sexta-feira, abril 28, 2006

Batalhão PM

Caros Leitores.

No dia 20/04/06, o blog do Aloisio, Panorama Araguari, publicou uma matéria comentando sobre “Recursos para a P.M. de Patrocínio”.

Comenta que a 87ª Unidade Especial da P.M. teve projeto aprovado de 400 mil reais, para novas viaturas, armamentos e equipamentos. As informações foram prestadas pelo Ten. Cel. Kléber, comandante da 15ª Cia. de Polícia Militar, do qual é subordinada a Companhia local. Também foram noticiados estudos para transformação da 87ª Unidade Especial P.M., em Batalhão, para segurança de Patrocínio, que é problema crônico de segurança pública.

O blogueiro Aloisio, não deixou por menos e teceu um comentário abaixo da matéria ilustrada com a foto do Ten. Cel. Kléber: “Sou capaz de apostar: A criação do Batalhão de Polícia Militar em Patrocínio vai ser aprovada antes do que a de Araguari. A reivindicação é política. E, nesses casos, vence quem tem mais força e representatividade”.

Ora, aí doeu. Esta aposta do Aloisio é desafiadora. Vence quem tem mais força e representatividade? Se for assim, cremos nós que o Aloisio irá perder a aposta. Senão vejamos:

Araguari possui uma população de 108.672 habitantes, com um eleitorado de 77.606 votantes. Fonte IBGE – 2005- Fonte TRE/MG – 2206. Um Prefeito reeleito pelo povo que acreditou e acredita piamente nele, o Psicólogo, Dr. Marcos Antônio Alvim.

Patrocínio possui uma população de 76.943 habitantes em 2003, hoje deve estar acima de 80.000, com um eleitorado de 51.437 votantes em 2004. Dados do IBGE. Elegeu como Prefeito, o jovem empresário, Jorge Elias. Filho de Patrocínio.

Até aí, pelo que estamos vendo, o Aloisio vai perder a aposta. Por vários motivos dentre eles: maior população, maior número de eleitores. Mas será que isto basta? Não existem outros pesos e medidas que possam influenciar na instalação do esperado, almejado, necessário, Batalhão de Polícia Militar, vamos dizer assim, nas excelentes duas cidades mineiras? Nós somos até favoráveis a isto. Sabemos que o Aloisio até que gostaria de perder a aposta feita em seu blog. Vejamos: Araguari de há muito luta por esta conquista. Patrocínio está desesperada com a falta de segurança.

São problemas enfrentados por ambas e que necessitam soluções urgentes. A concentração de comando só trás demora nas resoluções dos problemas. A descentralização dos mesmos irá proporcionar a ambas cidades mineiras, segurança, progresso, agilização da segurança pública, em falta nas duas atualmente.

Vamos aqui lembrar um fato importante acontecido com um dos maiores, senão o maior jornalista, radialista, comentarista, falecido recentemente em Araguari, deixando uma lacuna até hoje não preenchida na sociedade, e, em especial, no horário de seu programa político.

Estamos nos referindo a “Luiz Roberto Alessi”. Estamos nos referindo ao programa “Grão de Pimenta”. Até hoje, o horário radiofônico, das 11,30 às 12,00 horas está vazio. Nada e ninguém conseguem preenchê-lo. É uma lástima. Faz muita falta para resolução de problemas.

Um mês antes das eleições de 2004, o saudoso Alessi, entrevistou o então Comandante da 9ª Cia. de Polícia Militar Independente, então Major José Wilson da Paixão Lisboa. Foi ao vivo. Perguntas e respostas a queima roupa. A última pergunta foi: “Major José Wilson, o que está faltando para que a 9ª Cia. de Polícia, seja transformada em Batalhão” ?

O Major respondeu de pronto: “Vontade Política”.

Foi fantástico. Os dois passaram a comentar no ar a resposta dada pelo Major, sendo que o Alessi, passou então a conclamar os políticos araguarinos a se manifestarem quanto ao problema, pois com a resposta dada, confirmou que a Polícia Militar, possui em nossa cidade, toda a estrutura necessária para a instalação de um Batalhão, sendo que conforme o então Major José Wilson, só faltava a Vontade Política para a realização desta importante, necessária e urgente transformação.

As eleições vieram. Nosso Prefeito foi reeleito para mais quatro anos de governo. Isto deixou em todos a "quase” certeza de que teríamos agora o Batalhão de Polícia Militar em Araguari.

Com o desenrolar dos acontecimentos, resolvemos após uma longa e proveitosa conversa na época com o Major José Wilson, a fazermos também uma campanha através de nossa coluna “Ponto de Vista”, para alertarmos e colaborarmos com o progresso da cidade, ao mesmo tempo, ajudando a conseguir a vinda do Batalhão P.M. para Araguari.

Fizemos então um Ponto de Vista intitulado “Vontade Política”.

Nele narramos tudo que acontecia na cidade. Politicamente falando, narramos as responsabilidades de um por um de nossos representantes. O Vice Prefeito tinha renunciado e empossado Deputado Estadual, ocupando assim uma cadeira no Legislativo Estadual. Marlos Fernandes está lá, fazendo o que está a seu alcance.

Posteriormente, em mais matérias, citamos o prédio ocioso, deteriorando-se com o tempo, situado na rua Josias Batista Leite (interessante, não consta da lista telefônica o endereço), prédio este da CEMIG, Companhia Energética de Minas Gerais, que se encontra jogado às traças, abandonado. Abandonado? Sim, praticamente abandonado, porque nele só se encontram meia dúzia de funcionários, pelo fato de tudo que a CEMIG fazia em Araguari, ter sido terceirizado, deixando suas sólidas, modernas, amplas instalações ao relento. Escritórios? Duas pessoas resolvem tudo nos computadores. Trabalho burocrático: terceirizado. Manutenção de rede: terceirizado. Ligações e desligações: terceirizado. Leitura de medidores e entrega de contas: terceirizado. Até a praça de esportes no pátio da empresa é usado pelos funcionários das empresas que empreitaram os serviços.

Assim sendo, como sugerimos anteriormente, insistentemente, que aquele monstruoso e ocioso prédio, seja aproveitado, e, nada nele poderia ser mais bem instalado, do que o Batalhão da Polícia Militar.

Por que? Ora, tudo é do Estado de Minas Gerais. Seria o Estado servindo o próprio Estado. Estamos em ano político, e, antes que entremos no período eleitoral que a tudo impede, o Senhor Governador das Minas Gerais, Aécio Neves, bem que poderia transacionar a finalidade do imenso prédio, transformando-o na sede da Polícia Militar.

Para isto, voltamos lá atrás. Voltamos no saudoso Alessi, em sua entrevista com o Major José Wilson. “Vontade Política”.

Senhores políticos araguarinos, senhores políticos que aqui conseguem votos e mais votos em suas eleições a deputados. Senhores políticos que aqui vêm por ocasião de posses de diretorias importantes, como ACIA, CDL, e outros acontecimentos que vale a pena se mostrarem, ajudem aos que ocupam cargos locais a ajudarem Araguari. Façam por merecer os votos que daqui arrancam. Intercedam a favor da instalação do Batalhão da Polícia Militar em nossa cidade. Ajudem Patrocínio também. Não temos nada contra. Muito pelo contrário, é segurança para todos. Para nós, nossas famílias, para os cidadãos. Vamos cortar o mal pela raiz. Temos tudo para o Batalhão aqui ser instalado. Vejam só este que citamos no momento. Analisem. Passem na porta e vejam o tamanho do patrimônio. A grandeza do investimento lá feito e jogado às traças como dissemos. Uma solução urge. O tempo é escasso e rápido.

Aloisio, caro amigo blogueiro. Não queremos que você ganhe e nem perca a aposta feita quanto ao Batalhão de Patrocínio sair antes do de Araguari. Queremos que os dois saiam. Que nossos líderes, governantes, homens do poder, resolvam tal situação. Para isto basta uma única coisa, coisa esta nas palavras do hoje Ten. Cel. José Wilson da Paixão Lisboa, dita quando ainda era Major:

“Vontade Política”.

Que os homens que possuem o poder a tenham.

E o horário das 11,30 às 12,30 horas no rádio araguarino continua vazio. Ainda não surgiu ninguém, que pelo menos criasse um programa para os ouvintes do Alessi ouvirem. Um programa sério, político para a política araguarina. Uma legião de ouvintes sem terem o que ouvir.

Era o que tínhamos.

Que Deus nos abençoe.

Um abraço.

quinta-feira, abril 20, 2006

ADVOCACIA - A ARTE DA TRANSFORMAÇÃO

Caros Leitores.

Vejamos o “Aurélio”:

“Advocacia” – Ação de Advogar – Profissão ou exercício da profissão de advogado. Advocacia administrativa. Tráfico de influência.

“Advogar”: Interceder a favor de; apadrinhar (vendo repelida a sua pretensão, pediu ao velho amigo que o advogasse). “Dize-lhe de mim o melhor que puderes dizer; advoga a minha causa com a tua eloquência habitual” (Artur Azevedo, Contos Cariocas, pag. 142).

