2009

Mais um Passo

Caros Leitores,

Em 07 de junho, um sábado do ano de 2008 no Blog Ponto de Vista fizemos uma postagem intitulada Araguari, Berço do Futebol Feminino, narrávamos fatos realizados por um grupo de araguarinos que deixavam sua marca na história da cidade.

Essa matéria nasceu com o apoio da Teresa Cristina de Paiva Montes Cunha, e foi o primeiro passo na sua busca em realizar um documentário a respeito desse assunto.

Outro passo foi dado com a publicação da notícia "Veja como nasceu o futebol feminino no Brasil" no site do jornalista Milton Neves em 26 de setembro de 2008.

http://desenvolvimento.miltonneves.com.br/Noticias/Conteudo.aspx?id=77345

Agora mais um passo importante foi dado no dia 11 de janeiro do ano de 2009, quando foi apresentada no Esporte Espetacular da Rede Globo uma reportagem dando projeção nacional a esse assunto.






Foi com satisfação que assistimos, a reportagem mostrando nossa Araguari com as pessoas que certamente fizeram diferença na época. Todas transmitiram muita simpatia e a matéria ficou muito bem editada.
e
Com isso caros Leitores, acreditamos estar cada vez mais próximo o documentário que fará jus ao que todas estas pessoas fizeram e ainda fazem por Araguari.
e
Parabéns a todas e sucesso em projetos futuros.

Comentários dos Leitores

Caros Leitores,

Nossa interação com vocês é o que nos traz a satisfação em manter o Blog Ponto de Vista, assim transcrevemos aqui comentários que recebemos sobre postagens anteriores.

Começamos com a troca de mensagens que tivemos com o araguarino Natal Fernando, que reside em Brasília, sobre postagem em que falamos do Maurício Alves:

Natal:

“Professor Peron, por pouco eu teria sido seu aluno, mas fui aluno do Dr. Geraldo Braga, em OSPB e também da Dona Wanda Pieruccetti, que deixaram boas lembranças.
e
Também estudei um ano e meio na Escola Técnica de Comércio Machado de Assis da Professora Maria de Lourdes Lisboa Alves de Castro, ainda quando também foi meu professor de geografia o meu tio Francisco Inácio Póvoa.”
e
Peron:

Que belo comentário mano Natal. Gostei e vai para o blog. Você passou pelos meus caminhos porém um pouquinho depois.

O Francisco (Chiquinho) além de colega é um grande amigo meu. Dona Maria, faleceu em Goiânia em acidente de carro.

Os filhos do Maurício, freqüentam minha casa. São colegas dos meus. A melhor matéria que uma escola poderia ter. O.S.P.B.

É uma pena terem tirado-a da grade escolar. Interessante, ela existiu no período de Ditadura.

Hoje, tem pessoas que não sabem o que é Poder Legislativo, Executivo, Judiciário.

Não sabem o que é um vereador, um deputado, um senador. Este Brasil é uma pandega.
e
Natal:

“Pois é, naquela época vereador não tinha salário, mas funcionava e era mais respeitado.

Acho que criaram o salário para vereador justamente porque a ditadura viu desaparecer líderes políticos e precisou cuidar do futuro incentivando o surgimento de novos líderes por meio de salários, acabou criando alguns mercenários entre pouquíssimos líderes.

Sobre OSPB essa disciplina ajudou muitos alunos a aprender no mínimo a cantar o Hino Nacional, o da Bandeira, o de Araguari, etc., recuperando assim a crescente falta de identidade nacional que crescia àquela época. “
e
Sobre o Ford 51 recebemos de nossa prima residente em Santa Rita do Passa Quatro - SP, Teresinha Peron Bueno, a maravilhosa narrativa de fatos que vivemos:

“Prezado Fernando:

Ah! o Ford verde escuro. O carro da hora. Metais reluzentes, maciez e garbo, desfilando pelas ruas de Santa Rita, enfiando-se pelas estradinhas rurais. Mas também indo, pela marginal do Tietê, a Suzano a fim de que se visitassem outros tios.

O reencontro feliz de nossos pais nas férias escolares. Isso era claro no semblante deles, extravasando em satisfação e afeto, o que sempre os uniu.

As conversas eram amenas e a presença cheia de saudade. Ouvia-se e percebia-se a paixão dos pontos de vista políticos - meu pai com o partido do trabalhador e o seu com a UDN - sentia-se a inteligência e o humor no tempero saudável dessas conversas.

Era assim a infância, mas era também o Brasil, como nós, precisando ainda crescer. Esse mundo aparentemente extinto, você o resgata para todos nós que o compartilhamos e mitificamos.

Abraços.
Teresinha.”
e
Teresinha, estas lembranças resgatadas nos trazem a oportunidade de buscar outras que em breve espero transformar em postagem no nosso blog.

Outro amigo de Araguari residente em Brasília, José de Souza que trabalhou no Banco Central disse:
e
“Caro Peron,
Obrigado pela matéria a respeito dos automóveis, fez-me recordar de todos eles.

Lembro-me ter tido a oportunidade de "dar uma voltinha" em alguns deles, era "bão dimais".
Abs.

Zé de Souza”

E o Wiliam Rady, industrial em São Paulo também deixou o seguinte comentário:
e
“Estimado Peron:
Você continua a nos deleitar com suas histórias saudosas de nossa Araguari de tempos idos.
O Miltinho acertou em pedir-lhe para falar sobre o Ford 51 de seu venerado Pai.

