sábado, junho 28, 2008

DEVANEIO

Caros Leitores.

Iniciamos lembrando fato narrado por nosso amigo, senhor Elpenor Veloso de Araújo, em visita que nos fez na época da publicação do Ponto de Vista, Ponte do Bethout nos contou que os pranchões que citamos que a ponte ainda não havia recebido para o trânsito de veículos, foram doados à Estrada de Ferro Goiás.

Doação esta para agilizar a comunicação com o estado de Goiás, pelo nosso amigo, homem que admiramos pelo que fez por Araguari.

Já citamos em várias matérias, e, temos aqui o prazer de citá-lo uma vez mais, o senhor ERNESTO GOLIA, aquele do Pica Pau, aquele da Associação Rural, aquele da Charqueada Fulgor, que morava ali, onde hoje residem os familiares do senhor Acácio Diniz Povoa.

Pois é, conforme o senhor Elpenor, os pranchões foram feitos a mando do senhor Ernesto Golia, na serraria lá de Amanhece, juntamente com a serraria de Goiandira.

O motivo maior da doação foi o fato de ambos possuírem uma charqueada em Anhanguera, e o transporte de gado para o abatedouro estar sendo difícil.

Com a doação dos pranchões, a ponte ficou pronta mais rápido, e a ligação efetuada para antecipar o progresso. Como sempre a interferência dos particulares em obras do governo, para que fiquem prontas antes do previsto e prometido (quando ficam).

Obrigado amigo Elpenor Veloso de Araújo. Faça sempre assim, sempre que puder nos ajudar na memória, quem sai ganhando são nossos leitores. Aliás, o senhor Elpenor, seus irmãos, Dr. Veloso, Dr. José Veloso e Dr. Gabriel, assim como era seu saudoso cunhado, Mário Neto, são verdadeiras enciclopédias da história de nossa Araguari.

Isto posto, vamos ao devaneio:

Estávamos, ao anoitecer de uma 6ª feira, como sempre fazemos para espairecer a cabeça, e ao mesmo tempo admirarmos Araguari, dando a costumeira volta de carro pela cidade.

Neste passeio, apreciando o movimento, as lojas fechando suas portas após um longo dia de trabalho, o povo se dirigindo de retorno às suas casas, os estudantes de cursos noturnos se dirigindo às escolas, os casais fazendo suas caminhadas pela bela Cel. Theodolino, e ao redor do Bosque.
e

Vendo toda aquela beleza, vendo a grande obra realizada por grandes homens de nossa terra, voltamos lá para a década de 50, quando criança éramos e já estávamos dando os primeiros passos na escola.



Lembramo-nos da avenida do Córrego Brejo Alegre, aquela água ainda limpa, correndo em seu leito, e como morávamos na rua Goiás, hoje Cel. José Ferreira Alves, descíamos para irmos a escola, especificamente Colégio Santa Terezinha, em seu prédio velho, na Av. Tiradentes.
e
Externato por ser de propriedade do Colégio Regina Pácis, dos Padres da congragação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, que mantinha o regime de externato, semi-internato e internato, e o Santa Terezinha, era o primário externato, que não existia no Regina Pácis.

Cremos nós ser este o motivo do nome externato. Nunca perguntamos. Era e é sua diretora, a senhora Maria Abud. Dinâmica, enérgica, alegre e verdadeira apaixonada pela escola.

Como Vice Diretora, ela tinha a Tereza Miranda, a dona Maninha, como nós, os alunos a chamávamos.

Quem não se lembra dela. Era a “Verônica” das procissões do Enterro do Senhor Morto em todas as Semanas Santas. Sua voz aguda e triste, fazia com que a multidão que acompanhava as procissões chorassem. Que Deus a tenha em seu convívio. Deixou muitas e agradáveis lembranças.
e



e
No corpo de professoras, o Santa Terezinha tinha a, como dizíamos, e os alunos dizem até hoje, a “dona” Dorinha de Jesus, a “dona” Neuza Cascão, a “dona” Anita Nader, a “dona” Ilça Nader, e várias outras que marcaram nossa vida escolar.

Marcaram também a de araguarinos proeminentes que aqui residem e estão esparramados por este mundo a fora. Exemplo: Dr. Carlos Vanez Menino Bedrossian, casado e residente nos Estados Unidos. Médico famoso, teve sua base escolar no Santa Terezinha.

Aqui em Araguari uma infinidade de homens ilustres passaram por lá. Mário Nasciutti (falecido), Getúlio Nasciutti, Lauro Wilson Henriques, seus irmãos.

De nossa geração, nossos filhos também passaram por lá, nossos dois filhos, Julio e Fernando, foram alunos da saudosa “dona” Conceição (década de 70). Hoje homens feitos, trabalhando por esse Brasil a fora. Base escolar: Externato Santa Terezinha. Parabéns cara Diretora, Maria Abud.

Mas voltemos lá, onde dissemos que íamos para a escola. Descíamos nós, juntamente com o João e o Eurípedes, filhos do senhor Absair Machado, que moravam na rua Goiás, esquina com a rua Cel. Lindolfo Rodrigues da Cunha, e também com o Oswaldo e o José, filhos do senhor Zequinha “Boiadeiro”, moravam ali na esquina da Quinca Mariano com a José Ferreira Alves.

Os dois primeiros residem em Goiânia, e o Oswaldo é médico, esteve aqui, mas mudou-se também para Goiânia, e seu irmão José, é o Zezinho do antigo jornal "O Albor".

Então descíamos pela rua Quinca Mariano até o córrego, ali nós pegávamos o atalho pelo seu leito, passando pela Virgílio de Melo Franco (sob a ponte), seguindo sempre em frente, preparando os poços para no retorno, lá pelas 5 horas da tarde, pegarmos os lambaris que cevávamos (nem sabíamos o que era isso), somente fazíamos, recolhê-los com peneiras e levá-los para fritá-los e comê-los.

Não haviam esgotos despejando dejetos no córrego. Suas águas eram límpidas e cristalinas. Nunca, jamais, iremos ver águas como aquelas. Mas desviamos a conversa e não terminamos a história.

Lá íamos nós, pelo leito do córrego até chegarmos na rua Marciano Santos, onde subíamos a beirada, a rampa que sempre existiu.

Acessávamos a rua e subíamos até a Av. Tiradentes, chegando assim antes da hora para as aulas, considerando o fato de termos ido pelo “atalho” criado por nós.

Ah, só existia a ponte da rua Cel. Lindolfo Rodrigues da Cunha (a do cemitério), a da rua da Liberdade, hoje Virgílio de Melo Franco, a da Brasil Acioly que era de madeira e ficava defronte hoje a Sincopel (quando foi feita, a ponte no local que é, hoje sumiu, a construção virou piada, ponte sem rio), erro o que o povo falava. É lógico e evidente que o Mercado Municipal ainda não existia.

Depois o córrego foi desviado. Seu construtor ? Dr. Alex Simeck, e a da rua Marciano Santos. O resto eram pinguelas com corre mão para o povo atravessar.