Defender com razões e argumentos: “Maupassant, no célebre prefácio de Pierré et Jean, advoga um romance rigidamente objetivo, que represente com exatidão os atos, os gastos, o comportamento, em suma, dos personagens”. (Vitor Manuel de Aguiar e Silva, Teoria da Literatura, pag. 302).

Defender ou atacar (uma causa) em juízo.

Exercer a profissão de advogado.

Interceder, exorar: advogou pelo pobre homem.

Vejamos agora sobre:

“Transformação” – Ato ou efeito de transformar (-se), metamorfose. Regra lingüística que muda uma estrutura em outra.

Modificação do estado, de um sistema.

Qualquer operação em que se modifica um ente matemático, ou que se mapeia uma configuração em outra.

Vamos agora a “Advogado”:

Bacharel em direito legalmente habilitado a advogar, isto é, a prestar assistência profissional a terceiros em assunto jurídico, defendendo-lhes os interesses, ou como consultor, ou como procurador em juízo. Ordem dos Advogados do Brasil.

Patrono, defensor, protetor, padroeiro. Intercessor, medianeiro, mediador.

Para chegarmos onde queremos, vejamos a definição de “Moral”:

Conjunto de regras de conduta consideradas válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada. Conclusão moral que se tira de uma obra, de um fato.

O conjunto das nossas faculdades morais; brio, vergonha.

O que há de moralidade em qualquer coisa.

Que tem bons costumes.

Moral da história: conclusão ou lição moral inerente a um fato narrado.

Finalmente, para tratarmos do tema de hoje, vamos a definição de “Ética”: Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto.

Com tudo isto posto, vamos então agora, caros Leitores, ao horroroso “Caso Richthofen”, o assassinato frio, calculado previamente, estudado em seus mínimos detalhes, pela filha do casal, cruelmente executado por ela, Suzane, e, pelos irmãos Cravinhos, um dos quais, namorado da mesma.

Desnecessário se faz aqui narrarmos todo o acontecido, desde o crime praticado há anos atrás, a farsa encenada pelo trio quando do velório e do sepultamento do casal, da forma com que o caso caminhou, levando os policiais nele envolvidos a descobrirem o tremendo ardil friamente planejado, a prisão de todos, e, posteriormente a libertação de um por um, através de artifícios oferecidos pela própria Lei, Lei esta superada, arcaica, que proporciona aos bandidos, regalias que somente incentivam às pessoas de má índole, a caminharem pelos caminhos do crime, sabendo da impunidade dos mesmos, através das válvulas escapatórias oferecidas pelo obsoleto Código Penal Brasileiro, e, logicamente usadas pelos advogados patrocinadores das causas.

Não iremos aqui comentar a respeito do horrendo crime. Iremos sim, conforme o título de nosso Ponto de Vista, “Advocacia – A arte da transformação”, após verificarmos a definição de: Advocacia – Advogar – Transformação – Advogado – Moral e Ética, termos com o auxílio do “Aurélio”, avivado a memória dos caros Leitores, para analisarmos o que todos assistiram através da Globo, em seu programa Fantástico do último domingo, dias 09 e 16/04/2006.

Não a estamos divulgando, nem fazendo comercial a respeito da audiência que possui, mas sim, aproveitando de uma armação de reportagem, que acabou por virar a opinião pública não somente contra os assassinos, mas também contra a emissora, pela sua ânsia de liquidar o que já está liquidado, ou seja, a sentença fatal que cairá sobre a Suzane e os irmãos Cravinhos. Bandidos, criminosos pela própria natureza.

Será que podemos crer que “maldosamente”, abriram os microfones dos advogados antes do tempo propositadamente. Em sã consciência, um profissional vivido e experimentado como a Globo possui, cometeria um erro tão infantil, colocando no “ar” os diálogos antes do combinado.

Logo, quiseram desmoralizar os advogados da criminosa quando os mesmos a preparavam para a entrevista programada pela emissora, mantendo os microfones ligados antecipadamente.

Acham que eles estavam errados ? Lógico e evidente que não. Este é o trabalho de um advogado. Ou melhor, de um grande advogado. Não é qualquer um que sabe elaborar um esquema de defesa para um crime horrendo, indefensável, condenado antecipadamente, tanto pelo povo, como pela justiça, que já sente no corpo de jurados a condenação em seus olhos ansiosos com o castigo.

Faltou ética ? Absolutamente que não. Eles estão dentro da ética. Estudaram 5 anos para realizarem seus trabalhos. Os maiores e melhores professores de ética jurídica, deram seu veredito até elogiando a atuação dos mesmos. Quem assistiu reportagens pela TV, teve a oportunidade de ver ao vivo a esse respeito. Agiram com ética para tentarem amenizar a “carga” de culpa que carrega a criminosa.

Faltaram com a moral ? Lógico e evidente que não.

Os caros Leitores puderam, ao lerem sobre as definições do “Aurélio”, tirarem suas conclusões a respeito de tudo que vem acontecendo com este caso que ficará nos anais da história do mundo do crime.

E agora, como fica a Globo. Ela tenta a tudo justificar.

Podem os dois advogados, vítimas que foram de um suposto ardil fabricado pela emissora processarem a mesma, tanto por falta de ética, como a moral, como danos morais, como difamação de suas pessoas, como destruição de suas carreiras. Claro, lógico, evidente que podem. Não só podem, mas devem.

Além de ganharem as ações que na certa irão propor (se não é que já não propuseram), aumentarão seus patrimônios, uma vez, para patrocinar uma causa do naipe da que se dispuseram a atuar, altos honorários cobraram para tal.

E a Suzane e os irmãos Cravinhos dentro dos conhecimentos que temos e perante o que vem se desenrolando desde o crime, serão banidos da sociedade que vivem, arcando com a pena máxima prevista em Lei e que o ser humano no Brasil pode ficar preso. 30 anos cada. Tomara ! É o que todos esperam.

Logo, afirmamos ser a “Advocacia – A arte da transformação”, profissão digna, honesta, que proporciona ao ser humano, vir a tona a verdade, a mentira, a inocência, a culpa, o perdão, a condenação, esclarecimentos muitas vezes olvidados pelo tempo.

Tempo, o maior culpado de erros judiciários. Tanto favorece como prejudica um réu. Réu, é todo aquele que responde por um processo. Até prova em contrário, ele é inocente.

A morosidade da justiça, faz com que o povo desanime de tomar providências extremamente necessárias quanto a acontecimentos recriminatórios.

Moral, ética, direitos e deveres, profissionalismo, o advogado tem e o merece ter. O órgão máximo da classe, a Ordem dos Advogados do Brasil, mantém seus olhos abertos quanto ao procedimento de cada um de seus filiados. Para nela adentrarem, respondem por uma prova de aptidão e conhecimentos jurídicos.

Trabalhando com a dignidade e respeito que lhes compete, são inquestionáveis em suas ações e gestos praticados. Antes de qualquer acusação contra qualquer um deles, que analisem profundamente o assunto, livrando-se assim de arcarem com ações compensatórias de acusações vãs, praticadas ou que venham a ser praticadas.

Nossas homenagens ao grande jurista, Professor, Dr. Miguel Reale, falecido em 14/04/06, aos 95 anos de idade. Era dono da cadeira nº 14 da Academia Brasileira de Letras.

Era o que tínhamos.

Que Deus nos abençoe.

Um abraço.

*Advogado – Pedagogo – Jornalista MTb – 08519 MG.

terça-feira, abril 18, 2006

PRESIDENTE DA ACIA DISSE ...

Peron,
Parabéns!Um jornalista como você, que contribuiu e contribui sobremaneira e constantemente com o franco-desenvolvimento de nossa cidade, demonstra, com esse novo espaço, total interatividade com os meios de comunicação disponíveis, cumprindo a risca o papel do jornalista de mais alto padrão: Levar a informação/opinião aos seus leitores.Agradeço também o magnífico artigo sobre a ACIA, posso lhe garantir que entrou para a história de nossa instituição.Um cordial e respeitoso abraço.
Nilton Eduardo Castilho Costa e Silva

sexta-feira, abril 14, 2006

COLUNA PONTO DE VISTA NA INTERNET

No dia 09 de abril de 2006 a coluna Ponto de Vista foi brindada com a abertura de um blog próprio. Isso aconteceu graças ao caro amigo Aloísio, do blog Panorama Araguari.

Há alguns anos atrás, foi publicado o primeiro Ponto de Vista, no jornal Diário de Araguari, edição nº. 1595 de 20/10/2000, com o título: "Cigarro, um mal necessário". Essa matéria originou a coluna "Ponto de Vista", hoje fazendo parte do jornal “Botija Parda".

Sua gentileza em transcrever os Pontos de Vista do jornal para seu concorrido http://www.panoramaaraguari.blogspot.com/ , acabou por fazer com que a coluna chegasse até a internet.