Lembro-me perfeitamente, a medida que vou lendo sua narração, de todos os modelos e cores descritos por você.

Agora um fato interessante: O Plymouth 51 do Sr. Amélio Valente está guardado na oficina do Dario, que cuida tão bem de meu Ford 1929.

Estou tentando comprá-lo para restaurá-lo, pois está em condições quase perfeitas de originalidade.

Um TFA do Wiliam”

Vejam o senso de humor do amigo Mário Ferreira:

“Tiro meu chapéu pela forma de pesquisar e apresentar o seu Blog. Se você fosse arqueólogo punha o Indiana Jones no bolso.”

Agradecemos a todos que nos enviam comentários, emails e outras manifestações. Tudo esse carinho é gratificante para nós.

sábado, janeiro 17, 2009

Sob Encomenda

Caros Leitores.

Em uma reunião que estávamos tempos atrás, encontramo-nos com o “Miltinho”, Dr. Milton de Lima Filho, e ele, com a alegria e o carisma que lhe são peculiar, dirigindo-se a nós disse: “Peron, acompanho todos seus Pontos de Vista, é muito bom voltar ao passado com você.

Na matéria sobre as agências de automóveis em Araguari e os usuários dos veículos Citroem na década de 50 foi minuciosa. Não faltou nenhum dos usuários, sendo as cores, os anos, os donos de cada um, dentro da fidelidade absoluta.

Inclusive eu possuía um Citroen (deixamos de citá-lo na matéria, fica registrado agora). Gostaria que você fizesse um retorno ao passado, narrando os proprietários de carros e o decorrer dos anos da década de 50. Quero que você conte a história do “Fordão” 51 do seu pai, o Julio Erbetta.

Estou esperando pela matéria”.

Ora caros Leitores, ouvir isto de um homem que conhece a história de Araguari detalhadamente, em seus pormenores, nomes por nomes, geração por geração, foi um elogio deveras emocionante e incentivador.

O que escrevemos, nada mais é do que nossa vivência nesta terra querida, dos anos 50 para cá.

Se o pouco que lembramos trás alegria para os que nos acompanham em suas leituras, para nós é motivo de orgulho e principalmente fator indispensável para que continuemos a narrar e reviver coisas e fatos importantes de nossa infância, juventude e maturidade atingida com o decorrer dos anos e constituição de nossa família.

Família esta que por sinal, encontra-se esparramada por este Brasil afora, contribuindo para seu desenvolvimento e sobrevivendo dentro de suas profissões. Sempre que possível nos encontramos.

Mas vamos lá tentar corresponder ao que o “Miltinho” nos solicitou.

Em 1951, primeiro ano da segunda metade do século XX, os automóveis estavam ganhando novas linhas. Estavam perdendo os pára-lamas e estribos, faróis sobrepostos, e ganhando linhas modernas, aerodinâmicas, um estilo adotado na revolução dos tempos.
e


Das linhas modernas adotadas, nosso pai, Julio Erbetta, se entusiasmou com a linha Ford.
e
Conforme matérias anteriores, o senhor José França, era o agente em Araguari. A loja expositória e casa de peças, funcionavam onde hoje é o Diomedes com a Buggy. O posto de gasolina em anexo, onde hoje é a farmácia São Sebastião, do “Piosco”. As oficinas funcionavam no imenso prédio da rua Jaime Gomes, entre a Afonso Pena e Rodolfo Paixão, onde por último funcionou a escola IPEA. O chefe das oficinas era o Marcondes Ungarelli. A exposição de veículos passou posteriormente para onde hoje é o “IT Magazine”.

Em junho de 1951, nosso pai, entusiasmado com o “Fordão 51”, influenciado que foi pelo senhor Ernesto Golia, que possuía um de cor creme, fez a encomenda do dele, encomenda esta com a recomendação ao “França” (como era chamado), de que seu filho, Geraldo França, fosse o condutor do mesmo de São Paulo até Araguari. Recomendou ainda que fosse colocado um coxinilho no lado do motorista, para que ninguém sentasse ao volante, no banco original a não ser ele. Assim foi feito. O Geraldo França trouxe o carro de São Paulo até Araguari dentro das recomendações feitas pelo nosso saudoso pai. Foi a realização de seu sonho.

Para melhor ilustrar a história, o “Miltinho”, foi junto com o Geraldo a São Paulo, trazendo mais um Ford 51, sob encomenda para Araguari.

e


Isto aconteceu justamente no dia 03 de dezembro de 1951. Faltavam 27 dias para o ano se encerrar e o carro estava chegando. Chegou na véspera do aniversário dele, 04 de dezembro. Foi seu presente de aniversário. Era verde garrafa.

O carro custou à vista, Cr$ 112.000,00, mas com os equipamentos colocados, ficou por Cr$ 113.800,00. O sacrifício de uma vida de trabalho, compensada com a aquisição de seu primeiro veículo.

Quando da encomenda feita em junho de 51, uma série de amigos de nosso pai, aderiram pelo seu entusiasmo a idéia de possuírem um Fordão 51.





Assim, as encomendas foram feitas e recebidas pelos senhores Hamilton de Oliveira Santos, morava onde hoje é a continuação da rua Maricota Santos, aquela casa demolida na Cel. José Ferreira Alves, dá acesso na rua Achileu Nogueira. Era um Ford azul, lindo.