Então, caros Leitores, quem transita pela majestosa Av. Cel. Theodolino Pereira de Araújo, principalmente em sua parte concluída, mesmo tendo vivido anos atrás, talvez não se lembrem nem de sua construção.
e




Procurem observarem o progresso fluindo onde dantes caminhávamos entre guapevas, mato, cobras, em um brejo que cobria toda esta extensão que narramos, e hoje, hoje proporciona ao nosso povo o delicioso bem estar, a beleza da natureza que se vem formando com o ajardinamento aprimorado de seus canteiros.

Mas voltando lá no Santa Terezinha, fizemos isto durante todo nosso curso primário, e o decorrer dele, como já narramos anteriormente, a escola se mudou para onde hoje e a residência da família do saudoso Dr. Sílvio França.

Isto enquanto era feita a construção do novo prédio. Passou rápido, e logo estávamos de volta ao que é hoje, aquele magnífico prédio onde continua funcionando, o famoso Externato Santa Terezinha.

A inauguração nos lembramos bem, foi regada de refrigerantes e sanduíches, muita brincadeira, corrida do saco, corrido do ovo na colher, dança de quadrilha e tudo mais que criança gosta. Está em nossas lembranças.

E assim, divagamos no tempo e no espaço, em um devaneio que trouxe às memórias, momentos sublimes e puros de um passado distante, e que nos deixou uma marca maravilhosa em nossas mentes.

Esperamos de coração termos reavivado alguma chama dentro de seus corações, e que como nós, tenham sentido a alegria nostálgica de uma viagem inesquecível ao nosso passado, que como dissemos nos dá forças para o presente para enfrentar o futuro.

Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.

terça-feira, junho 24, 2008

Ordem Maçônica

Amigos,

Acessem o site do Jornal de Araguari e confiram a homenagem que recebemos no dia 23/06/08 da Loja Maçônica União Araguarina.

Cliquem:

http://jornaldearaguari.com/jornal/index.php?option=com_content&task=view&id=819&Itemid=9

Agradecemos emocionados, expressamos toda nossa alegria de poder ter sido útil à Ordem Maçônica, à Loja União Araguarina, e à Comunidade. Reafirmamos o nosso propósito de continuar nossas atividades em prol dos que de nós necessitarem.

Somos especialmente gratos a atenção do amigo Aloísio Faria pela publicação do tema em seu site, Jornal de Araguari.

Peron Erbetta.

Futebol Feminino 2

Continuando a contar a história do brilhante passado do futebol feminino em Araguari, Teresa Cristina faz bela narrativa sobre o tema no site do Jornal de Araguari:
e
"Com o título “Glamour usa chuteiras”, o futebol feminino começou a ser conhecido a nível nacional, no dia 28 de fevereiro de 1959. A revista “O Cruzeiro”, era distribuída em todo território nacional. "

Comentários

Sandra Patesco acrescenta valor ao tema preconceito com seu pensamento quanto a igualdade:

"Grande amigo, Peron.

De novo com um ótimo tema.
Falar de preconceito é muito delicado, pois mexe com a alma, com a essência. Quanto menor ambas, maior o preconceito.
Então, vamos dar valor a tudo que nos é dado por Deus e cuidar de tudo que é herdado dos homens.
O mundo será muito melhor quando nos sentirmos iguais.
Essa mistura de raças faz dos brasileiros e, principalmente brasileiras, pessoas lindas, formosas, elegantes e tudo de bom.
Não existe ninguém melhor que o outro. Todos tem seu valor que somados dá um resultado enorme.
É assim que penso.
Um grande abraço e, parabéns pela matéria.
Sândra"

domingo, junho 22, 2008

Preconceito

Caros Leitores.

Como explicamos na matéria anterior, fazendo parte dos preparativos para publicação das matérias sob o título de “Devaneio”, vamos postar o Ponto de Vista cujo título encontra-se acima, também escrito em maio de 2001.

Assim sendo, vamos a ele.

Estamos aqui de volta para um novo contato com vocês, ou melhor, uma conversa aberta sobre os acontecimentos que ocorrem no cotidiano.

Como vêm, pelo título, iremos abordar hoje um assunto que mexe com toda a humanidade, considerando-se o fato de vivermos em contato direto com nossos semelhantes.

Logo, todos estão sujeitos a enfrentar adversidades várias, sendo o preconceito a principal delas, pois ela, esta palavra já pela forma de se expressar, vem a traduzir uma série de afrontas ao ser humano, que ele próprio criou em seu viver.

Fazendo uma visita ao “ilustre Aurélio”, pudemos encontrar várias definições para esta palavra, que infelizmente atinge a maioria dos cidadãos.

Quem é “preconceituoso”, é porque não passou ainda por momentos na vida que exigem dele a participação direta com o seu semelhante.

Passando, poderão ver como cuidados e “as bênçãos de Deus” os permitem amenizar a dor de quem sofre.

Mas como dissemos, no “Aurélio”, encontramos que preconceito é:

1 – Conceito ou opinião formado, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos, idéia preconcebida.

2 – Julgamento ou opinião formada sem se levar em conta o fato que os conteste, prejuízo.

3 – Superstição, crendice, prejuízo.

4 – Suspeito, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos, religiões, etc.

Infelizmente definições várias existem para esta palavra. E dentro destas definições, se formos analisar, iremos ver que pode existir um “pouco” de preconceito por alguma coisa, ou por algo que um tem ou é, ou freqüenta, ou pratica.

ExposiçãoCartoon de Rodrigo em mostra europeia


Senão vejamos:

RELIGIÕES:

Quantas religiões ou crenças existem no mundo?

Observem, em cada uma delas são encontrados seguidores, adeptos, outros tantos praticantes ou mesmo simpatizantes.

Perguntamos, pode alguém criticar seu semelhante por ser adepto de uma ou outra religião ou crença?

DOENÇAS:

Temos visto constantemente nos meios de comunicações, na mídia, como se proliferam as doenças infecto contagiosas.

Ao vermos, pensamos: isto só acontece por lá, naquela região, naqueles lados, por aqui tal mal não vem.

Nosso clima, nossa saúde, nossa região não permite a aproximação de males que infestam os locais mais atrasados, sem assistência médica, sem infra estrutura, sem asseio e higiene.

Quando menos esperamos, ela, a doença nos atinge, atinge a família, um amigo, um desconhecido, mas chegou no local que estamos.

A sífilis, a hanseníase, a AIDS, a tuberculose e muitas outras, caem sobre o ser humano de nosso relacionamento e temos que conviver com ele. Compartilhar o mesmo espaço físico.
e

Pela The Aid Agency


E ela, a doença, controlada, não oferece risco às pessoas que circundam este doente, pois como fariam os médicos abnegados, juntamente com o pessoal da área de saúde lidarem diuturnamente com as pessoas infectadas por algum mal?

Com os cuidados e os controles não se contaminam, e muito menos os portadores das doenças contaminam alguém (lógico e evidente, se não for proposital, por revolta, por falta de informação, por não saber que está com o mal, ou na maioria das vezes, por não terem o cuidado tão divulgado pela mídia, principalmente no que diz respeito a AIDS, transmitida sexualmente, pela droga).

As doenças podem estar no ar que respiramos, na água que bebemos, no chão que pisamos, e com os cuidados e as valiosas informações e métodos desenvolvidos pelo homem, graças a Deus, somos imunizados.