Felizes pela parceria, buscaremos trazer benefícios para nossa terra, visando proporcionar aos nossos leitores e internautas por este mundo a fora, conteúdos dignos daquilo que nos propusemos a fazer.

Assim sendo, agradecemos a divulgação dada pelo jornalista Aloísio à nossa coluna, e o incentivo para continuarmos trabalhando em prol da grandeza de nossa Araguari.

Um tríplice e fraternal abraço.
Antonio Fernando Peron Erbetta

quinta-feira, abril 13, 2006

POSSE DA ACIA

Caros Leitores.

Por se tratar do assunto do momento, não poderíamos deixar de abordar em nosso Ponto de Vista de hoje, a posse da nova diretoria da “Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Prestação de Serviços de Araguari”, conhecidíssima pela sigla “A.C.I.A”.

Estamos abordando o assunto, apesar do mesmo já estar bastante badalado, comentado, aplaudido e homologado desde o dia 08/04/06, quando da concorrida e elegante festa de posse no salão nobre do Pica Pau Country Club de Araguari, com a presença de aproximadamente mil pessoas.

Os comerciantes, industriais, e segmentos da agropecuária, tiveram sua noite marcante, prestigiada pela população araguarina, distintamente convidada, além dos amigos e funcionários das empresas filiadas a esta que é uma baluarte no progresso, no desenvolvimento, na grandeza de nossa querida Araguari.

Dentre os convidados, lá estávamos nós, não só como membro da Imprensa que somos, mas também, representando a Fundação Maçônica de Araguari, uma instituição das Lojas Maçônicas União Araguarina, Fênix nº 56 e Brasil Central nº 10.

Honrados ficamos com tão distinto convite, e, logicamente não poderíamos deixar de presenciar tão concorrida e esperada cerimônia que marca o início das atividades de uma nova diretoria, que renovada em parte, mantendo na direção homens que tendo os cargos substituídos, procuram colocar Araguari no lugar de destaque que ela merece.

Vamos a uma pequena retrospectiva de tudo que pudemos observar, assim como também, das diretorias que antecederam a atual, fazendo com que chegássemos onde chegamos, inclusive lembrado em nosso Ponto de Vista da semana passada, quando fizemos um relato do que éramos em 1956.

Em 1935, um destemido e arrojado araguarino, empresário Joaquim Alves Pereira, o inesquecível “Joaquim Aníbal”, que tem seu nome perpetuado em nossa cidade, fundou a A.C.I.A., em um ato de coragem e determinação, ao sentir que a cidade já comportava uma entidade de classe que viesse a unir os empresários, em busca da grandeza da terra que ele via carente de união para seu desenvolvimento. Seu nome é perpetuado não só na Associação que ele fundou, mas também e principalmente, na principal avenida que leva seu nome, sendo a mesma uma das mais importantes da cidade, devendo passar a ser a mais importante e disputada, através da modernização que a mesma sofrerá através de um projeto já aprovado pelo Senhor Prefeito Municipal, Psicólogo, Dr. Marcos Antônio Alvim, com o início das obras que a população aguarda com ansiedade.

Prestamos aqui nossa homenagem aos homens que dirigiram através dos anos, esta Associação que vem a ser dentre todas as entidades de classe, o orgulho máximo de nossa terra, comandando seus destinos comerciais, industriais, e agropecuários com a devida atenção que eles merecem.

Joaquim Aníbal, seu fundador, permaneceu no cargo de 1935 a 1937, ocasião em que pôde realizar seus sonhos através de suas atividades programadas.

Gerson Costa, deu continuidade aos empreendimentos da época, de 1937 a 1938, voltando a dirigir a entidade de 1946 a 1947, dado os relevantes serviços prestados à comunidade.

O atacadista, Augusto Costa, assumiu o posto de Presidente, no período de 1938 a 1939, deixando sua marca na história da entidade.

Antônio Barbosa, assumiu a presidência da Associação, no período de 1939 a 1940. A cidade crescia com os préstimos da entidade.

Surge Orlando Rodrigues Medeiros, que em 1940 foi eleito Presidente, ocupando o cargo até 1941. Dado a sucesso de sua gestão, foi reeleito em 1941, prosseguindo seu mandato até 1942.

No ano de 1942, estávamos vindo ao mundo, na vizinha cidade de Uberlândia, quando nossa família lá residia, prestando nosso pai, Julio Erbetta, serviços a extinta Cia. Prada de Eletricidade.

O país vivia no auge, a 2ª Grande Guerra Mundial. Tudo estava difícil, mas a luta do povo brasileiro continuava. A vida seguia.

Alfredo de Oliveira Santos, neste período conturbado, assumiu a presidência da A.C.I.A. em 1942, gerindo-a até 1943.

Encontramos aí, dentro do período de guerra, o comerciante Assad Saad, que destemidamente, comandou os destinos da entidade com o sucesso devido de 1943 a 1944.

Já entrando no período de final de conflitos mundiais, Demócrito Wandenkolk, teve oportunidade de administrar o futuro comercial e industrial de nossa cidade de 1944 a 1945.

Terminado a guerra com a vitória dos aliados contra a tirania de Hitler, com a vida continuando em todas as suas atividades, assumiu a direção da Associação, o senhor Antônio Lemos da Silva, no biênio 1945 a 1946. Emprestou seus préstimos ao nosso desenvolvimento.

Em 1947, assumiu o cargo, eleito para o mesmo, o senhor Milton de Lima, permanecendo até 1948. Deixou sua marca de progresso.

Antônio Boaventura Sobrinho, em 1948, foi eleito para a presidência da A.C.I.A., cumprindo seu mandato até 1950. Este conhecemos e convivemos deste tenra idade, pois aqui chegamos com nossos pais em 1949, e, em virtude das atividades de nosso pai, seu relacionamento foi extenso, donde os laços de amizade se formaram, abrindo os conhecimentos que guardamos em nossa memória. O senhor Antônio Boaventura Sobrinho, entusiasta de nossa terra, foi reeleito para o cargo e geriu os destinos da classe de 1967 a 1969. Grande amigo de nosso pai, teve seu apoio quando vivo. Em 1966, deixava ele a vida que amava, partindo para o Oriente Eterno. Boaventura nos deu apoio e solidariedade.

Calimério Pereira de Ávila, teve oportunidade de comandar a entidade de 1950 a 1952. Deixou registrada sua passagem por ela.

Um grande nome surge, um líder nato, empresário e político destemido, assume, eleito que foi para o período de 1952 a 1954, Teodoreto Veloso de Carvalho, que com gestão significativa, foi reeleito para o período de 1969 a 1971, deixando uma marca indelével de sua capacidade, marca esta que o levou ao terceiro mandato, de 1971 a 1973. Foi a articulador da Criação da Federaminas – Federação das Associações Comerciais, Agropecuárias e de Serviços de Minas Gerais.

Lutero Vieira, homem dinâmico, toma posse em 1954, gerindo a Associação até 1956.

Wady Gebrim, dirigiu a entidade de 1956 a 1958. Foi destaque no associativismo. Um grande mandato.

Surge Natal Mujalli, que em 1958 se elege para a presidência da classe, indo até 1960, quando também pelos relevantes serviços prestados para a comunidade, se reelege para o mandato de 1960 a 1962, e, em seguida, novamente para o biênio 1962 a 1963. Foi o idealizador do Prédio Próprio da A.C.I.A. Lembramos que nestes anos, grande crise energética vivia o interior do Brasil. Araguari, Uberlândia, Tupaciguara, cidades circunvizinhas goianas, também enfrentavam a crise. Estes homens somaram para sanarem os problemas advindos com a mesma.

Em 1963, João Maldonado Filho, é eleito Presidente para o mandato até 1964, cumprindo sua parte para com a cidade.

Napoleão Rodrigues Borges, um entusiasta por Araguari, comandou os destinos da classe de 1965 a 1966.

De 1966 a 1967, Gabriel Veloso de Araújo, assumiu a direção da entidade, se destacando também no associativismo.

Em 1975, assume a presidência, José Vasconcelos Montes, indo até 1977, emprestando toda sua capacidade pela nobre causa.

Nairon Perfeito teve a seqüência de atividades, dirigindo a Associação de 1977 a 1979, com o sucesso merecido.

Os grandes nomes se sucedem na presidência da A.C.I.A. Desta feita, assume a mesma, Oswando dos Santos Monteiro, jovem empreendedor, dirigindo a entidade de 1973 a 1975; em conseqüência ao sucesso obtido, a classe o reelege para o mandato de 1979 a 1981; deixando sua marca no progresso de Araguari, Oswando assume novamente, pela terceira vez, a presidência da A.C.I.A., de 1991 a 1993.

Rui de Paiva Lima, deixou sua marca na administração da classe no período de 1981 a 1983, com grande atuação.

Nacim Canut, com seu dinamismo, sua juventude, imprimiu o progresso de 1983 a 1985 na presidência da Associação.

Assume também a direção em 1985, indo até 1987, o também jovem empreendedor, Leonardo Daher de Melo.

