sexta-feira, maio 26, 2006

A QUE PONTO CHEGAMOS !


Caros Leitores.

Estamos passando por uma série de adversidades que nos fazem ficar simplesmente pasmados, atordoados, amedrontados, trancados em nossos lares, em busca de uma segurança, segurança esta em vários aspectos de nossas vidas, que passaremos a analisar por etapas, para que possam conosco, chegarem a uma posição.

Vamos dedicar o Ponto de Vista de hoje ao Comandante da 9ª Cia. de Polícia Militar de Araguari, Major Ademir Ribeiro de Moura, tanto pela luta que vem encetando na defesa e na ordem de nossa cidade, e, consequentemente dos cidadãos, como também, para na hipótese de nossas observações serem úteis, que ele possa providenciar melhoramentos que auxiliem em um aperfeiçoamento do policiamento da cidade.

Assim sendo vamos lá, vamos ao primeiro problema.

Segurança pessoal – Apesar de todo policiamento existente na cidade, rondas de viaturas com policiais armados, ostentação de poderio militar, os malfeitores, os bandidos, os maus caráter, os tarados, os gatunos, os desocupados, os crápulas, continuam a exercerem suas atividades dioturnamente pelas ruas centrais, nos bairros e zona rural de Araguari. Estão perturbando a paz, a ordem, a segurança, o sossego de cada cidadão, seja criança, jovem ou idoso.

A tranqüilidade vivida anteriormente, já não existe mais. Ninguém consegue transitar pelas ruas, limpar as portas de suas casas, trafegar em seus veículos ou mesmo, praticar qualquer outro ato necessário ao afazeres diários, sem estar ressabiado, amedrontado, de prontidão a espera de um assalto, de um tarado em busca de sua vítima para estuprá-la violentamente e cruelmente, saciando assim sua tara maldita.

Ninguém consegue fazer nada do que narramos sem o medo, o pavor de ser abordado por um ou mais elementos perniciosos à sociedade, praticando seu ato de covardia e crueldade sobre o indefeso cidadão.

Como exemplo citamos a pobre e inofensiva adolescente, que exercia suas atividades domésticas em uma residência no centro da cidade, quando foi atacada violentamente e covardemente, pela manhã, sendo estuprada e ferida a ponto de internação hospitalar. O tarado agressor, havia sido solto no dia anterior. Crime pelo qual cumpria pena e havia sido beneficiado pelas falhas da Lei: “Estupro”.

Perguntamos ao Major Ademir: O que fazer para que isto não aconteça comumente na cidade ? Sabemos e narramos que o senhor vem fazendo a sua parte. Sabemos também que o criminoso foi posto em liberdade pelos benefícios da Lei. A Polícia prende, o elemento responde o processo, é condenado. Vem a Lei com seus benefícios e o solta. Aí, o Major Ademir tem que reforçar o policiamento e prender novamente este elemento tremendamente pernicioso à sociedade para repetir todo processo cumprido anteriormente, e, no final, sair livre como um passarinho para repetir tudo de novo.

Já antecipamos sua resposta Major. O senhor está certo. Os policiais estão certo. A Lei está errada. O cidadão paga o alto preço. Os advogados, o Poder Judiciário apenas cumpriram com seu dever. Seguir os ditames da malfadada Lei.

Também, aja espaço para tanto bandido.

Outro exemplo: um cidadão sai do banco. Retirou do mesmo certa quantia em dinheiro. É abordado na calçada em pleno dia por um ou mais elementos com armas em punho. Se esboçar reação, pronto, está morto cruelmente. A solução é entregar tudo que tem.

Vejam bem caros Leitores, isto está acontecendo aqui em Araguari, não somente em São Paulo, Uberaba ou Uberlândia. Está acontecendo na nossa pacata cidade de Araguari. Possuímos pouco mais de 100 mil habitantes e já estamos vivendo a vida de cidade grande. Imaginem se estivéssemos com a população de Uberaba ou de Uberlândia. Depois ainda queremos achar ruim quando as cidades citadas recebem armamentos e viaturas a mais que nós. Tudo é feito de acordo com a população e a criminalidade existente.

Paremos para pensar. Não é o número da população que aumenta os criminosos. É isto sim, a paz reinante na cidade. As pequenas e pacatas cidades do porte de Araguari, estão sendo vítimas do banditismo em maior número que as grandes cidades circunvizinhas. Pasmem.

Passemos para outro problema que nos aflige atualmente.