Mas, pode existir preconceito com quem é portador de qualquer mal chamado contagioso, perdem-se amigos, parentes, só ficando os abnegados que dele cuidam.

Creiam, eles saram, a doença vai, é curada. A pessoa fica, podendo estar sujeita a ser discriminada pelo ser humano que se julga imune, impune, invulnerável.

Na realidade, é um despreparo, uma desinformação. Não fazer nada pelo seu semelhante, a não ser fazê-lo sofrer pelo desprezo recebido.

RAÇAS:

Existe alguma melhor que a outra?

Ora, entendemos que somos todos iguais, independente de COR – RAÇA – RELIGIÃO.

O Preconceito, a Discriminação Racial, são abomináveis.

É isto aí nossos queridos leitores. Sentimos necessidade de escrevermos algo sobre preconceito e de quem é alvo dele.

Gostaríamos aqui de lembrar nessa matéria que 21 de março, foi o dia mundial contra a discriminação racial.
e


Lembramos as raças que formaram o povo brasileiro, portanto em nossas veias correm sangue de nossos ancestrais, com certeza pertencentes a essas raças.

Por que o preconceito?


Então recebam todos nossos respeitos e nossa admiração pelo que são, e o que representam para a sociedade.

Bem assim termina a narrativa feita em 2001, lembramos que na época destas publicações (Ponte do Bethout e Preconceito) recebemos vários comentários como o do Dr. Nilson de Melo, aposentado do Banco do Brasil e advogado, se deu ao trabalho de atravessar a rua para comentar a respeito. Obrigado de coração.

Nesse mesmo período estivemos no Cartório do Fabinho Bitencourt, e lá estava o jornal, e qual não foi nossa surpresa quando ele disse: Peron sou seu leitor e todos aqui do cartório também.

Ocorreu também naquele ano a surpresa de vermos estacionar seu carro ao nosso lado, descer e vir nos abraçar também pela matéria da Ponte, o Dr. Neiton de Paiva Neves.

Aquilo para nós foi atingir o ápice de nossa investida com o jornalismo, pois um intelectual do naipe de um Dr. Neiton, um ícone da história de Araguari, nos distinguir com sua humildade e vir abraçar-nos emocionado dizendo:

“Meu caro Peron, minha família materna é toda de origem ferroviária. Você conheceu meu tio Waldomiro (nosso irmão Maçom, falecido recentemente), irmão de minha mãe, meus tios, todos viveram em ferrovias. Trouxe-me grandes recordações ler sua matéria. “

Caros Leitores, falando em lembranças me permitam trazer ao presente mais um fato que revendo estas memórias no momento nos lembramos, na gestão de Dr. Neiton de Paiva Neves, Araguari completou seus 100 anos de existência.

Para tanto, dentre outras comemorações da data, Dr. Neiton, incentivou a então FUNEC, Fundação Educacional e Cultural de Araguari, da qual era Presidente o Dr. Nílvio de Oliveira Batista, e nossa pessoa ocupava o cargo de Vice Presidente, que escrevêssemos um livro contando a história de Araguari, nossa história.

A FUNEC repassou a incumbência para a FAFI, Faculdade de Ciências e Letras de Araguari, que tinha na época como Diretora, a Professora, Aparecida Peixoto Cruz, que por sua vez, determinou as professoras e pesquisadoras, Maria Consuelo Ferreira Montes Naves, e Gilma Maria Rios, a coordenarem a confecção do livro.

Isto foi feito. No dia 05 de setembro de 1988, em sessão solene nos auditórios da FAFI, foi feito o lançamento do Livro, com o título de “ARAGUARI, CEM ANOS DE DADOS E FATOS”, com a presença de autoridades civis, militares, eclesiásticas, povo araguarino, alunos da faculdade na época, assim como ex-alunos.

Temos um exemplar autografado pelas coordenadoras e pelo Dr. Neiton. Sucesso absoluto. Edição esgotada. Um exemplar vale seu peso em ouro.

Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.

domingo, junho 15, 2008

Comentários enriquecedores

Agradecemos por tão belos e enriquecedores comentários sobre nossa matéria da Ponte do Bethout.
e
Aristeu disse:
e
"Amigo Peron,
e
Esta sua narrativa, pitoresca e heróica, ainda acontece nos dias de hoje. Apesar da tecnologia avançada, o acesso a pontos da natureza ainda são cobertos de aventura. Medições topográficas para fins de determinação de cotas no terreno ou de implantação de pilares são revestidas de coragem e inteligência aguçada.
e
Estive trabalhando na implantação da Usina de Irapé, no Vale do Jequitinhonha, onde se baseia toda esta minha tese. Pra você ter uma idéia, como o próprio nome diz, só se chegava ao ponto das montanhas alterosas mineiras da barragem a pé.
e
Nem mesmo a utilização de helicópteros facilitava os trabalhos. Algum ou outro desmiolado utilizaria-se de rapéis para vencer tais óbices. O contato com as populações ribeirinhas também foi algo muito enriquecedor, pois eram comunidades isoladas em pleno século 21, verdadeiros aborígenes, no sentido do afastamento sócio-cultural.
e
A meu ponto de vista foi um erro irreparável retirá-los do habitat e acantoná-los na periferia de uma urbe qualquer pertencente a outro tempo. Sem falar nas indenizações precárias estipuladas pela CEMIG.Recentemente estive entrevistando o titã Jorge Yunes, em Araguaina-TO, a respeito da construção da Belém-Brasília, onde o mesmo participara intensamente de tal obra e também da construção de Brasília.
e
Tal depoimento estará estampado, em breve, na obra do Dr Ronaldo Costa Couto, com um pré-título referente à vida do Engenheiro Bernardo Sayão. Jorge Yunes, então seu braço direito, conta hoje com 84 anos e ainda em atividade plena profissional, na área de mecânica de motores, terraplenagem e invenções diversas.
e
Verdadeiros Bandeirantes ainda resistem e suas histórias estão estampadas simplesmente nos relatos de uma vida dura no desenrolar do progresso.
e
Seu pai, como outros, pertence à estirpe daqueles que não sabiam que estavam sendo partícipes de obras faraônicas que ainda hoje são revestidas de mistérios sem fim.
e
Aristeu"
e
Gustavo disse:
e
"Excelente matéria, Respeitável Peron,
Continuamos no aguardo desta nova série de reportagens, e como disse você:
e
( é importante ) "O passado no presente, nos dando forças para o futuro"
e
e complemento com esta:
QUEM NÃO RESPEITA O PASSADO ,CERTAMENTE NÃO VERÁ FUTURO.
e
Continue em frente.
e
Gustavo Velasquez Santos"
e
Sandra disse:
e
Ei Peron, parabéns pela matéria.
Parabéns por estar sempre resgatando nossa história. Eu adoro saber destes fatos.
Um grande abraço.
e
Sandra Patesco

sábado, junho 14, 2008

Ponte do Bethout

Caros Leitores.

Atendendo pedidos de leitores, iremos publicar uma série de “Devaneios”, em um total de sete matérias. Porém, para que possamos fazê-lo, teremos que publicar antes, dois Pontos de Vista, intitulados, Ponte do Bethout e Preconceito.