Outro araguarino de destaque empreendedor e associativista, dirigindo a A.C.I.A. por três mandatos, de 1987 a 1989; 1989 a 1991 e 1993 a 1995, foi José Brandão. Mandatos proveitosos e respeitados.

Hélio Alves Ferreira, com sua determinação e dinamismo, emprestou sua colaboração aos destinos da classe por dois mandatos, de 1996 a 1998 e 1998 a 2000, com relevantes serviços à comunidade.

Rubens Martins Araújo, assume a presidência em 2000, indo até 2001, imprimindo ritmo de grandeza à Associação.

Em 2002, toma posse o entusiasta por Araguari, Antônio Carlos Antonietti, gerindo os destinos da entidade até 2003.

Em 2004, um jovem desponta para conduzir a classe até 2006, Nilton Eduardo Castilho Costa e Silva. Com o sucesso conquistado, se reelege para o cargo, tomando posse neste dia 08 de abril de 2006, em uma posse que ficará nos anais da história, não só da A.C.I.A., mas também de nossa terra, Araguari.

Presentes na festa de posse, empresários, cidadãos, políticos, autoridades várias, senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos, vereadores que prestigiaram a posse dando seus totais e irrestritos apoios, apoios estes que nós, araguarinos que somos, pedimos, humildemente, não tenha sido apenas no momento da posse solene, mas sim, no decorrer do mandato destes homens que se dispõem a lutar pela grandeza de Araguari no cenário nacional, proporcionando sobrevida à população ávida de progresso.

De parabéns diretoria eleita e empossada. De parabéns Araguari querida. De parabéns, povo araguarino pela entidade de classe que possui e que grandes homens dirigiram.

Era o que tínhamos.

Que Deus nos abençoe.

Um abraço.

*Advogado – Pedagogo – Jornalista MTb – 08519 MG.

domingo, abril 09, 2006

MEIO AMBIENTE

Caros Leitores.

Estamos acompanhando pela imprensa, problemas com o Meio Ambiente, provocados por indústrias de grande porte instaladas em nossa cidade, como: Curtume Vencedor; Frigorífico Mataboi; Indugaia; Tripan; Frigorífico Santa Lúcia.

As manchetes dos jornais de 01/04/06, são chamativas, como: Fedentina – MP quer sanar mal cheiro no Sibipiruna – aí vem a matéria relatando a audiência havida dia 31 de março com o Ministério Público para resolverem o problema. Consta que o Promotor de Justiça Sebastião Naves de Resende Filho, informou que deve oferecer multas e penalidades para cada caso, de acordo com a gravidade do problema, porque a responsabilidade ambiental é de cada empresa.

Estiveram presentes, representantes das indústrias de transformações acima citadas, assim como dos reclamantes, como Posto Brasileirão para discutirem o problema, ou seja, o mal cheiro exalado, à fedentina decorrente às atividades das empresas.

Outra manchete: Empresas são intimadas para resolver o problema da fedentina. Lemos a nota: Nesta sexta feira (31), representantes das empresas localizadas nas proximidades do Bairro Sibipiruna foram convocados a participar de uma audiência na qual foi discutido o problema da fedentina em Araguari. A reunião foi convocada pelo promotor e curador do Meio Ambiente, Sebastião Naves de Resende Filho. Depois vem a reportagem em detalhes.

O jornal Botija Parda, também do dia 31/03/06, em sua página 5, coluna do Dr. Cláudio H.L.Domingos, trata do assunto da seguinte forma:” Audiência – Hoje, sexta feira, às 9 horas acontece audiência no Ministério Público a respeito da fedentina que atinge os bairros que circundam o córrego Brejo Alegre.

O mal cheiro cai sobre a cidade no final de tarde sempre quando o ar está parado e úmido. Reclamam que no bairro Sibipiruna ninguém agüenta.

Nas escolas da redondeza, à noite é insuportável. Há que haver solução para o problema”.

Diante dos acontecimentos, nós, resolvemos publicar alguns trechos de nosso Ponto de Vista editado em 24/05/05, no jornal Botija Parda, há um ano atrás, intitulado “Há 50 anos”, onde retrata nossa Araguari, exatamente como era. Reduzimos a matéria, deixando apenas os dados estatísticos para comentários e comparações.

De antemão, gostaríamos de dizer, que como nosso Ponto de Vista – “Lugar errado”, publicado recentemente, quando da realização do carnaval no Parque de Exposições, mantemos nossa afirmativa em lembrar aos araguarinos que nossa terra cresceu. Os arrabaldes viraram cidade. O preço do progresso é caro para alguns, ou sejam, os industriais, assim como as conseqüências do mesmo. Exigem modificações, adaptações várias para seus funcionamentos. Alguns inclusive, necessitam mudança de locais para sobreviverem. Aí é aquele caso: vale ou não a pena tanta despesa.

Então vamos lá, vamos em Araguari, 1956. Dados extraídos da Revista da Rádio Cacique de Araguari, em matéria do saudoso Dr. Fernando P. Lima. Vejam o que éramos, o que possuíamos.

ADMINISTRAÇÃO – Eduardo Rodrigues da Cunha Neto

SITUAÇÃO, SUPERFÍCIE, POPULAÇÃO LIMITES E RIOS.

SITUAÇÃO – Extremo território mineiro.

SUPERFÍCIE – Área de 2.788 quilômetros quadrados.

POPULAÇÃO – 50 mil habitantes.

DISTRITOS – Amanhece, Piracaiba e Florestina.

ELEITORADO – O corpo de eleitores do município é de 18 mil votantes.

AGRICULTURA E PECUÁRIA – Terra úbere, Zona Rural extensa.

2 mil proprietários agro-pastorís. Rebanho fino das raças GIR e INDU-BRASIL. Boa produção de Arroz, feijão e milho.

PRODUÇÃO AGRÍCOLA – Profícua e satisfatória na comparação das grandezas.

INDÚSTRIA – Desenvolvida e eficiente: 17 máquinas de beneficiar cereais; 3 CHARQUEADAS; 3 fábricas de manteiga; 1 CURTUME; 15 fábricas de móveis – marcenarias e carpintarias; 6 fábricas de banha; 8 fábricas de bebidas; 7 selarias, fábricas de calçados e artefatos de couro; 9 de ferragens; 5 de panificação; 1 DE ADUBO ANIMAL; 2 de colchões; 5 de balas e doces secos; 6 de ladrilhos; 1 de fogões; 5 de aguardente açúcar redondo; 4 de vassouras; 4 cerâmicas; 5 caieiras; 5 torrefações de café, farinha e polvilho; 1 fábrica de tecido; 2 fábricas de macarrão e bolacha.

COMÉRCIO – Ativo e desenvolvido, com 300 estabelecimentos comerciais.

SERVIDO POR AGÊNCIAS BANCÁRIAS – Mineiro da Produção S/A; Banco do Brasil S/A; Banco do Comércio e Indústria de Minas Gerais S/A; Banco de Crédito Real de Minas Gerais S/A; Banco Nacional de Minas Gerais S/A.

ASPECTO URBANO – Prédios 8.510 (Urbanos e suburbanos).

AGÊNCIAS – Agências das Caixas Econômicas Federal e Estadual; Agência de Geografia e Estatística; duas de jornais e revistas.

AUDITÓRIOS – RÁDIO CACIQUE – Rádio Araguari – Colégios Regina Pácis e Coração de Jesus.

AEROPORTO – Situado a dois quilômetros da cidade. Pistas encascalhadas de 1.250 por 100; 900 por 100; 600 por 100, com linhas regulares da Vasp, Nacional-Real-Aerovias.

BIBLIOTECAS – Municipal, Sagrado Coração, Regina Pácis, Humberto de Campos e Pio XII.

CARTÓRIOS – 1º; 2º; 3º Ofícios – Cartório do Registro Civil; Títulos e Documentos.

CASAS COMERCIAIS – Alfaiatarias 18; automóveis, peças, lubrificação, abastecimento 18; aluguéis de bicicleta 6; açougues 20; barbeiros 31; Cafés, doces, quitandas, bebidas 42; Confeitarias, bares, 20; Couros, calçados 21; Drogarias e farmácias 10; Eletricidade (artigos de) 12; Fazendas, armarinhos, 37; Fumo, atacado 2; Lavanderias 10; Móveis 5; livrarias e tipografias 5; Oficinas de consertos mecânicos, ferrarias, 20; Padarias 5; rádios, relógios, jóias, ourivesaria (consertos de) 10.

CINEMAS – Cine Rex, Cine Lux e um se inaugurar, Cine Pax.

E AINDA – Clubes 10; Hotéis 10; Pensões 21;

INSTRUÇÃO – 3 colégios de estudos secundários, (Externato, Internato, Semi-Internato) 1 escola profissional, 2 escolas primárias particulares, 27 escolas municipais, 3 escolas agrupadas, 3 grupos escolares.

IMPPRENSA – Dois Diários – Diário de Araguari e Gazeta do Triângulo.