O senhor Jovino Bittencourt, com um belo 51 creme. O senhor Eugênio Nasciutti, recebeu um cinza. Rossini Aguiar possuiu um duas portas. O senhor Julio Ribeiro, tinha um creme, muito zelado, sempre na garagem ali na Tertuliano Goulart com a Praça Farid Nader.

O taxista Manoel (fugiu-nos o sobrenome), residia onde hoje é a Casa dos Parafusos, posteriormente foi para Brasília com sua fundação, levando seu 51 azul.

Os nossos amigos, Dormeval Gonçalves de Araújo, juntamente com seu irmão João Gonçalves de Araújo (eles mesmos buscaram em São Paulo, um azul e um creme) e também, atendendo a insistência do nosso amigo Dr. Péricles Barbosa (possuidor de uma memória fantástica) o taxista de saudosa memória, José Teia.

Um detalhe para melhor ilustrar, é o de que o marido de nossa então Miss Minas Gerais, Carlene Alves, também possuía um Ford 51 azul claro, e sempre que aqui vinha, a viagem era feita nele. Chama-se Hélio de Souza, trabalhava na Cia. Brasileira de Sinalização. Engenheiro aposentado, residente em Belo Horizonte.

Muitos dos citados já nos deixaram, mas seus familiares, temos certeza, irão se lembrar destes anos felizes, quando seus pais, com os carros lotados por eles, na época crianças como nós, fazíamos nossos passeios nos locais pitorescos de nossa cidade nas tardes de sábados e em longos piqueniques domingueiros. Foi um belo tempo.

Para completar os carrões desta década, citamos possuidores de outras marcas, trazendo nas memórias, bons tempos vividos pelas famílias araguarinas.

Elias Daher possuía um Kaiser vinho 51. Mário Abdala do curtume possuía um Chevrolet 51. O senhor Paulino Abdala, um Buick verde 50 quem o dirigia era sua filha Geni.

Estevan Suzelbeck do Pálace Hotel com sua Buick sedanete 50. Justino de Carvalho possuía um Pontiac, saia e blusa, duas cores, amarelo e verde no teto, ano 51.

Osmundo Rodrigues da Cunha com seu Chevrolet 51 cinza. Mário Lieggio com sua Studebaker 51 hidramática. Tim Lieggio com seu Ford 42 creme.

O Dr. João Isaac Neto uma Studebaker verde, 51. O José Machado com sua Chevrolet 51, também taxista. O Manoel Póvoa possuía uma camioneta Bed Ford (Inglesa).

José Zacharias com sua Chevrolet 51. O José Chico, do Banco Comércio de Minas com a camioneta International pelo fato de ser caçador e transportar os cães de caça.

Manoel Lemos tinha uma Chevrolet 53, pára-lamas em desenhos ovais. O belo Ford 55, vermelho e branco do França. Miguel Debs com a Chevrolet 51.

Eduardo Rodrigues da Cunha, Chevrolet saia e blusa, duas cores (como eram chamadas na época). O Lazumberto Araújo com a camioneta Studebaker 51 vermelha com os para-lamas pretos.

O senhor Amélio Valente com sua Plymouth 51 e sua camioneta Chevrolet 54 (Marta Rocha). Assad Saad também tinha uma Plymouth 51. Antônio Bretones com a Studebaker. Joaquim Magalhães usava sua Chevrolet 51.

O Augusto Diniz, assim como Acácio Diniz Póvoa possuíam Doddges Coroned 51, ambos marrons.

E por aí a fora. Naqueles tempos adquirir um veículo do ano era bem difícil, pois os mesmos eram importados e até chegarem no Brasil já estavam vendidos nas grandes capitais. As cidades do interior recebiam muito pouco das remessas, motivo pelo qual, quem tinha não vendia e os usavam por vários e vários anos.

Mas para você caro Leitor, que nos pergunta: e o Ford de seu pai, o que foi feito dele ? Respondemos, em 1975, o vendemos, e o mesmo passou por várias mãos em Araguari, indo acabar sendo levado para São Paulo. Não temos notícias dele, torcemos para que alguém o tenha recuperado e o exiba nas exposições de carros antigos.

O Ford 51 era tão procurado, que o Expresso Zefir, que fazia a linha Santos – São Paulo, era composto deles. De vez em quando, vinham em Araguari tentarem adquirir os aqui existentes.

“Miltinho”, queremos crer que conseguimos arcar com a matéria. Ela foi feita SOB ENCOMENDA. A seu pedido.



Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.



Fotos: ARMAZEM W 70 - SÃO PAULO

domingo, janeiro 11, 2009

Gratas Recordações


Caros Leitores.

Vamos destacar hoje, um fato deveras importante e marcante para nós, uma vez sua pessoa vir a ser a responsável por nossa carreira como professor por longos anos.

Vamos trazer à tona, a memória do saudoso e inesquecível professor, Maurício Alves.
e


Maurício, nosso companheiro, era uma pessoa de uma personalidade marcante e idealista. Homem decidido, bancário de carreira no extinto Banco Mineiro da Produção, advogado, professor de Contabilidade na saudosa Escola Técnica de Comércio Machado de Assis, de nossa inesquecível Mestra, Maria de Lourdes Lisboa Alves de Castro, sendo também sócio fundador da ADCAR, Administradora de Consórcios, além de um exemplar Homem Maçom.

O tempo passado, tornou-nos grandes amigos, sendo que participávamos de várias atividades juntos. A confiança era recíproca.