Tal fato se dá, por citarmos nomes de pessoas que estarão sendo citados também nos devaneios. Estas matérias foram escritas e publicadas em 2000 e 2001. São histórias de nossa vivência em Araguari, e, que relatam acontecimentos deveras importantes e trazem à tona, ilustres personagens.
e
Então vamos lá, vamos a publicação do primeiro, cujo título está acima.
e
Dias atrás, encontramo-nos com nosso amigo, ex-colega de serviço, no tempo da extinta Cia. Prada de Eletricidade, e posteriormente CEMIG, Jair Batista Soares, e o mesmo após ter comentado ler sempre nossos Pontos de Vista, solicitou-nos que escrevesse-mos alguma coisa da Ponte do Bethout, sobre o Rio Paranaíba, lá em Anhanguera.
e
Confessamos, foi para nós, um retorno no tempo e no espaço, que talvez até ele não saiba de quanto nós conhecemos aquela ponte.
e
Hoje somente os pilares, pois a mesma foi vendida como sucata de ferragens para um empresário do ramo em Araguari, e diga-se de passagem, ele só pôde retirá-la há pouco tempo, com a baixa da represa.
e
As chuvas não estão sendo suficientes para enchê-las e torna-las produtivas, como dantes, estando nós, correndo o risco de com tantas hidroelétricas que inundaram Araguari, tornando-a propriamente dito uma ilha, não darem conta de produzirem a indispensável energia elétrica, e nós termos que, como antigamente no tempo da Prada, de enfrentarmos racionamentos de energia.
e
Racionamentos para suprir as necessidades de todo Brasil. Haja vista, a interligação de toda rede elétrica das usinas existentes em território nacional e conveniado com território estrangeiro.
ee
e
Mas vamos lá, caro Jair, belos tempos nós vivemos juntos, trabalhando com escassez de materiais, de mão de obras, transportes e vários outros elementos de primeira necessidade.
e
Empresas particulares que exploravam serviços públicos enfrentavam junto ao governo, e hoje, após serem do governo, querem eles, privatizar novamente, passando-as por leilões, para as mãos de particulares, que na verdade são grupos estrangeiros.
e
Devagar o Brasil vai passando para as mãos dos estrangeiros. Telecomunicações, redes bancárias, indústrias várias e agora produção, transmissão e distribuição de energia elétrica.
e
Mas, como dissemos, vamos voltar para meados de 1948, quando a extinta Cia. Prada de Eletricidade, adquiriu a chamada Zona Goiás, que era composta por Anhanguera, Cumari, Goiandira, Catalão, Ouvidor e Três Ranchos.
e
Nosso pai, Julio Erbetta, era o homem de frente da Prada. Toda nova região que ela adquiria, lá ia ele, com a família que ia crescendo no decorrer dos tempos, para assumir, implantar e produzir energia elétrica nas quatro cidades que não possuíam o então desenvolvimento. A região era considerada verdadeiro sertão ainda em exploração.
e
Nos lembramos bem, tínhamos 5 anos e meio, quando nosso pai prestava serviços para a Prada lá em Porto Ferreira, estado de São Paulo, cidade esta logo ali, a 400 quilômetros daqui, adiante de Ribeirão Preto, 5 horas de viagem tranqüila de carro nos dias de hoje. Naquela época, 1948, era uma verdadeira jornada fazer tal trajeto, nada de asfalto, nada de linhas de “jardineiras”.
ee
e
Era na base da ferrovia, da extinta Cia. Mogiana, até chegar em Araguari, pousar em pensões que haviam nos arredores da estação, e, no dia seguinte, pegar a “jardineira” do Julinho, que morava na Rua Olímpio dos Santos.
e

e Foto ilustrativa
Com ela, o trânsito era até as margens do Rio Paranaíba, passando por Amanhece, Serra da Bocaina, naquela estrada que ainda existe e muito serve a todos até hoje, para chegar-mos no pé da ponte inacabada, no local chamado no lado de Goiás, de Engenheiro Bethout, motivo pelo qual a ponte ganhou este nome. Era o engenheiro que a construiu, ficando a mesma famosa e inesquecível, mesmo após sua demolição.
e