DUAS EMISSORAS DE RÁDIO TRANSMISSÃO – Rádio Cacique e PRJ – 3 Rádio Araguari.

1 SEMANÁRIO – Albor . (A CIDADE não está circulando).

E MAIS AS REVISTAS: VENTANIA, CUZANDO O DISCO E AGORA A “REVISTA DA RÁDIO CACIQUE”: Uma mensal, outra quinzenal e outra esporádica. Finalmente um Informador Comercial de grande penetração e tiragem.

PROFISSÕES LIBERAIS – Médicos 35 (clínicos e cirurgiões); Advogados 15 (hoje mais de 400); Engenheiros 10 (diversas especialidades); Farmacêuticos 15; Cirurgiões dentistas 25.

RELIGIÃO – Predominantes: Católica, Presbiteriana e Espírita – 30 Templos, igrejas e capelas – Beneficentes 15 – Esportes 5

SERVIÇOS PÚBLICOS – Energia Elétrica, iluminação pública sob a responsabilidade da Cia. Prada de Eletricidade; rede de água e esgoto, serviços municipais, assim como o da Limpeza Pública, Telefones e automáticos.

MINAS NÃO EXPLORADAS – Mármore (em industrialização na fazenda da Bucaina e Carvão na Fazenda da Cachoeirinha).

QUEDAS D`ÁGUA – Dos Patos – Rio Piracaiba 40.000 HP. Cachoeirinha – Corrego afluente do Paranaíba 130 HP - Bom Jardim – Córrego afluente do Jordão 500 HP – Piçarrão (afluente do Jordão 1.500 HP – Do Funil Rio Paranaíba 40.000 HP – Lapinha – Rio Paranaíba 20.000 HP – Surubi – Rio Paranaíba 25.000 HP.

RENDAS – FEDERAIS Cr$ 15.646.958,50 – ESTADUAIS – Cr$ 30.895.000,00 – MUNICIPAIS – Cr$ 18.279.444,10

VEÍCULOS – 344 automóveis; 250 caminhões; 108 camionetas; 33 tratores; 47 carroças; 33 motocicletas; 27 ônibus; 1.915 bicicletas.

Muito bem caros Leitores.

Isto posto, podemos fazer uma bela comparação do que fomos e do que somos. Currutela, lugarejo transformado em metrópole, grande e progressista cidade. Araguari.

Mudanças se fazem necessárias. Locais distantes que abrigavam as então CHARQUEADAS, hoje são locais privilegiados. As antigas CHARQUEADAS, hoje FRIGORÍFICOS continuam nos mesmos locais. Ou se modernizam com filtros, transportes adequados, ou se mudem para locais mais distantes.

O mesmo se aplica para outras atividades. Exemplo: o Parque de Exposições Rondon Pacheco. Totalmente fora de local. Exposição de gado, no centro da cidade ? Aí é demais. Onde estão os homens arrojados que possuíamos há 50 anos atrás ? A nova safra apenas aproveita o que fizeram. Não inovam, não se mudam, não se preocupam com os demais, apenas com eles mesmos.

Vejam pelas estatísticas, o que possuíamos e façam um levantamento do que somos hoje.

O empresário, Marcos Coelho de Carvalho, já transferiu sua transportadora para a BR-050. Onde se encontrava, já não o comportava mais. Homem de visão e grande compreensão.

Grande problema para o Meio Ambiente, mas seu Curador, Dr. Sebastião Naves de Resende Filho, sabe perfeitamente como conduzir a um bom termo o impasse criado.

Era o que tínhamos.

Que Deus nos abençoe.

Um abraço.

*Advogado – Pedagogo – Jornalista – MTb – 08519 MG.

PUBLICADO NO DIA 09/04/2006, NO BLOG www.panoramaaraguari.blogspot.com

ARBITRARIEDADES BANCÁRIAS

Caros Leitores.

Vamos lá, vamos no “Aurélio”, vermos o que quer dizer “arbitrariedade”. Encontramos ser a qualidade de arbitrário. Ação ou procedimento arbitrário (tal juiz faz-se notar, lamentavelmente pela arbitrariedade). Representação do mundo real por elementos lingüísticos que carecem de correspondência física com as entidades por eles referidas.

Isto posto, iniciaremos nossas narrativas.

Dia 14 de março, em um determinado estabelecimento bancário, estávamos na fila “dos idosos, gestantes e deficientes”, aguardando pela nossa vez de sermos atendidos. Na nossa frente, o grande mestre, jurista, Dr. Juvenil de Freitas (divulgação devidamente autorizada pelo próprio), com documentos a serem pagos no caixa que pacientemente atendia os aposentados, idosos, gestantes, deficientes, pois, com a idade e os problemas, a maioria sofre para entender as novidades da informática.

Passada meia hora que ali estávamos (por Lei são 20 minutos, mas que se dane a Lei), chegou a vez do ilustre advogado. Ele então entregou ao funcionário do caixa, os documentos a serem pagos. O “caixa”, peremptoriamente, sem pestanejar, disse ao Dr. Juvenil, sendo ouvido por todos: isto aqui é I.P.T.U., e tenho ordens de não receber. Se o senhor quiser pagar, somente no “Caixa Eletrônico”. Não só o ilustre mestre ficou pasmado, mas também todos nós que estávamos na fila aguardando nossa vez. Dr. Juvenil então questionou: como não posso pagar ? O banco está autorizado a receber e eu quero pagar. O caixa respondeu: cumpro ordens superiores, não posso receber I.P.T.U. no caixa, ele só pode ser pago no Caixa Eletrônico, repetiu. Dr. Juvenil, vermelho de vergonha pelo vexame que passou e também por ter ficado irado, dirigiu-se até a gerência, e, foi informado que somente o Caixa Eletrônico procederia o recebimento do bendito I.P.T.U.. Voltou então ao caixa, insistiu com o funcionário, tenho o direito de pagar aqui e quero pagar minhas contas. Isto é um absurdo, disse ele. De nada adiantou. O caixa se negou novamente a receber.

Para variar, nós que estávamos logo atrás dele, assistindo a tudo, como amigo, ex-aluno, e colega de profissão, dissemos: Dr. aja de acordo com seus direitos. Proceda o pagamento em juízo, arrole-nos como testemunha e peça indenização por danos morais. É um direito que o senhor tem e deve ser respeitado. O que o banco acabou de lhe fazer é imperdoável. Apresente queixa no PROCON também. Afinal, o senhor é um cidadão, e como tal deve ser respeitado.

Um outro cidadão presente na fila disse: se o senhor for em uma Casa Lotérica da Caixa Federal, o senhor faz o pagamento no caixa.

E o nosso Dr. Juvenil acatou a sugestão do outro sexagenário e foi para a agência da Loteria mais próxima pagar o seu I.P.T.U., obtendo o recibo na hora.

Perguntamos: Isto é ou não é uma “Arbitrariedade Bancária” ? O banco deve ou não responder por infringir a Lei que determina o tempo de espera na fila, assim como também a de negar o recebimento de um documento que está autorizado a receber, o fazendo apenas em Caixas Eletrônicos ? Estão ou não forçando o cidadão, o cliente, o usuário do banco a usarem somente os Caixas Eletrônicos ? Sabem os funcionários que gradativamente eles, estão sendo substituídos pelas “máquinas”, estando sua profissão em extinção ? Inclusive a gerência ?

Existem bancos, que estão com funcionários de 20 anos de trabalho, funcionários que responderam até pela gerência, servindo de instrutores de “Caixas Eletrônicos”. Eles estão lá, nas filas, procurando disfarçadamente forçar o “cliente”, freguês do banco a “ir” para os Caixas Eletrônicos. Muitos já perceberam que seus dias como bancários estão contados.

Foi-se o tempo que o Banco do Brasil aqui em Araguari tinha seus 140 funcionários. Hoje deve estar com uns 20. Será ? E os demais estabelecimentos bancários, quantas famílias eles proporcionaram sobrevivência. Hoje, funcionam com meia dúzia de funcionários que defendem com unhas e dentes seus empregos.

Isto chama-se “INFORMÁTICA”. A “MÁQUINA SUBSTITUINDO O HOMEM”. No final será necessário apenas uma pessoa, um funcionário para no início do dia, acionar a “TECLA” que diz: “ABERTO”.

Dr. Juvenil, acatou tudo e não tomou providências para evitar conseqüências que prejudicassem os funcionários cumprindo ordens superiores. Senhores funcionários, agradeçam a ele o gesto praticado.

Querem mais. Lá vai outra, desta feita, com nossa pessoa.

Dia 22 de março, pela manhã, tiramos o extrato bancário de nossa conta. No mesmo banco acima citado.

Fazendo a verificação, constatamos que no dia 21, entrou um cheque nosso no valor de R$ 129,00. Conferimos o número do cheque e o lançamento estava incorreto, errado. O valor do cheque era de R$ 115,00. Em ato contínuo, fomos até a gerência e apresentamos nosso extrato e o talão de cheques. Erro comprovado por nossa parte.