Numa bela tarde de 1972, dona Wanda Pieruccetti, então Vice Diretora do Colégio Estadual Professor Antônio Marques, telefonou-nos lá na Cia. Prada, onde trabalhávamos, convidando-nos a assumirmos as aulas de O.S.P.B. – Organização Social e Política Brasileira, da qual era o titular o saudoso professor Dr. Geraldo Braga, que por motivo de saúde havia se licenciado por longo período.


Escola Estadual Professor Antônio Marques



Dona Wanda se expressou desta forma: Fernando (assim que ela nos tratava), necessito de você com urgência para ministrar aulas de O.S.P.B., no lugar do Dr. Geraldo, ainda hoje à noite, lá no Machado de Assis para substitui-lo, pois ele se licenciou.



Assustados com o “convite” de dona Wanda, argumentamos que ainda não estávamos preparados para tal. Ela retrucou: não aceito não como resposta. Está definido. Pegue os diários de classe comigo e assuma seu novo posto no período noturno.

Já mais calmo com a notícia, agradecemos a confiança em nós depositada, passando imediatamente a preocupar-nos com nossa nova missão.
Pensamos então: o que fazer e como fazer.

De imediato, encerrado o expediente na Prada, fomos até o Banco Mineiro da Produção, em busca de socorro com nosso amigo, professor Maurício Alves.



Antiga sede do Banco Mineiro da Produção

Contando o ocorrido para ele, de início recebemos os parabéns pelo convite, sendo que em seguida ele após nos acalmar um pouco com a tamanha responsabilidade adquirida, passou a nos orientar da seguinte forma: “Peron, não se apavore. As aulas noturnas são de 45 minutos.

Assim que você chegar em cada classe, entre, tome seu lugar, coloque os livros sobre a mesa, apresente-se aos alunos explicando o motivo de sua presença, em seguida, abra o Diário de Classe e inicie a chamada dos alunos calmamente, fazendo-os se apresentarem, identificando-se na vida familiar e profissional para um melhor relacionamento.

Quando você terminar a chamada, terá observado que 15 minutos da aula já se foram, restando então mais 30 para o final. Aí então, você irá fazer uma explanação geral de sua vida, o que vai durar mais 10 minutos. Vão ficar faltando 20 minutos. Troque umas idéias com a turma e deixe-os à vontade.

Isto irá gastar 10 minutos. Ficarão restando então 10 minutos para o final. Nestes 10 minutos, você irá falar a respeito da matéria, sua importância na formação do homem e por aí a fora.


e


Se nesse meio tempo alguém fizer “uma pergunta fora do esquema para testá-lo” e você não tiver a resposta na ponta da língua, faça de conta que não ouviu e continue sua explanação.


De repente você irá ouvir o sino bater, dando por encerrada a aula. Lá se foram os 10 minutos restantes. Se “aquela pergunta” surgiu, você antes de encerrar a aula diga: “parece que alguém aí falou a respeito de “Tal Fato”. Preparem-se porque na próxima aula iremos debater sobre o assunto. Pronto. A aula foi dada, vocês se conheceram e as próximas serão ministradas tranqüilamente, dentro da programação de cada série.

Caros Leitores, não deu outra. Tudo correu como o Maurício nos orientou. Inclusive a “perguntinha matreira” saiu. Ganhamos a amizade dos alunos daquela sala e das demais que assumimos e que da mesma forma nos comportamos.

No dia seguinte, pela manhã, recebemos a visita do Maurício Alves lá na Prada. Estava curioso para saber de como havíamos saído em nosso primeiro dia de professor, sobretudo com nossa inexperiência e com as orientações dadas por ele.

Satisfeito por tudo ter dado certo, Maurício comentou: é carta marcada Peron. Todo ano é a mesma coisa. Os alunos querem ver a competência de cada professor. Se nos aprovarem no primeiro dia, tudo corre bem o ano todo. Se mostrarmos insegurança, não tivermos firmeza e confiança no que fazemos ou mesmo mandarmos chamar superiores para resolver as questões, podemos largar, porque não servimos para lecionar. Parabéns, disse ele a nós. Ganhamos um novo colega. Abraçou-nos e saiu para um de seus trabalhos diário, no Banco Mineiro.

Assim, tomamos gosto pela profissão, nela permanecendo 5 anos.

Lecionamos de 1972 a 1976, nos colégios Machado de Assis, Antônio Marques, Santo Antônio e Escola de Comércio. Valeu a pena. Gratas recordações. Ex-alunos, hoje grandes amigos e profissionais.
e


Colégio Machado de Assis



Colégio Santo Antônio



Escola de Comércio


Quanto ao professor, Dr. Maurício Alves, de saudosa memória, prestamo-lhes com este Ponto de Vista, nossa homenagem.

Dr. Maurício Alves faleceu em 31/08/75. Apenas 42 anos de vida.

Todo nosso respeito, nossa admiração e nossa gratidão pelo grande amigo, grande homem que foi.

Receba nossos reconhecimentos, senhora Irani Ribeiro Alves, esposa dedicada com quem Maurício conviveu anos felizes e momentos de angústias com a doença que nos privou de seu convívio. Mãe carinhosa dos filhos de Maurício Alves. Sérgio Antônio Alves, Selma Maria Alves Sicari, Carlos Alberto Alves e José Rafael Alves.

Os agradecimentos dos araguarinos reconhecidos dos benefícios feitos e deixados por este exemplar homem com quem tivemos a honra de conviver longos e produtivos anos.

Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.