e
Lá estava ela, inacabada porém majestosa, aos olhos de criança que éramos, um verdadeiro espetáculo se desenrolava pela frente, mas não oferecia condições para a “jardineira” passar, e nem outros veículos, somente o trem de ferro transitava por ela.
e
Não tinha ainda os pranchões em seu piso, fazendo o assoalho para o trânsito de veículos. Não tinha corrimão em suas laterais, estava como disse, inacabada, mas já dava para quebrar o galho e encurtar a viagem, pois de carro se não fosse por ali, teríamos que ir pelo chamado Porto do Lalau (nada tem a ver com o Juiz), que ficava onde hoje encontra-se a majestosa usina de Emborcação.
e
Era o local mais estreito do Rio Paranaíba, e colocaram lá uma balsa para o transporte de veículos. Nossa mudança foi por lá.
e
Dois caminhões Chevrolet 1938, da Cia. Prada. Um era de Araguari (muitos se lembram dele) e o outro de Uberlândia. O de Araguari era dirigido pelo senhor João Belém, sogro do Albacir Matos de Menezes, e o de Uberlândia era dirigido pelo senhor Joaquim (não nos lembramos do sobrenome) que foi o primeiro ganhador da loleria esportiva quando de sua implantação. Ambos de saudosas memórias. Era uma aventura, e o caminhão dirigido pelo senhor Joaquim, ao sair da balsa, deslizou e caiu dentro do rio. Não houve vítimas, graças a Deus, mas grandes danos materiais.
e
Naquela balsa, perdeu a vida o então gerente da Cia. Prada em Araguari, engenheiro alemão, Paulo Meyer Muller. Ele foi Capitão da 1ª Guerra Mundial. Homem sofrido, pois perdeu toda a família na guerra, vindo abrigar-se no Brasil, onde colocou-se na Prada e veio para Araguari.
e
Existem várias histórias sobre ele, qualquer momento escreveremos a respeito dele. Seu nome está perpetuado em uma de nossas ruas. Fez muito por Araguari
e
Como disse acima, a ponte ainda não tinha os pranchões para o trânsito de veículos, mas dava passagem à composição férrea. Entre os trilhos da estrada de ferro, sobre a ponte, já haviam instalado os pranchões para o trânsito de pedestres, porém com grande risco na travessia, sem qualquer segurança nas laterais, um piso em falso e estaríamos despencando lá de cima para dentro do rio.
e
Então como faziam ? Como nosso pai iria fazer ? O negócio era seguir em frente. Os passageiros da “jardineira” na maioria ficava ali por Anhanguera, ou Cumari, poucos iam até Catalão, considerado fim do mundo lá pela região de São Paulo, pelos dirigentes da Prada, que quando designaram o destino de nosso Pai para lá, chegaram a dar-lhe até arma de fogo.
e
Mas como atravessamos a Ponte do Bethout ?
Como fomos parar do lado de lá, lado de Goiás, onde um carro de praça, nos lembramos bem, Ford 1946, grená, o único existente em Catalão, estava esperando por nós sob encomenda da própria Cia. Prada. O que hoje é considerado aventura para praticantes de esportes radicais, na época era necessidade. Ou se fazia, ou ficava para trás. Como diz o Walmir Brasileiro, grande filósofo conforme o Alessi, “quem vai, vai, não vai fica”, e nosso pai tocou para frente.
e
Pegou nossa irmã caçula Luiza Maria (falecida) no colo, deu a mão para nós, segurando firme, enquanto que o motorista do carro que nos esperava, deu a mão segurando firme minha irmã Yone, e nossa Mãe, segurou firme a mão da nossa irmã Cida, e lá fomos nós, juntamente com os outros passageiros, sem olhar para baixo, sem conversar, com todo cuidado possível, pé ante pé, até rezando, vencendo metro por metro a longa e perigosa travessia, até chegarmos ilesos a salvos do lado de Goiás.
e
Fomos todos recebidos pelos presentes com uma salva de palmas (faziam isto a todos e todos os dias) pelo arrojo e coragem da grande aventura da travessia daquela que viria a servir durante longos e longos anos ao povo goiano, povo mineiro, aos brasileiros em geral.
e
A Ponte do Bethout foi concluída. Ficou uma maravilha. Sua inauguração marcou época. Por ela passavam composições férreas vindas de São Paulo, chegavam em Anhanguera, encontravam-se com a Rede Mineira de Viação, que ligava a Belo Horizonte, indo para Goiânia, via Ipameri, Pires do Rio, Leopoldo Bulhões, Anápolis, tendo seu ponto final em Goiânia.
e
Quanto progresso levou a vários locais de Goiás, Pará (Tocantins), norte e nordeste em geral, e vice versa, quanto levou para o sul do Brasil. Como nosso país é grande. Quanto já desenvolveu e quanto tem para desenvolver.
e
Mas depois dessa epopéia de atravessarmos a ponte, tocamos para Catalão, e lá chegando, fomos recebidos com festa. Era a Cia. Prada de Eletricidade que estava chegando para levar a energia elétrica para aqueles rincões, e o maravilho povo de Catalão, nos recebeu de braços abertos.
e
Foguetes, churrascos, bailes e tudo mais para demonstrar carinho e apreço. Lembramo-nos bem da figura de um homem, ficou gravada em nossa memória pelo que fez na época e pelo que nos tornamos posteriormente. Estamos falando do saudoso senhor João Evangelista da Rocha.
e
Fazendeiro em Catalão e região. Residiu e terminou seus dias em Araguari. Ma lá em sua terra, arregaçou as mangas da camisa e foi junto de nosso pai, e os demais homens que ele arregimentou, limpar o canal que levava água par o pequeno gerador que existia em Catalão e que estava paralisado há anos.
e
Tivemos a honra de em 1975, vir a tornar-nos irmãos de Ordem Maçônica deste ilustre Senhor. Rendemo-lhes homenagens. Limparam tudo, lubrificaram o gerador e em uma semana lá estava ela, a energia elétrica de volta à cidade. Toda iluminada a noite, precariamente mas estava. Um poste aqui, outro ali e assim por diante. Mas tudo isto é história que iremos contar em outro Ponto de Vista que planejamos escrever sobre a Cia. Prada.
e
Caros Leitores, deixem-nos frisar: nossa família foi tão bem recebida em Catalão, fez tantas amizades que são conservadas até hoje, quanto fez e adquiriu nesta abençoada terra de Araguari. Terra que adotou-nos e nela temos o jazigo da família, que guarda os restos mortais de nossos Pais e de nossa irmã caçula.
e
Aqui conhecemos nossa esposa, aqui constituímos família, aqui criamos nossos filhos, aqui irão ficar nossos restos mortais quando chegar a hora de nossa partida. Nossa família ama esta terra.
e
Voltemos à ponte novamente, caro Jair, e lógico caros Leitores. Quando começamos a escrever, nos perdemos no tempo. Ficamos divagando no espaço, trazendo à mente coisas que aconteceram e são de gratas recordações. Nos perdoem se os cansamos, mas nos faz um bem tremendo narrar histórias que nos revigoram.
e
A bela e prestativa ponte, após ter cumprido com sua missão, teve um fim trágico. Foi tragada pelas águas represadas de Furnas. Daquela monstruosidade metálica que era, só ficaram à vista, as travessas de sustentação da estrutura metálica.
e
e
Tornou-se triste e até assustador deparar-se com aquele quadro. Era impressionante. Um gigante inteiro submerso, inerte e inútil após tanta serventia, tanta utilidade. Estava morta e sepultada nas águas do Paranaíba. Cremos que até o rio ficou triste. O Rio Paranaíba chorou a perda da Ponte do Bethout.
e
Veio um longo período de estiagem, as águas baixaram o nível, por mais que chovia a represa não conseguia absorver água suficiente para retomar a ser o que era. Reservatório cheio não veremos tão cedo. As outras represas se encontram na mesma situação.
e
Vejam a Ponte Quinca Mariano, vejam a ponte do Rio Corumbá. Terreno seco. A velha ponte de cimento fora d’água que a cobriu por longos anos. E nesta estiagem, o empresário que adquiriu a estrutura metálica da Ponte do Bethout, fez o que tinha de fazer.
e
Retirou toda a ferragem da ponte. Ela já não existe mais. Só ficaram de pé seus pilares de concreto que a sustentavam.
e
Tornou-se triste, macabro vê-la assim. Mas lá está ela, ou melhor sua armação, e como disse o Jair Batista Soares, se não tivessem vendido sua ferragem, se tivessem previsto um período tão longo de seca, se tivessem previsto o reaparecimento da velha ponte, ela estaria agora prestando os mesmos relevantes serviços que prestou durante longos e longos anos.
e
Brilhantemente estaria o estado de Minas Gerais, ligado ao estado de Goiás, através da Ponte do Bethout.
e
Brilhantemente estaria o Sul ligado ao Norte do País, via férrea e via rodoviária, pois a majestosa ponte era rodo ferroviária, e como a de Delta, que luta bravamente para sobreviver, ligando São Paulo a Minas, Sul com norte, estaria sendo até cultuada, dado a tecnologia usada de quando sua construção.
e
Chorar leite derramado não leva a nada. Neste caso leva. Leva e muito. Tanto que leva que trouxe à memória um tema sugerido pelo nosso amigo Jair Batista Soares, para que redigíssemos um Ponto de Vista sobre o assunto, e pudemos ver através dele, que muitas das vezes, soluções outras podem ser tomadas.
e
Se não houver precipitações, muitos aborrecimentos podem ser evitados. A construção de uma barragem após outra, no mesmo rio, acabam levando um esvaziamento de água quando de uma estiagem .
e
Difícil de ser controlado, e os reservatórios de água mudam por completo a configuração do tempo. Chove quando não é para chover. Vem a seca quando não é para vir, e assim por diante. Sempre com a interferência da mão do homem.
e
Já temos aí mais duas represas, e no mesmo rio. Capim Branco I e I I. Vejamos o que vai acontecer.
e
Está aí caro amigo Jair e caros Leitores. Fizemos a narrativa mais uma vez daquilo que vivemos. Tentamos transmitir o que sentimos, e confessamos a vocês, nos sentimos bem com isto.
e
Gostamos de fazer isto. Falar de Araguari e região. É viver tudo de novo. O passado no presente, nos dando forças para o futuro.
e
Mais uma vez dizemos e repetimos, é muito bom para quem escreve, submeter suas matérias à apreciação pública e ter como retorno o incentivo dos leitores que se manifestam junto ao autor.
e
Sinceramente, ficamos sensibilizados, emocionados, envaidecidos de estar levando um pouco de leitura agradável para vocês.
e
Muito obrigado a todos, que Deus em sua infinita sabedoria, derrame suas bênçãos sobre todos.
e
Encerramos assim mais um Ponto de Vista, esperando ser mais uma vez, pelo menos interessante para todos.
e
Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.
http://www.estacoesferroviarias.com.br/efgoiaz/engbethout.htm