Sabem o que aconteceu ?

Tivemos como resposta: o senhor faça um requerimento ao banco, solicitando um “microfilme” de seu cheque, pois o mesmo foi compensado na Caixa e o erro foi lá.

Não querendo crer no que ouvíamos, interpelamos já irritados com a imposição feita: não faremos requerimento coisa nenhuma, não nos interessa saber se o erro foi da Caixa ou não. Nossa conta é aqui, nosso cheque é daqui e queremos imediatamente o ressarcimento da diferença em nossa conta agora. Caso contrário iremos para a justiça e pediremos indenização pelo erro e afronta que estamos sofrendo. Foi ligação telefônica de todo lado que a gerência fez, mas na última, foi dada a ordem de corrigirem o erro deles imediatamente. O que foi feito.

Já pensaram, caros Leitores, se não tivéssemos saldo na nossa conta e por R$ 14,00, ou menos, o cheque fosse devolvido “sem fundos”? Como ficaria nossa situação ? Cheque devolvido ! E ai ? Até conseguirmos provar tudo. Que mão de obra.

Perguntamos: isto é ou não é uma “Arbitrariedade Bancária”

O banco sabia e sabe que estava errado. Primeiro eles tentam submeter o cliente às suas normas. Não conseguindo, abaixam a cabeça e procedem corretamente.

Ainda dissemos a gerência: o tempo de vocês está acabando. As máquinas irão substituir o ser humano.

Querem mais ?

Conosco também. Pasmem.

Em 2004, vendemos nosso carro para uma pessoa. Infelizmente, ela não procedeu a transferência do mesmo. Para nos eximirmos de problemas futuros, procedemos junto ao DETRAN, o IMPEDIMENTO do veículo como “VEÍCULO VENDIDO E NÃO TRANSFERIDO”.

Agimos na hora, pois o veículo recebeu nada mais, nada menos que 13 autuações, sendo que 7 delas foram transformadas em multas. As demais estão em tramitação.

Verificando junto ao DETRAN constantemente, tanto pelo fato do correio estar nos trazendo as notificações em casa, como para continuar resguardando nossos direitos, constatamos que o veículo além do IMPEDIMENTO por nós interposto, estava também com uma ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA em favor do mesmo banco onde tudo que narramos desde o começo até agora aconteceu.

Pelo que constatamos junto ao DETRAN via Internet, é que as multas, estão sendo pagas, o I.P.V.A, de 2006 ainda em débito aberto e 6 autuações aguardando transformação em multa.

Perguntamos: isto é ou não é uma “Arbitrariedade Bancária”? Como pode um banco fazer um financiamento de um veiculo sem a devida documentação em dia com o novo proprietário ? Como foi feito tudo isto ? Como estão os lançamentos ? Não assinamos documento algum, a não ser o Recibo de Venda do Veículo a uma determinada pessoa, e assim mesmo em 2004. Afirmamos como advogados que somos, ser isto um crime, sujeito a penas pesadas. Como se procedeu o financiamento do carro sem transferência do mesmo ? Em nome de quem saiu este dinheiro ? Fomos usados como vendedor. Será o comprador o mesmo do recibo que emitimos ? Se não o for, é uma “fraude bancária”. Que a verdade venha à tona.

Estas arbitrariedades bancárias são estapafúrdias. Inacreditáveis. Este banqueiros estão mexendo em cidadãos, e, estes cidadãos são merecedores de todo respeito, pois além de darem os lucros vultuosos às instituições, são seres humanos, e como tal, dispostos a tomarem as providências cabíveis em cada caso.

Temos em mãos todos os documentos comprobatorios do que acabamos de narrar. Tornando-se necessário, virão à tona. Doa a quem doer. Nada temos a temer, muito menos a dever. Que se cuidem.

Afinal, alguém precisa “gritar pelos seus direitos”.

Talvez assim, surta efeito para as correções necessárias.

Ah, em tempo, gostaríamos que parassem com as insistências em dar-nos cartões de crédito por telefone. Eles não tem hora para ligarem. Sábados, domingos, feriados, hora do almoço, à noite. Argumentos vários são usados ridiculamente. O povo está saturado. Chega !

Era o que tínhamos.

Que Deus nos abençoe.

Um abraço.

*Advogado – Pedagogo – Jornalista MTb – 08519 MG.

PUBLICADO NO DIA 31/03/2006, NO BLOG www.panoramaaraguari.blogspot.com

QUAL A MAIS PESADA

Caros Leitores.

Semana passada, apresentamos nosso Ponto de Vista com o título “O peso da Cruz”, sendo que nela narramos uma história na qual um cidadão não se conformava com a sua cruz, querendo trocá-la por outra.

Pois bem, recebemos diversos telefonemas e e-mails a respeito, sendo que uns, até sugerindo fazer comparações com acontecimentos recentes, no que diz respeito aos problemas dos prefeitos de Araguari.

Prefeitos de Araguari? Questionamos.

Como resposta tivemos: sim, quem vem a ser o prefeito de Araguari na atual conjuntura? O Psicólogo, Dr. Marcos Antonio Alvim, ou Wanderley Inácio.

Ainda disseram: qual dos dois carrega a “Cruz” mais pesada?

Ora, caros Leitores, lógico e evidente que tais questionamentos despertaram em nós uma curiosidade muito grande de conversamos a respeito através de nossa coluna, Ponto de Vista, pois, sem dúvida alguma, trata-se de um assunto que vem deixando além da população araguarina, ambos “Prefeitos”, simplesmente na balança com os acontecimentos, senão vejamos.

O prefeito eleito, diplomado e empossado em 01 de janeiro de 2005, foi o Psicólogo, Dr. Marcos Antônio Alvim. Reeleito para o cargo de Prefeito Municipal de Araguari.

Passado um ano de sua posse, com a denúncia de irregularidades na campanha, feita por diversos partidos, a Vara Eleitoral, decidiu que procedia a denúncia de que o Procurador Geral do Município, sem deixar o cargo, trabalhou na campanha eleitoral que reconduziu o Psicólogo, Dr. Marcos Antônio Alvim à Prefeitura, coordenando a campanha, e em horário de trabalho municipal, tratava de assuntos da coligação no Fórum Oswaldo Pieruccetti.

Como resultado da infração eleitoral, com a confirmação feita pelo referido Procurador em juízo que estava realmente tratando da campanha eleitoral no horário de expediente na Prefeitura, houve o Juiz Eleitoral, proceder a CASSAÇÃO do Psicólogo, Dr. Marcos Antônio Alvim, do cargo de Prefeito Municipal, e, como a cidade não possui Vice Prefeito, proceder as DIPLOMAÇÕES do segundo colocado nas eleições, Wanderley Inácio, o popular “Mãe Preta”, juntamente com seu Vice, Dr. Delermando Veloso de Araújo, como Prefeito e Vice, com posse imediata dos cargos.

Para os referidos senhores foi uma surpresa geral.

Para Araguari foi um “bomba” fenomenal, pois, ninguém esperava.

Daí, após a posse do Wanderley e do Dr. Veloso, com um secretariado montado às pressas para suprir os cargos e darem início aos trabalhos, os advogados do então prefeito cassado, Psicólogo, Dr. Marcos Antônio Alvim, agiram de pronto em Belo Horizonte, e após onze dias, conseguiram reconduzir ao cargo de Prefeito de Araguari, o referido Psicólogo, ficando o novo Prefeito e Vice, diplomados e empossados, afastados dos cargos, que por força de Lei, agora são deles, uma vez estar o Psicólogo, Dr. Marcos Antônio Alvim, governando sob a força de uma “LIMINAR”, que poderá vir abaixo a qualquer momento, se tudo correr conforme determina a Lei.

Tudo vai depender dos respeitáveis membros do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Minas Gerais, membros estes, que carregam nas costas também, o peso das cruzes que lhe foram impostas.

Mas vamos lá ao título de nosso Ponto de Vista de hoje.

“Qual a mais pesada?”

Será que o Prefeito investido do cargo sob uma Liminar, governa com a tranqüilidade que ele procura demonstrar possuir? Será que o peso da cruz que carrega, ser ou não ser o Prefeito de Araguari para o mandato de 2005 a 2008 é suportável até o final do mandato se este vier a acontecer? Será que ele conseguirá manter a calma e tranqüilidade aparentes em reuniões, como se não houvesse nada de grave no assunto tratado? Será que ele transmite aos seus assessores, toda a paz e segurança necessária para a realização de um trabalho digno e honesto como tem que ser? Será que ele pensa que o cidadão araguarino está em paz e conformado com a situação criada por um erro grotesco, infantil, vaidoso, imperdoável cometido por ele ao permitir a participação de membro do governo em sua campanha sem se desencompatibilizar do cargo, para trabalhar na campanha política? Será que o Psicólogo, Dr. Marcos Antônio Alvim, dorme tranqüilo todo final de cada dia de trabalho, sendo que não sabe se vai amanhecer Prefeito de Araguari ou não? E seus assessores, estão tranqüilos com os acontecimentos? Será que realmente são leais ao chefe ou estão em cima do muro aguardando os acontecimentos para tomarem suas atitudes? Que Cruz pesada Vossa Excelência, Psicólogo, Dr. Marcos Antônio Alvim vem carregando no seu dia a dia, não é mesmo?