Não iremos falar aqui em Trânsito. Já falamos demais a respeito.

Falaremos agora, isto sim, da praga que se tornou o sistema de moto táxi na cidade.

Está uma coisa apavorante Major Ademir. O senhor já observou ?

Em cada esquina movimentada eles, os moto taxistas, vêm e estacionam suas motos abrindo um novo “ponto” de moto táxi. Duvidam ?

Provamos por A + B. Defronte o Magazine Luiza, lado direito de quem sobe pela Rodolfo Paixão, esquina com Ruy Barbosa: Ponto de moto táxi. Querem outro ? Esquina da Afonso Pena com Rio Branco. E por aí a fora.

Agora é com o senhor Major. Perguntamos: Eles possuem autorização para tal ? Possuem documentos comprobatórios ? Antecipamos a resposta, nem é necessário verificar. Claro, óbvio que não possuem. Estão afrontando com o Código de Postura de Araguari, com o Código de Trânsito. Tanto a Prefeitura, como o policiamento estão falhos. Podemos dizer, comungam com a atitude dos moto taxistas, pois não tomam providências contra os atos irregulares. Estamos certos ou errados. Que nos respondam. Estamos aguardando.

Major, aproveite que vai tomar providências a respeito, e faça uma bela e respeitável “Blitz” principalmente nas motos que circulam em Araguari. Aproximadamente 10 mil.

Podemos afirmar que o senhor vai interceptar nada mais, nada menos que 70% delas, ou sejam, 7 mil motos. Duvidam ? Então vejamos: jovens, moças e rapazes circulam com suas motoquinhas estacionando onde bem entendem. Andam contra mão, passam pela esquerda, pela direita, disputam a frente dos carros nos semáforos. Fazem gestos obscenos quando falamos com eles, os repreendendo. São atrevidos ao máximo. Estão impunes. Circulam com motos sem condições mínimas de funcionamento e segurança. Documentos, carteiras de habilitações e equipamentos, certeza absoluta, quase todos incorretos. Haja local para guardar as motos apreendidas.

Vamos agora para as bicicletas.

Major, Major, a coisa está feia. Jovens, adultos (na maioria) circulam a vontade por toda parte. Passeios, praças, contra mão, é um verdadeiro absurdo. Não aceitam reclamações por parte dos pedestres que disputam com elas um local para passar. Já que vai recolher motos com a blitz, recolha também as bicicletas. Coloque um caminhão recolhendo uma a uma pelas ruas, e, depois exija de cada proprietário, o pagamento da multa correspondente para retirá-la do depósito. Dá resultado.

Por último, só mais uma perguntinha: Por que os caminhões transitam livremente pelas ruas da cidade sem qualquer necessidade premente ? Vemos caminhões vazios estacionados pelas ruas, na Praça Getúlio Vargas, caminhões de gado, numa fedentina tremenda rodando tranqüilamente sem ninguém para interceptá-los. Os gigantes que entregam bebidas ficam à vontade. Param onde querem.

Sugerimos em nome do povo Major: “Dê um basta nisto tudo”.

Como ? Fácil, agindo dentro do que a Lei determina.

O senhor tem todo apoio da população, das entidades de classe, dos clubes de serviços, das autoridades em geral (inclusive elas até se constrangem em ver tanta coisa errada), para agir com rigor. Um bom “pega” que a coisa melhora.

Não é pelo fato de nas outras cidades as imprudências existirem, é que em Araguari possam existir também.

O bandido preso, é posto em liberdade pela Lei. Ele cumpre parte da pena e tem os benefícios da própria Lei. Como prender e manter presos tantos elementos perniciosos à sociedade. Onde ? Como ? Pelo menos a parte do senhor está sendo feita.

No que diz respeito as demais questões abordadas, o infrator tendo seu veículo apreendido, pagando multa, tendo que regularizar documentos, não irá, logicamente, cometer outra infração. Basta “mexer” no bolso de cada um que os problemas serão resolvidos. Tente e verá.

Era o que tínhamos.

Que Deus nos abençoe.

Um abraço.

sábado, maio 20, 2006

ARAGUARI ONTEM






Caros leitores.

Buscamos estas fotos para despertar os velhos tempos !!!
Fotografias feitas pelo saudoso Geraldo Vieira.
Cedidas pelo seu neto Henrique Vieira - Foto Geraldo.



terça-feira, maio 16, 2006

DA CAIXA POSTAL DO PONTO DE VISTA

Recebi com muita alegria a seguinte mensagem enviada pelo amigo Dr. Neiton de Paiva Neves, a quem agradeço pela honrosa visita ao "Ponto de Vista" e, sobretudo, pela sua manifestação quanto ao artigo meu sobre a Mestra Wanda Pierucetti:

“Caro Peron.