quinta-feira, junho 12, 2008

Sobre Futebol Feminino

Acrescentando conteúdo e informação a matéria alusiva ao futebol feminino, apresentamos alguns links relacionados ao assunto que recebemos de Denise Veríssimo do Portal do Futebol Feminino.
e
e
Contatos:
e
Diretora do Deptº de Futsal Feminino da Federação Brasiliense de Futebol de Salão - FEBRASA.
Colaboradora da revista Centro Oeste Esportes.
Colaboradora do site Esporte Candango.
Colaboradora de Imprensa da Federação Brasiliense de Futebol.
e
FBFParcerias:
e
Site: Esporte Candango - www.esportecandango.com.br
Revista: Centro-Oeste Esportes - www.havanacomunicacao.com
Federações Brasilienses de salão (www.febrasa.com) e campo (www.fbfdf.org.br)
e
Agradecemos também as citações feitas pelo blog Farol Comunitário. http://farolcomunitario.blogspot.com/search/label/Araguari

sábado, junho 07, 2008

Araguari, Berço do Futebol Feminino

Caros Leitores.

Final da década de 50. Mais precisamente 1958. A cidade queria novidades, o povo estava ávido por acontecimentos ímpares.

Dentro deste clima de euforia, havia um jovem idealista, grande desportista, funcionário da extinta Cia. Prada de Eletricidade. Este jovem chamava-se Ney Montes Pinto. Ele resolveu em sua atividade paralela, membro da Diretoria do Araguari Atlético Clube, time de futebol famoso de Araguari, criar um time de futebol feminino, composto por jovens moças de nossa sociedade.

Reuniu-se com os demais membros da então Diretoria, dentre eles, Paulo Nogueira Cruvinel, Genú Nogueira Cruvinel, Ovídio Nogueira Cruvinel, Omar Mujalli, Neje Mujalli, para lançar a idéia e partir de imediato para a empreitada.

O principal motivo que levou a Diretoria a criar o time de futebol feminino, foi para atender o pedido da Diretora do Grupo Escolar Visconde de Ouro Preto, que contátou Ney Montes Pinto, um dos diretores do Araguari e o mesmo abraçou a idéia.

A mesma foi divulgada pela cidade, para as famílias araguarinas que entenderam de imediato a finalidade do empreendimento, que nada mais era divulgar o nome de nossa Araguari por este Brasil afora. Paulatinamente, as moças, futuras atletas foram se inscrevendo para serem selecionadas para a formação do time que contaria com duas equipes.

Assim sendo, o futebol feminino de Araguari surgiu devido a uma grande necessidade que uma escola de Araguari estava passando - o Grupo Escolar Visconde de Ouro Preto.

A Diretora da escola, na época Isolina França Soares, era noiva de um grande amigo de Ney Montes, Otoniti Torres, e resolveu pedir ajuda para o Ney, que fazia parte da diretoria do Araguari, para que fosse feita uma partida com a renda para ajudar o Grupo Escolar.

Ney explicou para a diretora que não podia fazer um jogo de futebol com a renda toda para a escola, porque o jogo tinha que cumprir taxas da federação de futebol, autorizações, taxa para juiz, bandeirinha, liga, enfim não daria renda nenhuma.

Então teve uma idéia de fazer um jogo inédito, formado por moças da escola, que seriam treinadas pelo Luiz Benjamim de Oliveira, sob supervisão dele. Sugeriu montarem dois times de futebol, de moças estudantes e a renda seria toda da escola.

Isolina Soares se prontificou a chamar as moças se Ney garantisse que daria todo apoio técnico. A diretora conseguiu mais de 45 moças, e as melhores foram selecionadas.

O primeiro jogo foi um sucesso, em jogo normal do Araguari, era arrecadado 80 mil cruzeiros, e nos jogo das meninas a renda foi de 312 mil cruzeiros. Foi um sucesso, 2 x 0 para o time mais forte. Esses dados foram baseados em uma entrevista gravada, que a filha do Ney, fez com o mesmo em 1999.

O sucesso foi tamanho que fez com que o Araguari continuasse com a empreitada levando avante o Futebol Feminino por este Brasil a fora.


O técnico, já atuante na equipe masculina, experiência invejável, o conhecidíssimo Luiz Benjamim de Oliveira, recebeu a incumbência de selecionar as moças com aptidão para o futebol e vir a treiná-las para passarem a praticar o nobre e mais popular esporte do mundo, o futebol.

E assim o foi. Times formados, dois, com as respectivas reservas, moças da sociedade, das quais citamos, Marizete Nader, Eleusa, Wisleina, Zalfa Nader, Mirna Amaral, Maria Aparecida (Branca), Magali e várias outras.

Vamos deixar registrado este evento, através de fotografias dos times, fotografias estas tiradas a cada acontecimento e que nos foram fornecidas pela ex-atleta Marizete Nader e por Foto Gebhardt.
e


Neste recorte de jornal, podemos ver o time de futebol feminino do Araguari, no Aeroporto de Peregrinos, na Bahia. A delegação estava em tournée para divulgação do futebol feminino, assim como também de nossa cidade. Podemos observar um Douglas DC-3, da Real Aerovias em sua escala na Bahia. Na porta do avião, a atleta Zalfa Nader, juntamente com sua irmã, Marizete Nader. O sucesso foi total.
e
e
Em seguida vemos as equipes do Fluminense e do Araguari, prontas a iniciar um jogo de demonstração. Eram todas do Araguari, porém com as camisas do Fluminense para exibição.
e
e

Foto histórica do 1° Time de Futebol Feminino do Brasil, por que não dizer do mundo, em visita a Salvador. Vemos o idealizador e criador do time, Ney Montes Pinto, ladeado por Eleusa, Wisleina, Eloísa Rodrigues, Marizete, Zalfa, Magali, dentre outras. Esta senhora que aparece à esquerda na foto, vem a ser a pessoa lá da Bahia que promoveu a demonstração das duas equipes. Isto em 1958.