Fotos: Arquivo Pessoal

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Comentários de Ilustres Araguarinos

Caros Leitores,

Dr. Neiton de Paiva Neves, advogado, ex-Predeito de Araguari, Diretor da Faculdade de Direito da UNIPAC - Universidade Presidente Antônio Carlos, relembrado no comentário de Carlos Wanez sobre seus programas nas rádios de Araguari, que publicamos anteriormente, nos enviou a seguinte mensagem comentando a respeito das lembranças:

"Caro Peron.

Acabo de ler o texto do Wanes.

Lembro-me perfeitamente dos programas que, ainda estudantes, juntos fizemos nas emissoras de rádio locais. Foi uma rica experiência, que me possibilitou aprender bastante. Foi um parceiro e tanto.

Ele sim, inteligente, bem humorado, culto. Tínhamos uma grande audiência e os programas dominicais eram aguardados e muito comentados. Eram ágeis, alegres, falávamos sobre assuntos diversos e tinha muita música. E comentários sobre questões mais sérias e de interesse da classe estudantil e da comunidade. Acho que demos uma boa contribuição aos colegas de então. Aliás, o movimento estudantil era muito dinâmico e participativo.

O Wanes descreveu como era a coisa com detalhes que me reavivaram a memória, agradável e saudosamente. Sempre que nos encontramos ele me pergunta se não tenho pelo menos um dos programas gravados.

Infelizmente, não tenho. Temos de nos contentar com as nossas lembranças e as dos colegas que partilharam conosco aquela etapa fantástica de nossas vidas que, acredito nos ajudou e nos embasou para viver novas fases, para nós tão significativas quanto e cada qual ao seu tempo, que já vivemos e ainda viveremos, espero.

Também, em outro estágio dos programas estudantis, chegou a participar comigo a boa amiga Jane Godoy, hoje também Evangelista (casada com o Jair) e jornalista conceituada em Brasília, onde reside e atua com sua reconhecida e admirada competência.

Enfim, são fatos de um passado do qual nos recordamos com alegria e saudade e nos é muito precioso. De um passado que nos impulsionou e nos serviu de base e sustentação para seguir em frente com nossas vidas pessoais e profissionais. E aqueles que habitam esse passado são amigos eternos, residem em nosso presente e estarão em nosso futuro, seja qual e de que forma for.

Você é um deles.

Abraço.

Neiton"

É uma satisfação para o Blog Ponto de Vista ver em seu espaço pessoas e lembranças como estas, o que enriquece o seu conteúdo e reafirma o propósito de ser um ponto de encontro dos araguarinos.

segunda-feira, janeiro 05, 2009

Uma coisa puxa a outra

Caros Leitores.

Recebemos esta bela mensagem de um amigo de infância.

A amizade formada, permanece viva nos dias atuais.

Ele vem a ser o Ten. Cel. da U.S.Air Force e médico, Dr. Carlos Wanez Menino Bedrossian.

Fez o curso primário conosco, lá no Colégio Santa Terezinha.

Residia a princípio na rua Padre Lafaiete, abaixo do Cine Lux.

Posteriormente, onde hoje é a garagem do Orsi Hotel, onde existia a loja de calçados Casa Nova, de seus pais e residência dos mesmos.

Encontra-se hoje de férias em Brasília, porém, desde sua juventude, reside nos Estados Unidos, onde fez sua brilhante carreira.

Assim sendo, emocionados e envaidecidos, transcrevemos abaixo a referida mensagem que além de tecer comentários sobre a Usina Piçarrão, narra uma bela e saudosa história de sua juventude em nossa terra, juntamente com nosso amigo Neiton de Paiva Neves, e, diga-se de passagem, de quem não se esqueceu de Araguari.

Assim, o amigo Carlos Wanes escreveu:

"Fernando:

Gostei demais do seu material sobre o Piçarrão que vi reproduzido no Jornal de Araguari. Nao resisti. Enviei uma postagem imediatamente para o Jornal. Ainda nao apareceu. Talvez Vc. queira resgata-la e postar no seu blog.

É impressionante como Voce e eu reagimos de maneira quase identica ao potencial representado pelo Piçarrão.

Se o lugar atraia nos anos 40, 50, etc, do seculo passado, os atrativos não vão desaparecer nos anos 10, 20 de nosso seculo.

Poderia ate servir de polo para a cidade crescer “do lado de la” da BR-050.

Antevejo uma area de lazer, bem planificada, conservando os acidentes geograficos, como pequenas lagoas, aglomerações de árvores, conjuntos de pedras e outras belezas naturais da regiao.

Tudo isto existe em volta da cahoeira, que agora fica no meio de nada, quando poderia ser o centro de muito. Turismo, lazer, esportes, movimento, alegria, confraternizações. E é claro, o comercio, serviços e outras atividades economicas nao deixariam de brotar e impulsionar a regiao.

É impressionante a clareza com que eu segui os seus incentivos tao sensatos de como realizar os potenciais do Piçarrão. Isto ficou mais reforcado ainda pois estou em Brasilia de ferias, onde visitei pela primeira vez em 1958, ano em que “estreei” no Centro Academico, como orador, fazendo um discurso sobre a nova capital.

Foi incrível minha emoção ao ver, pelo alto da torre, o sonho de JK. concretizado meio seculo depois Pensei logo na sua visao para a regiao do Piçarrão e imaginei como ela poderia fruir.

Tambem remontei-me aos velhos tempos na nossa querida Araguari.