Com sua permissão, subscrevo seu artigo a respeito de Mestra Wanda Pieruccetti. Ela é tudo o que voce disse e muito mais que a modéstia dela veta.


O abraço do


Neiton”

sexta-feira, maio 12, 2006

WANDA PIERUCETTI - A MESTRA


Caros Leitores.

No próximo dia 25 de maio, por uma feliz proposição do Vereador, Juberson dos Santos, aprovada por unanimidade pelos Edis da Egrégia e Centenária Câmara Municipal de Araguari, será outorgada a Senhora Wanda Pieruccetti, o título de “Cidadã Honorária de Araguari”.

Ora, para nós, conhecedores que somos da Ilustre Senhora e respeitável Mestra, desde os idos de 1950, meados do século XX, foi uma surpresa deveras agradável e reconfortante.

Agradável pelo fato de apesar dos longos anos de convivência, não sabermos que Ela não era filha de Araguari, tendo por esta terra abençoada, no decorrer de sua existência, dado de si, tudo que uma cidade necessitava e merecia para seu desenvolvimento e grandeza de seu povo. Nunca medindo esforços para atingir seus objetivos, e, consequentemente, beneficiando a todos que dela se acercavam. Pelo fato de amar Araguari, como se filha dela fosse.

Reconfortante, pelo reconhecimento que tiveram ao seu trabalho, e, fazendo dela, oficialmente uma cidadã araguarina, não só pelos méritos em sua maravilhosa vida em nossa sociedade, como principalmente, proporcionando cultura à comunidade, uma vez ser verdadeira Mestra, tendo dedicado a maior parte de sua jornada de trabalho, à nobre arte de levar ao ser humano, os conhecimentos didáticos. Agora, oficialmente, como filha de nossa Araguari.

Mas, talvez muitos não saibam quem vem a ser “Dona Wanda”.

Assim o sendo, vamos aqui, através de nossa vivência nesta terra que receberá definitivamente em seu seio, esta Ilustre Senhora, relatar o pouco do que sabemos a seu respeito. Iremos procurar assim, avivar e ao mesmo tempo, apresentar a nossos conterrâneos, um pouco daquilo que ela representa não só para nós, mas inegavelmente, para nossa cidade, para nosso Estado e por que não dizer, para os brasileiros, uma vez, por suas mãos terem passado milhares de crianças e jovens em busca do saber. Hoje, como adultos, eles estão espalhados por este mundo a fora, tendo como base, os ensinamentos dela recebidos.

“Dona Wanda”, iniciou sua carreira ainda jovem. Tão logo aqui chegou, vinda de sua terra natal, Patrocínio, posteriormente de Belo Horizonte, onde concluiu seus estudos, procurou, dado a seu dinamismo, uma atividade que lhe proporcionasse condições de colocar em prática seus conhecimentos.

Como primeiro emprego, como primeira atividade profissional, exerceu o cargo de “Secretária”, trabalhando nos Escritórios de Vendas e Consignações do senhor Rodrigo Rodrigues da Cunha, quando nenhuma tecnologia existia, dependendo o desenrolar das atividades, dos conhecimentos profissionais de cada funcionário.

Na ânsia de crescer, desenvolver mais ativamente seu trabalho, “Dona Wanda”, passou a trabalhar como “Datilógrafa e Secretária”, nos escritórios do senhor Joaquim Alves Pereira. Veio a exercer suas funções na famosa e inesquecível “Casa Aníbal”, sendo este senhor, seu empregador, o saudoso “Joaquim Aníbal”, o maior empresário de Araguari, fundador da A.C.I.A. – Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Prestação de Serviços de Araguari. Nas décadas de 30 e 40 ele já mantinha negociações com o exterior.

De repente, descoberta que foi pelo saudoso senhor Dr. João Alcântara, na época, médico da Casa de Saúde Santa Marta, estando o mesmo de partida para o Rio de Janeiro, convidou e conseguiu levar com ele para a Cidade Maravilhosa, a nossa “Dona Wanda”, para que a mesma trabalhasse na “Carteira de Crédito do Funcionário Público”, órgão registrado na Associação dos Funcionários Públicos do Rio de Janeiro, então Distrito Federal.