Ney Montes Pinto, grande desportista, era funcionário da extinta Cia. Prada de Eletricidade. Tivemos a oportunidade de trabalharmos com ele, de 01 de junho de 1960 até 1976. Em 1973, a Cia. Prada foi transferida via Eletrobrás, para a CEMIG. Permanecemos até 76, quando nos desligamos para exercermos nossas atividades profissionais.
e
Tivemos uma estreita convivência com Ney, onde podemos citá-lo como um grande colega de serviço, assim como um grande homem do esporte araguarino. Estranhamos não existir na cidade, nenhum logradouro público com seu nome. Afinal, aqui viveu, casou-se, teve filhos com sua esposa Marly Tereza de Paiva Montes, deixou grandes amigos e um nome que deve ser perpetuado pelos seus feitos. Que algum Edil se lembre disto.
ee
Nesta outra foto, podemos observar o sucesso do time, que convidado ia até às cidades para exibições. Na foto vemos em Belo Horizonte, vestidas com os uniformes do América Mineiro e do Clube Atlético Mineiro, prontas para exibições. Demonstrações de como a mulher também poderia praticar o esporte rei.
e
ee
Enquanto o jogo não tinha início, as jovens atletas batiam bola se exercitando. Provocou manchete no jornal.
e
O time esteve se apresentando em:
e
> Belo Horizonte - nossa capital,
> Varginha - sul de Minas,
> Salvador - Bahia
ee
ee
e
Para a história ficou registrada a foto sob o DC-3 da Real Aerovias, no Aeroporto Santos Dumont de Araguari. A delegação completa do Time Feminino do Araguari Atlético Clube.
e
e

Podemos identificar agachado, Ney Montes Pinto, segurando a bola do jogo. Paulo Nogueira Cruvinel, membros da Diretoria, as jogadoras sorridentes.
Estavam prontas para o embarque que levou o nome de nossa Araguari para longínquas distâncias.
e
e
Com a camisa do América em Belo Horizonte, atleta descansa no intervalo do jogo.
O Brasil inteiro passou a conhecer o Berço do Futebol Feminino no Brasil e no mundo.
Foi uma demonstração incontestável e inequívoca que o chamado sexo frágil, era tão hábil e destemido quanto ao homem.
As atletas eram tidas como artistas, tanto é que a foto revela: Duas Estrelas Zagueiras.
e e
ee
Na foto avulsa, tirada em 1958, podemos ver o treinador do time, Luiz Benjamim de Oliveira, e entre as atletas, Marizete Nader, Eloísa Rodrigues, Eleusa, Mirna Amaral, Maria Aparecida (Branca), Magali, Eliani, Wisleina.
e
e
e
e
Após alguns anos, na Bahia, incentivados por Araguari com seu time, criaram uma equipe feminina denominada Radar. Porém durou pouco tempo.

A C. B. F., juntamente com a Federação Mineira de Futebol, com a adesão de órgãos religiosos, realizaram um movimento que veio a extinguir o Futebol Feminino dos gramados do Brasil.
e
e

Encerrava-se assim aquela fase bonita e atrativa que tivemos a oportunidade de vermos nascer. Pudemos acompanhar vários jogos. Vermos o entusiasmo de Ney Montes Pinto, sua luta, seu empenho, sua tristeza quando tiveram por força de Lei, encerrar as atividades futebolísticas.

Hoje, sua família, reside em Uberlândia por força do trabalho, pois Ney foi para lá transferido pela CEMIG em 1976, onde trabalhou até sua aposentadoria. Veio a falecer em 2004, sendo sepultado aqui em Araguari. Sua família por lá se encaminhou e permaneceram.

Sua filha, Teresa Cristina de Paiva Montes Cunha, está realizando um documentário a respeito do assunto. Tem vários relatos gravados e filmados de seu pai a respeito da história do Futebol Feminino de Araguari.
e
Está arrecadando subsídios a respeito, e, caso algum de nossos leitores tenha algo a relatar, principalmente sobre a ata de criação do time, poderá entrar em contato com ela no e-mail teresacriscunha@hotmail.com para que ela possa realizar um documentário a altura do que foi o nobre esporte praticado pelo sexo frágil em Araguari, idealizado por seu pai, e que deu início ao sucesso que é hoje no mundo. Segue abaixo uma narrativa enviada por ela sobre seu pai.
e
e

Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.
Fotos: Autoria Antonio Gebhardt, fornecidas pela ex-atleta Marizete Nader e por Foto Gebhardt.

Reencontros

Caro leitores.
e
Não tenho como deixar de postar a mensagem recebida de mais um amigo araguarino, trata-se do Rosalvo Lima do qual temos gratas lembranças. Agradecemos os contatos que estamos recebendo, estes nos motivam a trabalhar nosso blog.
e
Meu Caro Amigo Peron

Finalmente minha irmã Leila me enviou o seu site e eu posso entrar em contato com você. No seu blog, li "viagem a 1955". Foi nesse ano que me mudei para Araguari - melhor dizendo, minha família se mudou para Araguari. Eu estudei no Raul Soares em 1956 e 1957. Lá tive a melhor professora que conheço: Da. Edna Cecília Alves.

Nós somos colegas da Escola de Comércio e você provavelmente se lembra de mim. Nós éramos uma turma muito unida e sempre me pareceu uma pena que cada um foi para o seu lado e a união se pulverizou. Coisas ou imposições da vida. Nunca me esqueci de você nem de cada um dos nossos colegas. Cada situação me lembra de algum deles. Parece que cada um tinha uma marca registrada, uma característica especial, algo que nos faz lembrar de cada um a cada acontecimento. Você tem informações sobre a turma? O que são, onde estão? Na época, a gente falou em enterrar uma garrafa de champanhe, para desenterrar dez anos depois... isso foi em 1966. Já se passaram 42 anos!

Eu gostaria de saber de você, como está, o que faz. Gostaria de, de alguma forma, recuperar esses 42 anos de convivência que perdi, como se fosse possível reviver juntos o que ambos vivemos separados. E fazer isto com cada um dos colegas e amigos que foram ficando, não para trás, mas para os lados, para caminhos diferentes, cada qual indo na direção dos objetivos ou das possibilidades. Cadê o Mateus, o Raimundo, a Célia, o Bartolomeu? E todos os outros? Parece que só achei o Peron...

Desejo muito sucesso para você. Escreva para mim, quando tiver tempo e me conte histórias. Essa que você contou no seu blog, sobre 1955, me trouxe muita gente e muitos fatos à memória. E em 1955, eu nem estava lá.