Lembrei-me logo de uma parceria entre o Neiton e eu que talvez seja interessante para os seus leitores. Vou relata-la, mas peço-lhe que obtenha permissão do Neiton antes de a divulgar, caso Vc considere a historia interessante. Melhor ainda, solicite-lhe diretamente a sua contribuição, que com certeza tera uma riqueza de detalhes maior do que a minha.

Trata-se de um programa de radio estudantil, que o Neiton criou na fase áurea da U.E.A.(União dos Estudantes de Araguari), quando além dele, era também ativo um outro futuro prefeito de Araguari, o Miguel Domingos Oliveira, a quem entrevistamos, entre muitas outras personalidades

Alem dos lideres estudantis da epoca, passaram pelo programa: Euclesia Moura, nadadora campea brasileira. Ronaldo Nocera: batuta da melhor orquestra de Araguari; Da Odete Alamy, exímia profressora de piano; Ze Macaco, jogador de futebol, que tivemos de tratar de “Rodrigo”. Envio-lhe esta narrativa, porque vai que alguem, talvez, se lembre do programa e acrescente algo mais. Melhor ainda, quem sabe se alguem até por acaso tenha uma gravação, tipo cassette, de dois radialistas amadores, mas cheio de entusiasmo, que se anunciavam assim: “Radio Revista Estudantil” (voz do Neiton) “um programa de Neiton de Paiva Neves” (minha voz) “e Carlos Vanez” (voz do Neiton).

O prefixo era “A Summer Place” de Ray Conniff. Mas havia tambem, “Ci-ri-biri-bin”, “Tea for Two”, “Moonlight Serenade”, “Chega de Saudade”, e muitas outras musicas famosas entre os varios segmentos do nosso broadcasting ao vivo de “um show de variedades”, como desinibidamente nós nos designávamos.

Brevemente, aqui segue a historia de como surgiu o programa:

Logo depois de meu ja citado discurso “Brasilia: Sonho Imenso de Incontidas Quimeras”, fui recrutado por um rapaz de genio: Neiton de Paiva Neves, para colaborar estreitamente no seu programa: “Radio Revista Estudantil”.

Eu trouxe minha experiencia do Centro Academico Tristão de Atahyde, do Regina e a química entre Neiton e eu surtiu efeito.

Trabalhavamos sem ensaios, e nunca tivemos nenhuma gaffe no ar.

Gravado mesmo, somente a introducao, porque de vez em quando eu matava o Neiton do coracao ao chegar atrazado. Nós nao chegamos a virar Chitaozinho e Xororo, mas recebiamos cartas de ouvintes, e atraíamos até publico nos auditórios.

O Neiton, muito mais tarimbado e experiente, me dava corda e estimulava minha criatividade. Comecei uma seção de curiosidades. Outra sobre futebol, e é claro, cobria a MPB (musica popular brasileira). No final, todas as tres emissoras nos “contrataram”.

Faziamos tres versões do “programa dos estudantes” aos domingos: alem da PRJ-3 Rádio Araguari, tambem a Rádio Cacique e a Rádio Planalto começaram a nos transmitir. Os ouvintes gostavam do contraste. O Neiton, sempre sério e muito intelectual. Eu mais solto, num linguajar mais leve. Nós dois improvisavamos o texto a partir de fichas com lembretes. O forte do Neiton era a locução perfeita, o domínio da voz e pensamentos persuasivos sobre temas culturais: literatura, teatro, cinema.

Eu entrava com poesias, comentarios efusivos sobre o otimísmo reinante nos anos dourados, “bossa nova” Versus “musica antigas”, crônicas sentimentais, tipo dia das mães e romances desfeitos.

Faziamos perguntas um ao outro, sem ensaiar, e botávamos recortes de jornal debaixo do nariz alheio, de onde elaborávamos as respostas, na bucha, baseadas nas notícias. Evitávamos a todo custo a política, pois nao queríamos ofender a ninguem, nem da UDN nem do PSD.

Passavamos de uma serie de pilhérias, para algo mais serio, como o anúncio de um falecimento, através de uma música de transição adequada, que nós mesmos botávamos no prato de som, pra rodar. Aí adotávamos um tom funebre, na maior cara de páu. Depois do anuncio, o outro arrematava: “ARRE estende as suas condolências para toda a família e o grande círculo de amizades do finado.”

De vez em quando chegava o “contra-regra” da emissora, dizendo “o Odilon Neves atrasou, Voces tem que cobrir mais dez minutos no ar”. Era um Deus nos acuda. Alguém da Cacique ligava: “onde estao Voces?”. Ou eu saía ou ia o Neiton correndo, cruzando a praca Manoel Bonito, abrir o programa na outra emissora.

Dava tudo certo, a nao ser se o auditório estava cheio e a estudantada nos via entrar de surdina. Uma piada qualquer resolvia a coisa. Se o sol estava quente: a gente falava: “foi a chuva”. Ou entao dizíamos: “a Norma Benguel atrasou, ela vai chegar daqui a pouco”.

Uma vez o Benito Felice enviou o filho, Carlos Roberto, para nos raptar de um estúdio para o outro, porque tínhamos de tapar buraco maior.

Ao terminar tudo, cansados mas realizados, o lugar mais perto era o bar do Tadasso, entre a emissora e a Gazeta do Triangulo, onde eu e Neiton comíamos um cachorro quente e tomávamos um guarana.