Pouco tempo nossa personagem pelo Rio de Janeiro ficou. As saudades de Araguari falaram mais alto, fazendo com que ela para cá regressasse.

Aqui chegando, foi diretamente para o Cartório do 3º Ofício de Notas, do saudoso Dickson Machado, onde trabalhou como “Escrevente Juramentada”. Quantos documentos, hoje históricos, passaram por suas mãos.

Este foi seu último emprego em serviços de escritórios.

Na década de 40, resolveu exercer aquilo que realmente amava: O Magistério.

Fundou então na Praça da Matriz, hoje Praça Padre Nilo, logo abaixo do Hospital Santa Catarina e acima da Selaria do Benedito Coutinho, onde hoje funciona o Stúdio A de Dança, o “ Liceu São Geraldo”. Era uma escola de ensino primário que funcionou por alguns anos. Esta escola, foi adquirida pelo Professor Moacir Fantini, que a incorporou na Escola Técnica de Comércio Machado de Assis e Ginásio Dom Vidal, passando assim, o então Curso Primário, a completar desde o início, os cursos existentes no seu educandário, uma escola de ensino básico que marcou época em Araguari.

Chegamos em 1950. Como dissemos anteriormente, quando ainda crianças que éramos, a conhecemos.

Estava “Dona Wanda”, fundando mais uma escola em Araguari. Estava ela enriquecendo culturalmente a cidade, passando a oferecer às crianças, aquilo que ela mais gostava de fazer: “Ensinar”.

Surgia assim o “Externato Bom Jesus”.

Ficava ali, na rua Afonso Pena, onde hoje se encontra o Edifício Ouro Verde. Era um grande terreno que fazia fundos com sua residência situada na rua Samuel Santos. O terreno cortava o quarteirão de uma rua à outra.

Eram 6 salas de aulas, instalações sanitárias, sala de professoras, sala de reuniões, secretaria e diretoria. Toda cercada de varanda para recreação dos alunos. Amplo pátio com brinquedos instrutivos para a criançada. Todo conforto e segurança necessárias para o funcionamento daquilo a que resolvera se dedicar doravante.

“Dona Wanda”, adotava o princípio de poucos alunos em cada classe, no máximo 25 crianças. Assim todas podiam assimilar melhor os ensinamentos dados por professoras selecionadas criteriosamente pela Mestra e Orientadora. Funcionava nos períodos matutino e verpertino. Eram 150 alunos pela manhã, e, 150 à tarde. Limitado o número de 300 alunos ano. Sempre se preocupando com a formação integral dos seus educandos.

Lembramos aqui algumas professoras que auxiliaram “A Mestra” em sua nobre arte: Yolanda Ferreira da Silva Tomaz, Clarice Borges, Terezinha Melo, Yone Therezinha Erbetta Mendes, Luciene Barbosa, Terezinha Campos, Odete Belém.

Passaram pela escola entre encerramento de ano, com formaturas de turmas, assim como início das aulas com novas turmas, aproximadamente 10 mil alunos. São os cidadãos que desempenham suas funções pela imensidão brasileira e também estrangeira.

O Externato Bom Jesus, funcionou por 22 longos e produtivos anos, tendo encerrado suas atividades em 1972, para a tristeza das famílias araguarinas, pois nela tinham como opção, a base dos ensinamentos de seus filhos.

Com a criação do Colégio Estadual de Araguari, hoje Escola Estadual Professor Antônio Marques, “Dona Wanda” concursou-se em Belo Horizonte, conforme exigia a Lei, habilitando-se lecionar a “Língua Portuguesa”, o que fez até sua aposentadoria. Durante certo período, ocupou o cargo de Vice Diretora do estabelecimento.

Deixou uma lacuna entre os funcionários e alunos do colégio quando do encerramento de suas atividades.

Dinâmica e atuante, não soube desfrutar do merecido descanso.

Na segunda gestão do Prefeito Miguel Domingos de Oliveira, “Dona Wanda”, exerceu o cargo de “Assessora de Secretaria Municipal de Educação”. Era Secretária de Educação, a Professora Luiza Helena Marangoni Pereira. Deixou registrado o fruto do seu trabalho.

Pela sua cultura, seu trabalho em prol do ensino, tornou-se “Membro da Academia de Letras e Artes”, entidade fundada pelo saudoso Professor Abdala Mameri.