Aguardo notícias suas.
Grande abraço.
Rosalvo Lima

quinta-feira, junho 05, 2008

Participação de amigos

Caros leitores,
e
Me permitam compartilhar as mensagens que temos recebido de araguarinos, todas elas muito nos emocionam pois são amigos que constroem e compartilham da satisfação de fazer parte da história da nossa terra. Agradecemos a todo eles e a todos os leitores.
e
e
Carlos Bedrossian disse:
Fernando:
O Wiliam me enviou o seu blog que me deixou muito emocionado. Parece que a “Cidade Sorriso”, com o Regina, o Tiro de guerra, o Colégio das Irmãs, a UEA, o Batalhão, e outras instituições, nos inocularam com um vírus potente e de incubação muito longa. Ele fica na gente ate aflorar com forca irresistível, criando lembranças, seja da infância ou da juventude. Ai vem aquela saudade enorme, que empreendimentos como o seu, ajudam matar.
Espero que V. se lembre do Carlos Vanez que perambulava com V. por toda a parte, ate nas casas das maquinas e das turbinas da Companhia Prada de Eletricidade. Pois eu vim parar na America, onde resido ha 40 anos, mas jamais esqueci da nossa querida Araguari. Depois de longa carreira acadêmica na medicina como patologista, cientista, educador, autor e editor, aposentei-me do magistério e tenho minha própria empresa dedicada a prestação de serviços médicos e de apoio na área de moléstias ocupacionais.
Grande parte da minha atividade profissional revolve-se em volta de uma associação cientifica que eu fundei em 1992 (Papanicolaou Society of Cytopathology), e uma revista da qual eu sou o editor fundador desde 1984 (Diagnostic Cytopathology). Como V. deve bem saber, isto da muita satisfação, mas também muita dor de cabeça. Eu acho que o que eu aprendi no Centro Acadêmico Tristão de Ataíde, do nosso saudoso Regina foi o melhor preparo que eu poderia ter, o que me abrandou muito o caminho.
Mas eu também tive uma outra carreira paralela: a militar. Depois de dois anos na FAB, continuei “mordido”
pelo desejo de servir. Ao completar 40 anos de idade ingressei na USAF onde alcancei patente de Coronel e aposentei-me na lista de promoviveis a Brigadeiro. Tirei os cursos das Escolas Superiores de Guerra da Forca Aérea e do Exercito Americanos. Depois foi a vez do amor pela historia despertar em mim. Fiz dois mestrados um em Historia Militar com especialidade na aviação; o outro em Estudos Estratégicos, com especialidades no Oriente Médio e na America do Sul. Dou muitas palestras sobre o Brasil e sobre o Genocídio Armênio.
Com o Wiliam eu curto o amor pela aviação e a historia da 2ª Guerra mundial. Eu e ele já percorremos muito chão juntos em feiras, exposições, e museus, tanto no Brasil como no exterior. Por isso, eu fiquei muito satisfeito quando ele compartilhou comigo o seu blog. Não posso deixar de me manifestar, enviando-lhe os parabéns e incentivando-o a seguir em frente. V. vai encontrar muito araguarino espalhado pelo mundo inteiro, que como eu, não vai resistir a oportunidade de recordar os velhos tempos.
Foi ótimo ver como Vc, um amigo que me marcou a infância, obteve tanto sucesso como jornalista, escritor e promotor do resgate da historia araguarina. Só posso lhe prestar homenagem sincera, pela sua dedicação e entusiasmo, responsáveis por memórias deliciosas que nos, os que partimos podemos desfrutar. Muito obrigado pelas emoção e pelas as lembranças que V. e o seu blog me proporcionaram,
Carlos Vanez
a.k.a
Carlos Bedrossian, M.D., PhD.
Biomedical Concepts
e
e
Meu caro e inesquecível amigo, colega de infância, de bancos escolares, Santa Terezinha, de passeios por Araguari, velha Prada, loja de calçados de seus pais na Rui Barbosa, sua residência na Pe. Lafaiete e depois na Rui Barbosa, Carlos Vanez Menino Bedrossian.
Que surpresa agradabilíssima tive agora ao receber seu e-mail que tanto nos enriquece, eleva, mata saudades, nos coloca a par de suas atividades na América e o fato da lembrança partir do Wiliam Rady.
Vanez, como o chamava, lembra-se? Fico feliz, assim como nossos leitores que tomarão conhecimento desta amizade de longos e longos anos, que o tempo jamais conseguiu e nem conseguirá apagar.
São tantas coisas que quero falar e não sei como começar. Agora, devagar, com seu endereço, faremos mais contatos.
Parabenizo tão bela e eficiente carreira. Profissional e Militar.
Estou deveras emocionado para manifestar tanta alegria por este contato após 40 anos de distância e falta de comunicação.
Soube de sua estada aqui na velha e querida Araguari, da qual procuramos contar nossa vivência desde 1950 quando aqui chegamos, e o pessoal que organizou a recepção no Luiz Cláudio, o Lauro, sendo um deles, esqueceu-se de me avisar.
Mas para ser sincero, este contato de agora, supera qualquer encontro que por acaso tivéssemos.
Quanto ao blog, estamos com mais de 600 matérias já publicadas nos jornais da cidade para postar no mesmo.
O ex-prefeito, Diretor do Curso de Direito da UNIPAC, Universidade Presidente Antônio Carlos, no antigo Regina Pácis, hoje com mais de 5 mil alunos em todos os cursos, inclusive Medicina, nosso colega de infância e juventude, Dr. Neiton de Paiva Neves, governo de 83 a 89, do qual fizemos parte, quer que editemos um livro com nossas histórias.
É o que estamos procurando fazer, e, para tanto, coletando a história de quem conosco conviveu.
Fica você, Vanêz, convidado a enviar-me seu currículo, assim como a história de sua vida, que já está em sua mensagem, para que possamos contar nossa vivência em tempos idos. Aliás, o livro já tem nome:" Tempos idos, tempos vividos ".
Meu caro Carlos Vanêz, muito obrigado pela alegria que me proporcionou após 40 anos de ausência.
Obrigado Wiliam Rady, por proporcionar-nos coisa tão boa.
Um TFA a todos.
Antonio Fernando Peron Erbetta
e
e
Natal Fernando disse:
Foi um prazer conhecê-lo, senhor William Rady. Pense em quanto proveito os administradores da nossa cidade poderiam colher das opiniões dos próprios araguarinos com a sua formação. Não tenho dúvida que as autoridades se beneficiariam muito da consultoria gratuíta de cidadãos residentes fora de Araguari mas com o mesmo compromisso com a cidade. Consultoria especializadíssima de profissionais em todos os setores, inclusive da administração do país. Quem sabe um dia nossa prefeitura possa institucionalizar essa ajuda, talvez criando um Conselho Consultivo formado por cidadãos experientes mas que por não residirem na cidade ficam alijados do processo de melhoria da qualidade de vida e do progresso que todos procuram. Senão assim, que bom seria que os araguarinos que migraram contra a própria vontade ao passarem por aí não andassem pelas ruas como um anônimo mas fossem reconhecidos como velhos companheiros!
Quem sabe o Dr. Peron ao realizar o trabalho de resgatar a memória da cidade não estaria suscitando um debate e criando as bases de um cenário mais otimista para os cidadãos do futuro? Quem viver verá. Abraço.
Natal
e
e
Marilia Cunha disse:
Querido amigo, nestes dias para trás fiquei pensando nas pessoas de Araguari e nos talentos que tem a nossa terra. Tenho uma lembrança muito forte do William Rady e de sua mãe, D.Georgina. O William era um menino diferente dos outros, muito inteligente, sério, capaz de fazer a gente pensar que realizaria muita coisa importante na vida. Obrigada, Peron, por me lembrar do João Rugiadini e do Roni, do Cine Rex.
Parabéns pelas sua matérias. Esta do William foi de matar... Abraços,
Marilia.

domingo, junho 01, 2008

Comentários Wliam Rady

Segue o comentário do Wiliam Rady, do qual só temos a acradecer pela oportunidade de fazer parte deste blog :

"Estimado Irmão Peron:
Eu e Waldeny acabamos de ver o Blog preparado por você. Excelente !
Porem o mais importante é que você está registrando a História das coisas de Araguari ( Tiro de Guerra, Julio, etc. ). Um trabalho louvável.
Muito obrigado.

TFA,

Wiliam"