Dali eu ia pra casa, escutar jogo do Corinthians, narrado pelo Fiore Giulioti, cuja divisão primorosa de frases e a enunciação da sílaba final sem engolir, eu procurava aprender. Oh que saudade que da, desta época tão boa!

Até mais,

Carlos Wanes."

e
Frank Sinatra - Ciribiribin

e
Nat King Cole - Tea For Two

e
Moonlight Serenade By The Glenn Miller Orchestra

e
Joao Gilberto Chega de Saudade

domingo, janeiro 04, 2009

Sobre turismo no Piçarrão

Falamos na matéria anterior da necessidade da existência de respeitável padrão de representantes para conduzir os estudos necessários para proposição da idéia da viabilização do turismo na Usina Piçarrão em Araguari, a partir da mensagem recebida e que postamos a seguir já podemos identificar esse conhecimento necessário no arquiteto e urbanista Alessandre Campos.


Ele define com propriedade o conceito de utilização sustentável, baseado no desenvolvimento sustentável que direciona o uso consciente das riquezas naturais.

“Um bem ao ser tombado pelo Patrimônio Histórico e Cultural tem suas características culturais preservadas, assim, as futuras gerações podem conhecer na prática o que significou e o que representa este bem para a sociedade.

Ao tombar um bem de expressivo valor cultural, como é o caso da Usina Piçarrão, jamais se propõe o seu congelamento, a sua ociosidade na paisagem. A reativação da Usina Piçarrão pela CEMIG e sua interligação com o sistema elétrico nacional, vem demonstrar que a Usina tem capacidade produtiva de energia elétrica e está viva.

Desta forma, dotar aquele espaço de um complexo de lazer e entretenimento vem corroborar com o pensamento patrimonial que temos: a utilização sustentável de todo e qualquer bem tombado, pois só assim, teremos a continuidade de nossa cultura garantida, por pelo menos, mais um século.

Mais uma vez, Perón, parabéns por esta iniciativa.

Alessandre Camposarquiteto e urbanista”

sábado, janeiro 03, 2009

Relançando Uma Idéia

Caros Leitores,

Aproveitando o tema Usina Piçarrão, relançaremos aqui uma idéia originalmente proposta em fevereiro de 2006, com a publicação no dia 12 do referido mês da seguinte matéria na imprensa.

A idéia apresentada na época não foi aproveitada.

Esperamos que agora, a mesma possa ser novamente analisada, estudada minuciosamente também pela FAEC, Fundação Araguarina de Educação e Cultura verificando a possibilidade de colocá-la em prática, mudando totalmente o quadro turístico de nossa cidade.

Vamos então a ela:


“Piçarrão - O futuro turístico de Araguari "


"Por diversas vezes, escrevemos e comentamos sobre a velha e maravilhosa Usina Hidroelétrica do Piçarrão.


Voltamos desta feita a comentar a respeito, mas com a finalidade única de apresentar uma sugestão a respeito da transformação da mesma, no maior e melhor ponto turístico de nossa cidade.

Na hipótese de nossa sugestão ser aceita, passaremos a possuir uma fonte de renda inesgotável, considerando-se a beleza do local, as instalações da usina, sua casa de máquinas, a escadaria de acesso, 315 degraus, o canal que leva as águas para gerarem energia, seus dois geradores, a represa com as comportas, a bela e inigualável cachoeira, que inclusive já foi capa de lista telefônica, e tema de mestrado de uma estudante araguarina, e, pelo fato da mesma ser hoje, uma miniatura das grandes hidroelétricas que abastecem nosso imenso e rico Brasil, estando ainda em funcionamento.

Vamos por etapas.

01 – Trata-se de um Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari.

Com a implantação da energia elétrica em nossa cidade, pelos idos de 1908, início do século XX, a mesma se concretizou em 1925, com a conclusão da construção da memorável Usina Piçarrão. Isto pela extinta Cia. Prada de Eletricidade. Pioneirismo do Grupo Prada, sob a direção do Comendador Agostinho Prada, substituído hoje por seus filhos e demais descendentes, tendo a frente, o Dr. Tullio Prada, em São Paulo. Apenas para ilustração, o Grupo Prada, no Brasil, era formado além da Cia. Prada de Eletricidade, pela fábrica de Chapéus e Calçados Prada, em Limeira, Estado de São Paulo; Metalúrgica Prada, em São Paulo e posteriormente em Uberlândia, MG. Pela Itália, pátria da família, os empreendimentos Prada, conhecidos por todos através da mídia.

02 – Com negociações a serem realizadas com a CEMIG – Companhia Energética de Minas
Gerais, sucessora da Prada no Estado de Minas Gerais, esta usina que ainda gera energia em conexão com as demais usinas interligadas pelo país, poderá vir a ser uma demonstração ao povo, aos turistas que aqui virão, de como é gerada a energia elétrica, lá em seus primórdios, até chegar aos dias de hoje com a alta tecnologia empregada.
Para a concretização de tamanha negociação, necessário será a presença de homens de proeminência na cidade, no Triângulo Mineiro, em Minas Gerais e do Brasil, melhorando a condição do turismo em nossa cidade, trazendo para cá turistas para conhecerem a beleza natural do Piçarrão, sua usina hidroelétrica, nossa cidade e logicamente, trazendo divisas para nossa cidade.


Assim sendo, deverá ser uma negociação em alto e respeitável padrão de representantes. Argumentos fortes e reais terão que ser apresentados por pessoas que realmente entendam do assunto turismo.