Em 07 de julho de 1984, “Dona Wanda”, aposentou-se de suas atividades escolares pelo Estado de Minas Gerais.

Tem seu nome marcado no Ensino Araguarino.

Dedica seu tempo atualmente, além de desfrutar seus amigos e familiares, revisando teses de mestrados da juventude que a procura e nela confia seus conhecimentos.

Desfruta de um grande prestígio em todos os meios sociais.

Seu rol de amizades é grande. Imensurável. Sua simpatia contagiante. É uma pessoa extremamente amável, culta, poética, modesta e de rara inteligência. Fino trato.
É mãe de Dr. Fernando e Dr. Cláudio.

Avó de Cláudio, Marco Antônio, João e Fernanda.

Dentre outros, irmã do saudoso e inesquecível ex-Prefeito de Araguari e de Belo Horizonte, Dr. Oswaldo Pieruccetti.

Reverenciamos aqui “Wanda Pieruccetti – A Mestra”.

Parabenizamos tanto a ela por passar a ser filha de Araguari, como a Araguari por adotá-la como filha.

Nosso respeito, nossa admiração.

Era o que tínhamos.

Que Deus nos abençoe.

Um abraço.

sexta-feira, maio 05, 2006

PRÊMIO REALCE


De Aloisio Nunes de Faria no blog Panorama, hoje:

O jornalista Antonio Fernando Peron Erbetta recebe das mãos do deputado estadual Marlos Fernandes o "Prêmio Realce 2005", na categoria "Destaque Especial", pela sua atuação como Colunista Político, Histórico, Social e Econômico do jornal "Botija Parda". O "Realce" premia anualmente profissionais e empresas que mais se destacaram em suas atividades durante o ano. Em 2006, foi a quarta vez consecutiva que o jornalista teve seu trabalho reconhecido pela promoção. Peron é colaborador do "Panorama" e administrador do blog "Ponto de Vista". A homenagem aconteceu em alto estilo, durante festa realizada no dia 28 de abril, no Pica-Pau Country Clube.
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Foto Fábio Fonseca / Cine Foto Aracolor (clique sobre a imagem para vê-la ampliada).

APOSENTADO - UM ZERO A ESQUERDA

Caros Leitores.

Um elemento, inicia suas atividades no trabalho, quando ainda jovem, às vezes, crianças, por empregadores que burlam a Lei. Outras vezes já com idade madura, após passarem por anos e anos dentro de uma universidade, cursando profissões, Medicina, Direito, Administração, Pedagogia, Letras, Engenharia, Computação, atividades liberais em que irão atuar. Enfim, começam a fazer parte dos trabalhadores do Brasil, que deles depende para um crescimento satisfatório, e, ao mesmo tempo, terem eles, os trabalhadores, subsistência em suas vidas, construírem seus futuros, casarem-se, constituírem famílias, fazendo tudo aquilo que é necessário para o desenvolvimento de uma cidade.

Em torno de tudo isto, ocorrem os fatores que fazem do dia a dia, a seqüência do Dom da vida, vida esta que para ser vivida, sofremos nós, os que nela estão, todas e quaisquer conseqüências a que estamos sujeitos pelo simples fato de estarmos vivos. Suscetíveis a vicissitudes que nos levam a doenças, tratamentos, e, finalmente, à morte. É o ciclo da vida: nascimento, vivência e morte. Início, meio e fim. Como queiram, qualquer definição leva a um final.

Estamos chegando onde queremos chegar. O transcorrer de nossas existências. Alegrias de crianças, de juventude, o primeiro emprego, a vida profissional, uma trajetória de trabalho em prol da família, do lar, da sociedade em que vivemos, e, logicamente, nossa mesmo, procurando sempre o melhor que pudermos tirar das lutas que enfrentamos.

O sucesso no trabalho nos proporciona a constituição de um lar. Com isto, o casamento, os filhos, a educação deles nas escolas, seus crescimentos, formaturas, novos casamentos, netos, novos empregos e quando vemos, sentimos pela coisa, completamos nosso período legal de trabalho junto àquilo que nos dedicamos. É chegada a hora da aposentadoria. Sim, isto mesmo, estamos aptos a nos aposentar. Tempo de trabalho cumprido, jornada efetuada. Maravilha que se desponta aos nossos olhos. Desfrutar da vida após 35 anos de lutas. Muitos se aposentam de formas outras, inclusive invalidez. Mas vamos considerar aqui, a aposentadoria por tempo de serviço.

Chegou o dia tão esperado e agora festejado.