Cremos nós que ela não o deixa em paz nem um minuto. Que dúvida danada, custosa, difícil de se resolver. Que Cruz desajeitada de se carregar. De qualquer lado que a pegue, que a segure, nunca se tem certeza de que dará conta de ir até o final da jornada.

Quanto as Cruzes do Wanderley Inácio e do Dr. Veloso, estas estão sendo carregadas com tranqüilidade, com paciência, com a certeza de que por força de Lei, são realmente PREFEITO E VICE PREFEITO DE ARAGUARI.

Estão tranqüilos, pois foram DIPLOMADOS e NÃO CASSADOS pela Lei Eleitoral em primeira instância. Aguardam agora em Belo Horizonte a confirmação da sentença dada pelo Juiz Eleitoral de Araguari. Carregam Cruzes suportáveis, e até pesadas demais pela forma de julgamento e recursos impetrados contra eles.

Nada se faz escondido. Nada se faz às escuras. Tudo que se faz até entre quatro paredes, torna-se público, mais cedo ou mais tarde. Foi o que aconteceu. E, este acontecimento se deu abertamente, às claras, com a confissão do Procurador no próprio processo. É o que torna as cruzes do “Mãe Preta” e do Dr. Veloso, mesmo pesadas, mais fáceis de serem conduzidas.

Mais pesadas de todas, são as cruzes dos julgadores deste, que é um fato inusitado em Araguari. Nas mãos deles encontra-se os destinos de nossa cidade.

Que o peso da Cruz de cada um deles, recompense com Justiça, a injustiça que recursos jurídicos podem proporcionar a infratores da Lei, que em conseqüência trazem instabilidade para uma cidade, e, logicamente para seus cidadãos.

De uma forma ou outra, a situação será resolvida, e as cruzes poderão serem depositadas lá naquele depósito de cruzes que citamos no Ponto de Vista anterior, caso haja alguém querendo trocar a sua. Talvez os perdedores corram até ele para procurar uma cruz mais fácil de se carregar no decorrer de suas vidas.

De nada irá adiantar, pois cada um tem a sua, não há troca.

O depósito de cruzes, é para que está chegando ao mundo agora.

Elas não podem ser trocadas.

Aguardemos o desenrolar dos acontecimentos.

Era o que tínhamos.

Que Deus nos abençoe.

Um abraço.

ESTE ARTIGO FOI PUBLICADO NO DIA 24/03/2006, BLOG www.panoramaaraguari.blogspot.com

O PESO DA CRUZ

Caros Leitores.

No nosso tempo de rapazes, uma ocasião, ouvimos lamúrias por parte de uma pessoa de nosso relacionamento. Lamúrias estas tristes, doídas, sofridas, enfim, daquelas que fazem o elemento desistir da vida e começar a se revoltar contra o Ser Superior que governa nosso mundo com sabedoria, fazendo com que, conforme as conseqüências, o ser humano comece realmente a questionar quanto a sua existência.

Como sempre acontece, estas conversas ocorrem quando os encontros são entre pessoas de confiança e de convívio antigo, pois assim sendo, todos se sentem a vontade para colocarem seus problemas para fora, sentindo-se muitas das vezes mais aliviados.

Um dos presentes na conversa, após ouvir as lamúrias e o choro incessante do queixoso, interrompeu a conversa e disse em tom de ânimo, querendo consolar o dito cujo queixoso.

Paulo (vamos assim chamá-lo), certa feita, um cidadão se revoltou com Deus, alegando que a cruz que ele deu a ele para carregar pela vida, era pesada demais.

Reclamou bastante de Deus, queixou-se, fez comparações com as cruzes de amigos e até de pessoas desconhecidas dos demais, queixou-se tanto que Deus, resolveu chamá-lo em um grande salão, onde estavam guardadas umas duzentas ou mais cruzes. Estavam lá, encostadas nas paredes, dependuradas em ganchos, empilhadas num canto do salão.

Deus então disse a ele, ao cidadão insatisfeito com sua cruz. Deixe sua cruz aí na frente, encostada na parede, e, escolha dentre todas estas que estão por aí, a que melhor lhe parecer, a que você terá condições de carregar no decorrer de sua vida.

O cidadão, mais que satisfeito, encostou sua cruz na parede e partiu salão adentro, procurando uma nova cruz para carregar.

Pegou uma logo na porta de entrada que parecia lhe servir. Experimentou-a, deu uma volta pelo salão, chegou meio torto para a direita dizendo: esta aqui não está boa não. Ela puxa bastante para a direita e me deixa com as costas doendo.

Entrou mais dentro do salão e pegou outra. Deu sua voltinha com ela nas costas pelo salão, voltou arqueado, todo curvado dizendo: que coisa esquisita, esta cruz aqui me dobrou no meio, veja só como está minha coluna. Não serve não.

Lá foi ele pegar mais uma cruz no salão. Desta feita escolheu bastante. Achou uma que disse antes de experimentar: esta aqui vai dar certo, tenho certeza. E lá foi ele andando pelo salão com a nova cruz nas costas. Eis que dois minutos após, volta ele, mancando das pernas, alegando que a cruz era desequilibrada, puxava para os dois lados, deixando-o sem jeito de andar e fazer as coisas.

Deus olhou para ele e disse: não desanime não, afinal, você queixou-se tanto que resolvi lhe dar esta chance. Não perca a oportunidade, tente mais, elas estão aí a sua vontade.

O cidadão, meio sem graça, contornou a sala, indo para o outro lado no meio do depósito de cruzes.

Encontrou uma cruz novinha em folha. Toda envernizada, roliça, um brinco de cruz. Suspirou fundo e disse: é com esta que eu vou. Colocou-a nas costas e partiu pelo salão em nova tentativa.

Não deu outra, voltou resmungando, dizendo, puxa vida, esta está tão nova, roliça, que escorrega para todos os lados, não pára nas costas, vejam só minhas mãos como estão só de segurá-la. Não dá não, vou partir para outra.

Foi lá no fundo do salão, remexeu na pilha de cruzes, e, encontrou uma que o deixou aflito para experimentar. Acho que agora vai dar certo. Ô cruzinha bonita. Era esta que eu queria. É cruz mas é bonita. Botou nas costas e foi em frente.

Voltou o cidadão e desta feita bravo, dizendo que a cruz só tinha beleza. Que estava atrás de conforto, beleza não dizia nada. Beleza sem conforto não adianta.

Passaram duas horas e o cidadão estava lá no salão experimentando todas as cruzes que podia. Ele já não se dava conta por onde tinha andado desde sua chegada.

Eis que de repente, o cidadão todo alegre, chega com uma cruz nas costas dizendo: Ô meu Deus, esta aqui está uma beleza, certinha, certinha. Não me incomoda em nada. Ando com facilidade. Não dói a coluna, tenho todos os movimentos dos braços e pernas, os pés e as mãos se acomodaram com ela, creio que agora achei minha cruz preferida. Posso ficar com esta meu Deus ?

Deus respondeu-lhe: claro meu filho, esta aí é mesmo a sua cruz. É a que você deixou encostada na porta quando aqui chegou. Desde seu nascimento, você recebeu a cruz que carregaria pela vida. Não adianta reclamações quanto as acontecimentos advindos de sua existência. Você tem que arcar com eles. Tenha certeza, você dará conta de tudo. Agora vá, pare de reclamar e siga em frente com a cruz que lhe dei, quando de sua vinda ao mundo.

E o cidadão surpreso com tudo que havia acontecido, seguiu em frente dando graças por estar vivo e por ter recebido a lição dada pelo Supremo Criador dos Mundos.

Paulo, nosso amigo narrador da história, comentou: como é difícil as pessoas aceitarem a vida que levam. Sempre acham que existe outras pessoas em melhores condições que a dele. Acham que as coisas se resolvem com reclamações, desabafos, queixas, e outras formas de colocarem para fora seus problemas. A vida do próximo sempre é melhor do que a dele, finalizou então.

Concordamos com o Paulo, gostamos da história narrada por ele, já a tínhamos ouvido anteriormente mas não tão minuciosa quanto a sua narração.

Resolvemos então fazer este relato para os caros Leitores, em nosso Ponto de Vista de hoje, para que façamos uma retrospectiva de nossas vidas, saibamos avaliar tudo o que passamos e que foi reservado para nós, e, que reunamos forças, forças divinas, para enfrentarmos as vissicitudes que a vida nos reserva.

“De Toqueville” dizia que: “A vida não é um prazer nem uma dor, mas sim um encargo grave de que estamos investidos, e, que é preciso terminar com honra”.