Não basta ocupar um cargo ou comentar a respeito. Torna-se necessário de gabarito para tal finalidade, e, este gabarito deverá ser escolhido dentre os segmentos sociais de nossa cidade. Exemplo: entidades de classes, clubes de serviços, maçonaria, universidades, e outros de relevância comprovada.
Deverá ser apresentado a CEMIG, o planejamento necessário para a transformação da Usina do Piçarrão em um Ponto Turístico de suma importância para a cidade, região e próprio estado, buscando uma parceria para esse empreendimento que propiciará grande rentabilidade financeira para o município e cultural para todos.


Logo, pessoas certas, para uma transação necessária. Responsabilidade para surtir credibilidade.

03 – O que fazer no local?

Quantas, mas quantas coisas poderão ser construídas no Piçarrão para torná-lo no maior e melhor local turístico de nossa cidade.
Dentre as cachoeiras existentes no município, nenhuma reúne tudo que se encontra no Piçarrão. Queda d’água fantástica, maravilhosa. Localização de fácil acesso. Paisagem natural de rara beleza. Tudo, mas tudo que se faz necessário para um grande empreendimento.

Este empreendimento requer fundos financeiros de grande vulto. Logo, torna-se necessária a parceria. Grandes empresas exploradoras deverão participar do negócio (onde nos referimos que a negociação deve ser feita por pessoas que conheçam realmente do assunto).

A cachoeira com mais de 50 metros de altura, em uma rocha de raro esplendor, com um poço d’água logo após a primeira queda, com uma segunda, antes de iniciar a descida pelo rio a fora, proporciona uma visão do vale que poderá ser aproveitada com a instalação de um teleférico onde os visitantes conhecerão o local em cadeiras suspensas, penduradas e deslizando suavemente em trajetos do alto da cachoeira, indo até a Casa de Força, voltando para o canal, indo até a represa.
Tudo isto com paradas para visitas. Cada local destes deverá possuir plataformas com passarelas, assim como Foz do Iguaçu, aonde os turistas chegam pertinho da água, recebendo a névoa provocada pela águas que caem pela cachoeira.

No alto, na chegada, um hotel fazenda poderá ser construído, com estábulos e cavalos domesticados para cavalgadas pela região. Charretes também. Chalés construídos para hospedagem dos que chegam.
Restaurantes e lanchonetes distribuídos em pontos estratégicos para os visitantes desfrutarem das belezas que se apresentarão a sua frente. A natureza em festa, o turista feliz, a cidade movimentada, o rentabilidade financeira aumentando, o turismo imperando em nossa cidade.


04 – Asfaltamento da via de acesso daquilo que se tornará no maior cartão postal de Araguari, o melhor ponto turístico da terra, o local que transformará a cidade, colocando-a realmente no Circuito Turístico de Minas Gerais.


Abordado assim o assunto, reiteramos que essa idéia seja aprofundada, analisada com carinho proporcionando assim, aos araguarinos, um crescimento rápido, e, uma projeção no cenário nacional e até internacional, dado o grande vulto da realização desta simples, porém significativa sugestão apresentada por nós, cidadão honorário que somos desta maravilhosa terra.

Terra que merece destaque, sucesso, crescimento, desenvolvimento. Tudo a nosso alcance, dependendo apenas de visões e desprendimento de seus mandatários.

Cremos nós que, a CEMIG, poderá apoiar esse empreendimento, visando também à cultura de um povo, que poderá desfrutar das belezas naturais do local, conhecendo na íntegra, a geração de energia elétrica, conhecendo sua história em Araguari, em suas origens.
Oportunidade rara, em uma “miniatura” considerada hoje, de uma usina geradora de energia elétrica.

Fica assim, registrada nossa sugestão, esperando que sirva de exemplo de realizações que poderão ser feitas em nossa cidade, além de tantas outras que passam despercebidas aos nossos olhos.

Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.”

Comentários manifestados quando da publicação desta sugestão no então blog Panorama Araguari, do jornalista Aloísio Nunes de Faria, em fevereiro de 2006:

“A respeito das opiniões a favor da idéia do Perón, confirmam o sucesso da mesma várias opiniões manifestadas ao blog através de telefone, endereço de e-mail e pessoalmente ao blogueiro aqui.

A sugestão não poderia ter sido melhor. O local comporta, dependendo de um investimento pequeno, que pode ser alcançado junto ao Consórcio Capim Branco Energia (CCBE) e à Cemig.

Só falta a Prefeitura acordar e os nossos governantes terem vontade política. Mas, essa falta de querer trabalhar dos homens públicos da cidade poderá ser superada.”


“Caro Aloísio, feliz estamos, com a repercussão de nosso Ponto de Vista, publicado na imprensa local, denominado “Piçarrão - O futuro turístico de Araguari” e transcrito para o seu concorrido blog.

Pelos quatro cantos da cidade por onde circulamos, inclusive no Pica-Pau, a idéia de transformar a "usininha" lá existente em um museu foi apoiada, o que dotará nossa cidade de uma atração turística que poderá lhe dar a redenção no ramo.

Agradecemos sinceramente a todos que se manifestaram a respeito.

Ao arquiteto e urbanista Alessandre H. Campos, sobrinho de nosso grande amigo, médico dos nossos filhos quando pequenos, Dr. Sebastião Campos, mestre político de grandes eleições que participamos e vencemos juntos, agradecemos a opinião manifestada a respeito em seu blog.”

Assim, caros leitores, relançamos uma idéia visando o surgimento de novas oportunidades em nossa Araguari.