A “Aposentadoria”.

Festa total. Muitos tem a condição de comemorar com uma bela e pomposa despedida, regada a cerveja, vinhos, até champanhe. Outros, com uns salgadinhos, no trabalho, despedida dos amigos, colegas de serviço por longos e longos anos. Afinal, sair do emprego, merecidamente aposentado e ir embora para casa, sem antes oferecer uma festinha aos colegas, ah, isto ninguém quer. O dia merece uma comemoração. Abraços, lembranças do passado que foi ontem, promessas de encontros futuros. E o tempo foi embora, não só de serviço, como da festa de despedida também. De repente, o novo aposentado olha para um lado, para o outro, e, se vê sozinho neste mundo que até agora mesmo ele trabalhou.

Aí então, o aposentado, começa sua vida de descanso total.

No dia seguinte, já amanhece de bermudas, chinelos e camiseta do time que torce. Vai após o café para o quintal. Dá uma arrumada geral no quartinho de despejo. Ajeita tudo direitinho. Gasta o dia inteiro para isto. No dia seguinte, nova tarefa, limpar o quintal, arrumar a casinha do cachorro, lavar tudo, aguar as plantas, agora da mulher do aposentado, cortar a grama, podar os pés de frutas, levar tudo para a rua, chamar o carroceiro e pronto. Tudo feito. Nada mais a amolar.

Agora ele está por conta. Nada para fazer. O que fazer então ?

Ora, realizar o velho sonho, sair pelas ruas, de bermudas mesmo, “amolando” a todos e a tudo. Sem perceber ele já começa a ser inconveniente. Uma paradinha na padaria, café, papinho, e o pessoal que está de serviço tomando o seu lanche, já se cansa da conversa fiada dele. Desconfiado parte para outra. Sai de mansinho, vai visitar outro estabelecimento comercial de um amigo. Lá chegando percebe também que os outros estão trabalhando e ele à toa. Fica chato permanecer. Então vai embora de novo. No fim chega lá na praça. Aí sim, ela está cheia de aposentados. Como tem gente sem fazer nada. Fazer nada ? Ora, é um direito adquirido não fazer nada. E ele agora o tem. Vai ficar ali sem fazer nada, ou melhor, vai jogar damas, torrinha, xadrez, baralho, conversar fiado, e, no final do dia, após ter ido almoçar e voltar para o período da tarde, fazendo a mesma coisa, vai embora tomar seu banho e encher a cara de cerveja no boteco da esquina.

E o tempo passa. Quantas bermudas, camisetas, chinelos ele já usou. Afinal, o governo o encostou e não dá a mínima atenção para ele. E ele já está desgostoso com isto. Todo o dia a mesma coisa.

Ah, tem o pescador também. Antes da aposentadoria, a pescaria era só no final de semana e pronto. Agora, todo dia, toda hora, tem um procurando por ele para ir pescar. No começo ele acha bom, depois se cansa também. Afinal, que vida é esta.

Aquele belo salário que ele tinha na ativa, a cada ano se reduz mais e mais com o achatamento. Reajuste de 5% ao ano para baixo. Quem ganhava 10 salários, agora, muitos deles, recebem 5, 4, 3. A renda está pequena.

O governo arrumou um empréstimo aí. Fácil de fazê-lo, até por telefone. Mas o aposentado, vive com o pouco que ganha. Quem usa do empréstimo, vem a ser um filho, um cunhado, um sobrinho, um genro, afinal é para a família mesmo. E no final das contas, está o senhor aposentado, com poucos tostões, pelo fato de no final do mês, vir descontado na sua aposentadoria, aquela parcela do empréstimo fácil que o governo autorizou as financeiras a fazer. O dinheiro não dá para comprar mais bermudas, chinelos e camisetas.

E o nosso aposentado, como está ? Na verdade chateado, deprimido, sem lugar, e desprestigiado por todos pelo fato dele ser na verdade: “ Aposentado – Um zero a esquerda”. Não significa nada para ninguém. Duvidam ? Então vejamos: por acaso, vocês caros Leitores, já viram alguma propaganda ou reportagem na TV ou nos jornais, mostrarem um aposentado com dignidade ? Não ? Nós também não.

Sempre que há uma entrevista com uma pessoa, sob sua imagem vem a legenda: professor, engenheiro, pedreiro, advogado, carroceiro, médico, enfermeiro, dentista, advogado, juiz, promotor, etc., etc., etc.. Quando aparece um aposentado, vê-se a legenda: “aposentado”. Isto confirma nossa afirmativa que ele é um zero a esquerda.