Assim sendo caros Leitores, vivamos a vida. Desfrutemos tudo que ela pode nos oferecer. Aproveitemos dela enquanto estamos com saúde, nossos familiares estão bem, nossos amigos nos rodeiam, nosso ambiente de trabalho é sadio.

Saibamos enfrentar tudo que nos é reservado. Com altivez, coragem, bravura. Não nos deixemos abater, pois com nosso abatimento, as pessoas que nos são caras e nos rodeiam, passam a sofrer com as conseqüências. Devemos transmitir a elas, tudo que há de bom.

Lembremos que existe um Ser Superior. Cada um de nós, dentro de sua crença, devemos respeitá-lo, devemos aceitar aquilo que nos é reservado. Sabemos que ao contrário dos momentos agradáveis, existem os desagradáveis, e, estes são perenes. Os alegres, nós esquecemos rapidamente. Os tristes, nos marcam para sempre.

Somente a força nos dada por um Ser Superior, pode nos confortar e nos fortalecer para a vida que nos espera.

Uma histórinha contada por um amigo em nossa juventude, fez-nos refletir hoje para transmitir a vocês um lembrete de Deus.

Era o que tínhamos.

Que Deus nos abençoe.

Um abraço.


PUBLICADO NO DIA 15/03/2006, NO BLOG www.panoramaaraguari.blogspot.com

E O TEMPO PASSA

Dias atrás, em um grupo de amigos, comentávamos a respeito do passar dos anos.

Um da turma disse: como 2005 passou depressa ! Não deu nem para avaliar os acontecimentos no decorrer dos meses. Foi rápido demais. Ontem mesmo era janeiro, e, de repente já estávamos comemorando o Natal e Ano Novo. Chegou 2006.

Bem, paramos para pensar. Pensamos bastante, analisamos suas palavras e voltamos à conversa com as seguintes explanações e questionamentos:

01 – Realmente, o tempo voou. O ano passou rapidamente. Não percebemos os segundos, os minutos, as horas, os dias, as semanas, os meses, e, finalmente, o ano que se foi.

02 – Será que foi assim para todos ou somente para alguns poucos privilegiados. Será que a grande maioria levantou-se pela manhã, viu o mundo colorido através da melhor TV a cores existente no mundo, nossos olhos ? Será que todos foram ao banheiro sozinhos, se lavaram, fizeram suas necessidades sem a ajuda de ninguém ? Será que todos após se lavarem vieram para a mesa da cozinha tomar seu café com leite, sucos, pão fresco, vitaminas, cremes, bolos e outras guloseimas ? Será que todos após tudo isto feito, se dirigiram ás suas tarefas diárias, o trabalho, o passeio, ás compras, ou mesmo ficar vagando, desfrutando uma aposentadoria ? Será que todos após o labor ou passeio do período matutino vieram almoçar em casa e encontraram uma farta mesa posta para ele ou eles ? E depois do almoço, uma pequena “cochilada” para renovar as forças e continuar a mesma coisa no período da tarde ? E com o período da tarde cumprido, será que todos voltaram para o lar, passando antes no barzinho para uma cervejinha com os amigos, aperitivo para um belo jantar ? E depois do jantar, teriam reunido a família, conversado com a “cara metade”, com os filhos, dialogado bastante, assistido as novelas da TV, sendo enrolado pela Globo para esperar pela vida de JK que está com audiência total ?

03 – E depois de tudo isto, será que analisaram o dia, deram graças ao Criador por tê-lo desfrutado ao máximo, sugado dele os segundos, minutos, horas, enfim o dia ?

Com tudo isto realizado, findo o belo e rápido dia, foram dormir, descansar seus olhos, a TV colorida maravilhosa que Deus nos deu e que só percebemos que não está boa quando fica nublada, inflamada, ardendo, dando trabalho, sem se aperceberem de que passou um dia do calendário da vida.

Afinal, no dia seguinte será tudo igual novamente. Será ???

Expusemos isto ao pessoal da roda que ficaram a pensar e comentar diversos argumentos arrumados no momento.

Um deles disse: sabem que não havia me apercebido disto ? Como é impressionante se pararmos para pensar o valor de cada segundo, minuto, hora e dia. Agora que estou sentido-me bem de saúde me apercebo do quanto ela é boa. É bom demais fazer tudo sozinho, sem depender da ajuda dos outros. Vou passar a valorizar meu dia.

O outro disse: estive em um hospital ontem, pude notar a dor existente nele. Fui visitar um amigo atropelado por um moto (geralmente os atropelamentos em Araguari são com motos), e, senti o coitado ardendo em febre, braço quebrado, operado da perna que também quebrou, todo arranhado, estava nu, com o corpo esfolado pelo asfalto. Ele gemia, sentia a dor, seus familiares estavam desesperados, tentavam ajudar, nada podiam fazer. O pior, é que um transeunte foi atingido pela moto desgovernada e acabou todo machucado também. Mais um sofredor e uma família sofrendo. Interessante, agora que você falou a respeito do tempo, começo a analisar como deve estar demorando a passar para ele e os seus.

O terceiro componente do grupo disse: nossa vida está deveras abençoada. Estamos felizes sem o saber. Ontem também passei por momentos desagradáveis. Fui no velório de um amigo de família. Ele era até colega de serviço meu. Rapaz que pancada. Dor doída. A família arrebentada em volta da urna mortuária. Velório triste e concorrido. Pensei então, para esta família e todas as que sofrem, um segundo deve durar um minuto; um minuto demora uma hora; uma hora leva um dia para passar; o dia leva uma semana; a semana demora um mês para acabar; um mês demora um ano; um ano se arrasta por dez anos e assim por diante. E o pior, é que quando encontramos algum amigo, comentamos a respeito de um acontecimento desagradável, o mesmo diz: já faz dois anos, barbaridade, como o tempo passou depressa !!!

Interpelamos novamente a conversa dizendo: só sabemos dar valor em nossas vidas, só sabemos desfrutá-la, só contamos o tempo, quando alguma intempérie, alguma catástrofe, algum designo de Deus cai sobre nós. É uma pena que não saibamos desfrutar com a família, com os amigos, com os parentes distantes, com aqueles que nos são caros, segundos importantes; minutos valiosos; horas inesquecíveis; anos abençoados, vividos com saúde, paz e alegria.

Na roda, todos concordaram conosco. Além de concordarem aumentaram: doravante, vamos tentar passar adiante tudo aquilo que temos, que recebemos, que vivemos e não sabemos. Devemos dizer que éramos felizes e “o” sabíamos, e não que éramos felizes e “não” sabíamos. Vivamos e levemos ao nosso semelhante um pouquinho de gratidão por tudo aquilo que possuímos. Vamos dar graças a Deus por tudo.

Aí, um dos presentes, disse alegremente: eu li que vão fazer a festa dos Anos Dourados novamente. Os anos 60 serão revividos. Vocês já pensaram ? Perguntou e respondeu nosso amigo. Em 1960, quem tinha 20 anos, hoje está com 66 anos de idade. Quem tinha 25, está com 71. Muitos já não estão conosco. Já partiram. É bom ver uma festa para comemorar nossos Anos Dourados.

O outro respondeu: tem toda razão. Inclusive quero e vou participar da festa. Isto se alguma surpresa não me pegar antes dela. Só que tem um problema. Como é difícil enfrentar um baile dos Anos Dourados que começa depois da 10 da noite e termina pelas 4 da matina. Bem que poderiam passar esta festa para vespertina. Começando as 4 da tarde e indo até onde a turma agüentasse.

Em conjunto todos responderam a ele: tem toda a razão. Ô Peron, escreve aí em um Ponto de Vista sugerindo ao pessoal que organiza a festa para nos dar esta chance. Garantimos que vai muito mais gente.

Respondemos: porque não. Contem comigo. É uma boa. Tem muitos de nós com problemas de coluna, de tornozelo quebrado, pernas fraturadas com próteses, artrose, osteoporose e outros problemas mais que a idade querendo ou não trás. Vamos sugerir, talvez acatem a idéia. Já pensaram ouvir e dançar Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Vanderléia, os Golden Boys, os Vips, Eduardo Araújo, Silvinha e outros mais.

Então é isto aí pessoal dos Anos Dourados. Pensem a respeito. Pode até dar certo. Queremos estar lá.

Mas voltando ao tempo, concordamos unanimemente, como ele passa. Rápido ou devagar, ele passa. Para todos, quer queiram ou não, com dores, sofrimentos, desilusões, alegrias, vitórias, derrotas, amarguras, decepções, ilusões vividas, ilusões perdidas. Sonhos sonhados.

Caros Leitores façam uma retrospectiva de suas vidas. Encontrarão coisas e fatos que passaram até despercebidos. Ficarão surpresos com o que o computador que existe em nossas cabeças, trará em sua tela sobre suas vidas.

Não se assustem, assim é a vida de todos.

Era o que tínhamos.

Que Deus nos abençoe.

Um abraço.


PUBLICADO NO DIA 10/03/2006, NO BLOG www.panoramaaraguari.blogspot.com