Por que, a imprensa não valoriza uma pessoa que deu uma vida inteira de trabalho para a grandeza de sua cidade, para criar sua família, para o bem do Brasil, apresentando-o como “fulano de tal, médico aposentado”, ou “fulano de tal, pedreiro aposentado”, ou “fulano de tal, professor aposentado”, ou “fulano de tal, advogado aposentado”, etc., etc.

Estão vendo como o “aposentado” é um zero a esquerda ? Estão vendo como ele não tem valor algum perante a sociedade ? Ela se esqueceu dele que ainda está vivo, circulando entre todos, chamando-o apenas de aposentado, como se fosse o nome uma profissão.

Errado, triste, deprimente. O aposentado, sentiu com o tempo que está parado, que ele só serve mesmo para amolar os outros, e, estes tirarem proveito dele. Passou a observar que com sua ociosidade, começou a sofrer de uma série de doenças, doenças estas que antes não tinha, nem dor de cabeça. Tinha apenas preocupações com o trabalho.

Muitos aposentados sabem levar uma vida sadia. Sabem se divertir. Sabem usufruir seus clubes. Mas vocês já observaram os comentários quais são ? Ouvimos por aí: os velhinhos vão dançar; clube dos velhos; vejam os velhos namorando; velhinhos assanhados. E por aí a fora, sem qualquer respeito a uma pessoa que é importante, cumpriu com sua jornada, é parte integrante da sociedade que vivemos.

Que terceira idade que nada. Eles estão mais na ativa que muitos de meia idade. Falando claramente, até sexualmente. Vivem com alegria. São experiente, são pessoas. Todo respeito é pouco.

Na verdade, os novos profissionais, de qualquer área, necessitam da ajuda de um aposentado. As grandes empresas, procuram por eles. Contratam seus serviços profissionais. Muitos constituem empresas de consultoria, aumentam suas rendas, continuam na ativa. Mostram que os conhecimentos adquiridos nos anos que passaram, não foram em vão. Estão aí. Aptos, ajudando, vendendo seus projetos, aperfeiçoando os dos demais. Muitos trabalham até de vendedores de picolés em carrinhos, o que muito os dignifica, não querem ficar “à toa” por aí. Outros, fazem jardinagem, outros por serem novos, voltam a ativa.

Isto tudo, poucos cidadãos se aperceberam. Somente sabem tratá-los como “aposentado”. Encostado, sem ter o que fazer. Ganhando sem trabalhar. Zeros a esquerda.

Este conceito tem que ser mudado. Tudo tem que ser encarado de forma correta. Encaremos um aposentado como aquele que merecidamente desfruta das regalias oferecidas após uma longa jornada de trabalho, jornada esta cheia de espinhos, de lutas, de tropeços, de vitórias, de tristezas e alegrias, e, que merecem antes do título de aposentado, a função que exercida em sua vida profissional.

Lembrem-se, amanhã vocês serão os próximos aposentados.

Não podemos e não devemos ser um “Zero a esquerda”.

Era o que tínhamos.

Que Deus nos abençoe.

Um abraço.

terça-feira, maio 02, 2006

DEU NO BLOG PANORAMA

Batalhão da PM: Quem ganha primeiro?

Senhores políticos araguarinos, senhores políticos que aqui conseguem votos e mais votos em suas eleições a deputados. Senhores políticos que aqui vêm por ocasião de posses de diretorias importantes, como ACIA, CDL, e outros acontecimentos que vale a pena se mostrarem, ajudem aos que ocupam cargos locais a ajudarem Araguari. Façam por merecer os votos que daqui arrancam. Intercedam a favor da instalação do Batalhão da Polícia Militar em nossa cidade.”

O texto acima está no artigo semanal do jornalista e advogado Antonio Fernando Peron Erbetta, publicado em seu blog "Ponto de Vista" e no jornal "Botija Parda", de sexta-feira passada.

Antes de fazer o apelo acima, com unhas e dentes Perón Erbetta escreveu o artigo discordando veementemente sobre opinião que manifestei dias antes no blog, sobre a criação em Araguari do Batalhão de Polícia Militar.

Disse eu naquela oportunidade acreditar na criação do batalhão da cidade de Patrocínio antes do nosso.

Penso assim baseado na maior representação política que vejo existir lá, com dois deputados federais, tendo um deles ocupado recentemente cargo no primeiro escalão do governo Aécio Neves e o outro ex-presidente da Assembléia Legislativa.

Em Patrocínio como aqui, além dos deputados, governo municipal e entidades estão trabalhando a mesma reivindicação.

Cheguei até mesmo a lançar uma aposta que vão conseguir primeiro que nós araguarinos quase deserdados politicamente.

Mas, o Peron, além de não topar a parada, alinhou uma série de argumentos para dizer que estou errado e que, por isso, vou perder o desafio.

Ora, se tem tanta certeza assim, então por que defendeu tanto o seu ponto de vista e fez com tanta ênfase o pedido aos políticos da cidade e àqueles que vêm aparecer na fita por aqui?

Se tivesse tão confiante como fez parecer, não precisaria ir buscar socorro nos políticos de fora.

Então por que e para que foi? Cobrança, só?

Das duas uma: Ou ele também não confia na nossa representação política e na potencialidade do município araguarino sobre a qual tanto fez menção no artigo, ou está só querendo pegar no pé deste velho amigo.

A aposta continua aberta, mesmo depois que ele disse em conversa aqui na redação do blog que o batalhão de Araguari já está aprovado, faltando apenas oficializar o anúncio. É ver para crer!

Leia aqui sobre o que o Perón discordou e

Clique aqui para ler a opinião do articulista

RESPOSTA AO BLOG PANORAMA

Araguari, 02 de maio de 2006.

Ao

Jornalista

Aloisio Nunes de Faria

Panorama Araguari

Nesta

No que diz respeito ao nosso Ponto de Vista, “Batalhão P.M.”, publicado no jornal Botija Parda, e, no Panorama Araguari, dia 28/04/06, temos a elucidar quanto ao seu comentário que:

01 – Fizemos um apelo conclamando àqueles políticos que usam de Araguari para se projetarem no cenário nacional. Que eles se lembrem que sem a nossa ajuda eles não estariam onde se encontram.

02 – Em momento algum discordamos de sua opinião. Pelo contrário, achamos tão válida que até “torcemos” para que se instalem os dois Batalhões P.Ms., tanto em Patrocínio, como em Araguari.

03 – Não discordamos de Patrocínio possuir políticos de maior expoente do que em Araguari. Dissemos sim, de unirmos forças para o progresso das duas grandes cidades mineiras, para ambas serem beneficiadas.

04 – Quanto a aposta, você já tem a certeza de que a perderá, pois como jornalista que é, sabe muito bem que um profissional da área não necessita divulgar suas fontes. Existe também a ética. Ainda bem que não lançou “valor financeiro” na mesma.

05 – Temos a certeza da instalação do Batalhão, que o defendido no Ponto de Vista, assim como a conclamação das autoridades políticas, foi no que diz respeito ao “local” de instalação do mesmo. Para tanto citamos e insistimos no prédio que abrigou as instalações da CEMIG – Centrais Energéticas de Minas Gerais, enquanto ela aqui sediava seus escritórios e demais departamentos, como manutenção, distribuição, escritórios, todos hoje terceirizados. O prédio fica na rua Josias Batista Leite, e, nem na lista telefônica ele consta mais. Você tenta resolver seus problemas pelo sistema discado 0800. A ociosidade de tão grande construção, só mesmo pode servir a sede do Batalhão P.M. – Afinal, tudo é do Governo do Estado de Minas Gerais. Isto torna uma transação mais fácil.

06 – Fica assim esclarecido que não estamos buscando socorro nos políticos de fora. Estamos sim, cobrando deles, o benefício que daqui levam. Eles nos devem. Quem deve, tem de pagar. Que paguem então.

07 – Solicitamos ao nobre colega jornalista, que leia atentamente novamente o nosso Ponto de Vista, e verá que em momento algum, desconfiamos de nossas representações políticas, como também na potencialidade do município. Muito menos ainda, estamos querendo pegar em seu pé. Cremos que de sua parte, houve, isto sim, uma precipitação total com o que defendemos.

08 – Quanto a aposta, como dissemos na matéria, não queremos que você perca. Queremos os dois Batalhões instalados. O de Araguari, e, o de Patrocínio. A população de ambas as cidades ganharão a aposta.

Assim sendo, cremos estarem as dúvidas levantadas pelo caro amigo jornalista, elucidadas, e, mais ainda, a nossa reafirmação de tudo aquilo que redigimos.

Atenciosamente

Antonio Fernando Peron Erbetta